DOUTRINA BÍBLICA. A PREDESTINAÇÃO DO SER HUMANO - LIVRE ARBÍTRIO - DESTINO - VONTADE PRÓPRIA - FATALIDADE.
INTRODUÇÃO: A palavra predestinação significa ato ou efeito de destinar antecipadamente alguém para a salvação.
Sendo portanto, esse ato ou efeito de destinar alguém para a salvação, não depende de Deus, que quer que todos os seres humanos se salvem e venham ao conhecimento da verdade, (1 Timóteo.2.4), mas sim do próprio ser humano, pois Deus lhe conferiu o livre arbítrio para ele exercer a sua vontade própria, como por exemplo crer ou não crer.
1º) - A PREDESTINAÇÃO SEGUNDO JOÃO CALVINO.
Dessa forma, conforme ele ensinava, Deus quer a condenação eterna para algumas pessoas, contrariando (1 Timóteo. 2.4) que diz que Deus deseja que todo ser humano seja salvo e venha ao conhecimento da verdade que se chama Jesus Cristo,(João.14.6).
Mas, conforme ensinava erradamente João Calvino, cada pessoa tem o seu destino desde o seu nascimento, tendo o seu caminho determinado por Deus antes de nascer.
Assim, refutando o que ele ensinava sobre a salvação do ser humano, conforme ensina a Bíblia Sagrada, Deus criou o ser humano com vontade própria para fazer a sua própria escolha entre o certo e o errado, entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição,(Deuteronômio. 30. 19).
Sendo assim, enquanto o ser humano vive nessa terra ele tem a vontade própria e o livre arbítrio que vai habilita-lo a fazer as suas próprias escolhas na vida, pois Deus criou o ser humano livre.
Dessa maneira, o destino eterno do ser humano é ele mesmo quem faz e não Deus.
Assim sendo, você já ouviu aquela frase: Onde você irá passar a eternidade, se referindo ao homem e não a Deus que já se encontra na eternidade?
Portanto, durante a vida humana do ser humano na terra, ele exerce sua vontade própria e o seu livre arbítrio, pois não existe destino para os vivos e sim para os mortos.
Dessa forma, após a morte física de cada ser humano, começa o seu destino eterno, apenas como resultado da sua escolha que ele fez em vida, usando sua vontade própria e seu livre arbítrio de crer ou não crer em Deus.
Desse jeito, não é Deus quem escolhe o destino eterno do ser humano, salvando uns e condenando outros, mas sim o próprio ser humano através da sua vontade e escolha própria.
Dessa meneira, a pessoa e não Deus vai escolher, onde irá passar a eternidade.
Segundo entendeu Agostinho de Hipona, e também ensinou de uma forma errada à luz do que ensina a Bíblia Sagrada, que a salvação não depende dos seres humanos, negando o livre arbítrio e a vontade própria da pessoa de crer ou não crer; de aceitar ou rejeitar.
Portanto, o prefixo pré, indica anterioridade, antecedência, primazia ou precedência, nos levando a entender que antes de qualquer pessoa neste mundo ser salva, ele ou ela primeiro precisa crer, confirmando o ensinamento de Jesus Cristo que disse:
E disse-lhe: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer (prefixo antes da salvação) e for batizado será salvo: Mas quem não crer será condenado, (Marcos. 16.15,16).
2º) - DESTINO - LIVRE ARBÍTRIO - FATALIDADE HUMANA.
Conforme já foi dito, o livre arbítrio do ser humano é a capacidade livre que Deus lhe conferiu de fazer sua própria escolha, segundo sua vontade própria.
Em contrapartida o destino é o fim, ou o resultado de uma escolha anteriormente tomada em vida, pela sua própria vontade, que irá determinar como resultado, o nosso destino eterno após nossa morte física, pois vivendo no físico desfrutamos do livre arbítrio que nos capacita a fazer nossas escolhas através da nossa vontade própria onde finalmente nosso destino eterno, será apenas o resultado final da nossa escolha feita na vida terrena, que irá permanecer conosco na eternidade.
Dessa forma, ao se referir a fatalidade do ser humano, entende-se que uns de seus sinônimos é tragédia, infelicidade e desgraça etc.
Ao contrário de tudo isso, seu antônimo é êxito, prosperidade, bem aventurança etc.
Assim sendo, partindo desse princípio, precisamos saber quais foram os motivos que trouxeram fatalidades ou tragédias, infelicidades, desgraças para nossa vida, bem como os motivos que ao invés de fatalidades, trouxeram éxito, prosperidade e bem- aventurança para nossa existência.
Desse jeito, entendemos que a fatalidade (desgraça) na vida de uma pessoa, pode ter origem em suas próprias palavras e ações ou também pelas palavras (calúnias) e ações de outros contra nossa vida.
Por exemplo, um acidente que nos atingiu, por quem foi causado essa fatalidade, nós mesmos ou outrem.
Dessa maneira, para evitarmos, todo os tipos de fatalidades ou desgraças em nossa vidas, devemos atentar pelo o que o Senhor Jesus Cristo nos ensinou dizendo:
Olhai, vigiai e orai…(Marcos.13.33a).
Portanto, na oração do Pai nosso, o Senhor Jesus Cristo também nos ensinou a orar para não cairmos em tentação (fatalidades, desgraças), nos livrando do mal,(Mateus. 6.9-11).
Repito: A fatalidade em nossa vida, somente pode ser provocada através de um acidente causado por nós mesmos ou por outra pessoa que também venha s nos atingir.
3º) - CONHECENDO MELHOR A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO PELA BÍBLIA SAGRADA.
Assim sendo, para elucidarmos esse tão importante assunto sobre a salvação do ser humano, a Bíblia Sagrada diz o seguinte:
Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, à fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
a aos que predestinou a esses também chamou; e os que chamou, a esses também justificou;
e os que justificou, a esses também glorificou (Romanos. 8. 29,30).
Portanto, a frase os que dantes conheceu, no Grego quer dizer; PROGINOSKO = saber de antemão, traduzido como dantes conheceu (Romanos. 8.29, 11,2), se referindo a Deus que antes nos conheceu, bem como a Israel.
Dessa maneira, agora se referindo à nossa pessoa e não a Deus, (2 Pedro. 3.19) diz que sabendo de antemão,(nós) devemos nos guardar do engano de homens abomináveis.
Assim, de outra forma, quando lemos (1 Pedro. 1.20) diz que noutro tempo Jesus Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo…
Dessa forma, a frase: Todos os Judeus sabem {...}, sabendo de mim,(Atos. 26. 4 c, 5) significa que não somente o Apóstolo Paulo, conhecia os Judeus importantes, mas eles também conheciam a Paulo e podiam testemunhar que o Apóstolo estava dizendo a verdade.
Assim, nesses versículos encontramos o saber de Deus acerca da nossa pessoa; o saber acerca de nós mesmos; o saber acerca de Jesus Cristo e por fim o saber de outras pessoas a nosso respeito.
4º) - CONHECER A DEUS, MAS TAMBÉM SER CONHECIDO DELE.
Dessa maneira, quando estudamos (Deuteronômio. 8. 1-20) Vamos entender que todos os testes pelos quais o povo de Israel foi submetido por Deus no deserto, teve apenas o objetivo de Israel revelar o que realmente estava no seu coração, se guardaria os mandamentos de Deus ou não, (2).
Finalmente em (Oséias.13.5) Deus vai exclamar através do profeta a respeito de Israel dizendo:
Eu (Deus) te conheci no deserto, em terra muito seca.
Desse jeito, uma coisa é nós dizermos que conhecemos a Deus; outra bem diferente é Deus nos conhecer, como Ele realmente conhecia quem era Jó, e testificou para Satanás a respeito de quem ele era, (Jó.1.8).
Dessa forma, a grande pergunta que sempre faço em minhas mensagens é esta: SE DEUS RESOLVESSE TESTIFICAR À NOSSO RESPEITO PARA SATANÁS, O QUE ELE FALARIA DE NÓS?
SOMENTE VOCÊ E ELE SABE A RESPOSTA.
Consequentemente, entendemos pela Palavra de Deus, que existem pelo menos três vontades que regem as eras:
1- A vontade soberana de Deus, obedecida pelos anjos do Criador nos céus e pelos salvos em Jesus Cristo na terra, (Mateus. 6.10);
2 - A vontade de Satanás, obedecida pelos seus anjos caídos (demônios) nos céus,(Apocalipse. 12.9) bem como pelos ímpios na terra, que vivem pecando em cuja vontade de Satanás, estão presos, (2 Timóteo. 2.26b).
3 - Finalmente existe a vontade do salvo em Cristo, como já disse que é direcionada a Deus, tanto no céu como na terra,(Mateus.6.10).
Finalmente, existe a vontade de Jesus Cristo, em que muitos e não poucos se beneficiam do seu nome, talentos, poder e dons, para se promoverem a si próprios, ganhar fama e muito dinheiro, mas por não fazerem a vontade do Senhor Jesus Cristo, também não são conhecidos por ELe Cristo, quando Ele mesmo diz:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele (individualmente falando) que faz (o verbo faz se encontra no indicativo do presente) a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos (e não poucos) me dirão naquele dia (ou no dia de prestação de contas a Jesus Cristo): Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? , em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E,então, lhes direi abertamente: (Nunca vos conheci); Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade, (Mateus. 7.21-23).
Observem vocês comigo: Usando o nome de Jesus Cristo, muitos e não poucos fizeram muitas maravilhas, mas nunca fizeram a vontade de Jesus Cristo, mas pelo contrário, viviam praticando iniquidade e assim nunca foram conhecidos por Ele.
5º) - A PRESCIÊNCIA DE DEUS.
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Portanto, etimologicamente falando, a palavra presciência significa: Conhecimento do futuro, ou providência feita por Deus, a qual traz o significado em saber e ter conhecimento do futuro ou de demais coisas antes que elas venham a existir, ou as coisas que ainda não são, como se já fossem, (Romanos.4.17).
Dessa forma, no Grego o termo presciência significa pré-conhecimento ou prognóstico que expressa a ideia de conhecer a realidade, antes que ela seja real, e os eventos antes de ocorrerem.
Assim sendo, na Teologia, refere-se ao atributo da onisciência de Deus de conhecer todas as coisas, antes que elas existam, pois é ele quem faz existir o que existe, inclusive aquilo que Ele promete fazer na vida do ser humano se este crer, Ele faz, (Romanos. 4.21b).
Por consequência, podemos citar o caso de Jesus Cristo que recebeu este nome após a sua encarnação, pois antes era o verbo de Deus,(João. 1.1), mas depois, foi entregue aos ímpios por determinado conselho e presciência de Deus, (Atos. 2.23) pois em (1 Pedro. 1.2) ainda está escrito, que os salvos em Jesus Cristo, foram eleitos (e não diz que serão) segundo a presciência de Deus Pai, {...} antevendo o próprio Deus, que teria de enviar seu próprio filho como salvador para redimir a humanidade da queda do pecado.
6°) - PREDESTINAÇÃO DE DEUS, OU VONTADE PRÓPRIA DO SER HUMANO?
Dessa maneira, ao querer entender os princípios da predestinação dos seres humanos por parte de Deus para salvação ou condenação, bem como da própria decisão do ser humano para com Deus, a santa Bíblia Sagrada nos ensina o seguinte:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para todo aquele que nele crê não pereça,mas tenha vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele, falando da atitude e (condição humana e não de Deus) não pereça, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo (não para que condenasse ao mundo), mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus, (João. 3.16-18).
Assim sendo, aqui neste texto não vimos nenhum tipo de predestinação do ser humano por parte de Deus, para salvação ou condenação.
Porém, em contrapartida aprendemos aqui que a salvação ou condenação do ser humano, consiste apenas em crer ou não crê em Jesus Cristo, pois para aquele que não crê , o próprio Senhor e salvador Jesus Cristo disse que já está condenado, (v.18).
Portanto, o que (Romanos. 8.29,30) quer nos ensinar é que nenhum indivíduo no mundo foi escolhido, eleito, predestinado antes de crer para ser salvo, mas deixa bem claro que aquele que não crer já está condenado ou perdido.
Dessa forma, essa é a condição pessoal da escolha do ser humano, usando sua vontade própria e seu livre arbítrio, pois em (1 Timóteo. 2.4), Deus deseja que todo ser humano venha ao conhecimento da verdade e seja salvo; como em (1 Pedro. 3. 9) Deus não quer que nenhum se perca, senão que todos (não apenas alguns) venha a arrepender-se; finalmente em (Apocalipse. 22.17) o Espírito de Deus através da igreja de Jesus Cristo, faz o seguinte convite ao pecador:
Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha! e quem quiser (vontade própria, livre arbítrio), tome de graça a água da vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Segundo ensinou o Apóstolo Paulo, o ser humano é salvo pela graça por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie , (Efésios. 2, 8,9).
Portanto, se Deus enviasse seu único Filho ao mundo, para morrer crucificado na cruz do calvário para salvar alguns e condenar outros, isto seria considerado acepção de pessoas, algo que Deus não faz e não seria justiça divina para nos salvar em seu Filho Jesus Cristo e para condenar outros.
Dessa Forma, o que aprendemos pelos ensinos da Bíblia Sagrada e nunca pelos ensinos de um líder herético religioso é que o nosso amoroso Deus, nosso criador oferece graça salvadora a todos seres humanos dizendo:
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos homens,
ensinado-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas oras, (Tito, 2, 11-14)
Portanto salvação ou condenação não depende de predestinação, mas de crer ou não crê.
Pastor João Viana
Entre em contato com o Pastor João Viana através do e-mail: vianapastorjoao@gmail.com
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