DOUTRINA BÍBLICA - IMPUTAÇÃO
INTRODUÇÃO: Conforme, se encontra escrito no livro de Hebreus: porque, tendo a lei à sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecados.
Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifícios e ofertas não quisestes, mas corpo me preparaste;
holocaustos e oblações pelo pecado não lhe agradaram.
Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus a tua vontade.
Como acima diz: Sacrifício e oferta e holocaustos, e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).
Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feito uma vez.
E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,
daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam portos por escabelo de seus pés.
Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque, depois de haver dito:
Este é o conserto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos, acrescenta:
E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.
Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado, ( Hebreus. 19. 1-18).
Dessa forma, os sacrifícios do Antigo Testamento, que prefigurava o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário, podiam “santificar” e “purificar” o povo, (Hebreus. 9. 13-23), mas jamais puderam remover o pecado e a sua culpa; caso contrário não teriam sido repetidos a cada ano, (Hebreus,10,1).
Desse jeito, os sacrifícios do Antigo Testamento podiam tornar os adoradores externos e cerimonialmente puros e limpos, mas não podiam limpá-los de maneira perpétua e eficaz do pecado ,de modo a estabelecer uma postura correta diante de Deus.
A esse respeito, o mesmo escritor do livro de Hebreus disse o seguinte:
Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Porque, se o sangue de touros e bodes e ainda de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne,
quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus, ( Hebreus. 9. 11-14).
Portanto, em relação ao sangue de bodes e novilhos que eram derramados no Antigo testamento para santificar os imundos segundo a carne, por outro lado , o sacrifício de Cristo é melhor, pois ele realmente nos purifica de todo o pecado, (1 João.1.7); além de nos purificar Ele remove os pecados da nossa vida e também a nossa culpa.
Dessa forma, o sangue que Jesus Cristo derramou pelos nossos pecados, para nos salvar na cruz do calvário é um sacrifício eterno, que produz em nós uma eterna redenção, a qual teve também a presença e confirmação do Espírito eterno, ( Hebreus. 9.12, 14).
Desse jeito, ficou decidido perante Deus de uma vez por todas no calvário a nossa eterna redenção e não necessitamos mais de fazer nenhum sacrifício de animais para alcançarmos a salvação, pois Jesus Cristo, se tornou para nós em o perfeito sacrifício, que aplacou a ira de Deus para sempre em relação aos nossos pecados.
Portanto, ao morrer na cruz do calvário, Ele expiou para sempre o nosso pecado, levando-o sobre si mesmo as nossas iniquidades, para nos salvar mediante a sua maravilhosa graça salvadora através da nossa fé.
1°) - DEUS PREPAROU O MELHOR PARA A IGREJA.
Dessa forma a esse respeito, o escritor de Hebreus ainda escreveu:
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificarem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes.
Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;
nem também para si mesmo se oferecer muitas vezes, como sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos,
uma vez, se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, como aos homens está ordenado morrerem um vez, vindo, depois disso, o juízo,
Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação, ( Hebreus. 9. 23-28).
2º) - O VERDADEIRO SENTIDO DA DOUTRINA BÍBLICA DA IMPUTAÇÃO.
Portanto, a palavra “imputação” significa “debitar, atribuir responsabilidade” ou “lançar na conta de alguém”.
Dessa forma, Deus amou a humanidade de tal maneira que lançou todos os nossos pecados sobre o seu filho Jesus Cristo e nos declarou “imputáveis” no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandecemos como astros no mundo, ( Filipenses. 2. 15).
Foi exatamente por esta razão que Jesus Cristo, estabeleceu a sua igreja aqui neste mundo tenebroso para exercemos a função de sal da terra e luz deste mundo, ( Mateus. 5.14,15).
Portanto, a única maneira do verdadeiro cristão, pois sempre infelizmente existiram muitos falsos, resplandecer como astros no mundo significa ter um viver honesto entre os pecadores (gentios), para que, naquilo em que falam mal de nós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observam, (1 Pedro.2.12).
Dessa forma, quando, lemos a carta de Paulo a Filemom que possui apenas um capítulo e 25 versículos, o Apóstolo pede a Filemom que perdoe seu escravo fugitivo e o receba como irmão em Cristo.
Desse jeito, Onésimo que significa “útil”, se tornou anteriormente “inútil” pois era um escravo e havia fugido do seu Senhor, possivelmente, levando alguma coisa que lhe pertencia, mas Paulo além de enviá-lo de volta ao seu Senhor, ainda assumiu sua dívida.
Portanto, foi exatamente o que Jesus Cristo fez conosco, ao assumir nossa dívida de pecados e morrer em nosso lugar para nos salvar, nos livrando da condenação eterna.-, pois o salmista já dizia:
nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele
(pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes);
por isso, tampouco viverá para sempre ou deixará de ver a corrupção;
porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto e deixam a outros os seus bens, (Salmo. 49. 7-10).
Assim, no caso de Filemom ele era o senhor de Onésimo que era seu escravo, que havia fugido da sua casa.
Porém, o apóstolo São Paulo, o levou a Jesus Cristo e o devolveu para Filemom seu antigo Senhor e ainda pagou toda sua dívida.
Foi exatamente o que Jesus Cristo fez por mim e por você, pagando toda nossa dívida de pecados na cruz do calvário, nos libertando e ainda nos conduzindo de volta ao nosso criador.
Pensando, acerca de tudo isso, passei a meditar na parábola do credor incompassivo, onde seu senhor perdoou-lhe sua dívida impagável, mas aquele servo que foi perdoado, não perdoou uma pequena dívida ao seu conservo de apenas “cem dinheiros”, que quando os seus conservos viram a sua atitude denunciou-o ao seu Senhor que lhe chamou e disse-lhes:
Então, o seu Senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu Senhor o entregou aos atormentadores, (aos demônios), até que pagasse tudo o que devia.
Assim vos fará também meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas, (Mateus. 18. 23-35).
Assim, que Deus tenha grande misericórdia de todos nós, que venhamos a perdoar de todo o nosso coração, todo aquele que nos causou algum mal, pois apenas aqueles que são limpos de coração, verão a Deus, e nós não podemos enganar a nós mesmo, apenas ouvindo falsos discursos e não sendo cumpridores da palavra de Deus, (Mateus, 5. 8;Tiago.1.22).
Por isso, quando lemos o capítulo 5 do livro de Romanos, o pecado entrou no mundo através de Adão, pelo pecado entrou também a morte e assim a morte também passou para todos os seres humanos, pois todos pecaram.
Dessa forma, o pecado e a morte de Adão foram “imputadas” a todos os seres humanos conforme a palavra “passou”, (v.12).
Desse jeito, a morte tanto física quanto espiritual, passou para todo ser humano.
Consequentemente, o Apóstolo São Paulo escreveu sobre o estado moral e espiritual que se encontrava a humanidade, antes de conhecer a Jesus Cristo dizendo:
E Vos vivificou, estando vós mortos (espiritualmente) em ofensas e pecados,
em que noutro tempo, (antes de receber a Jesus Cristo) andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Mas, Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).
Consequentemente, quando Deus nos ver através de Adão ele nos ver espiritualmente mortos, pois nascemos espiritualmente mortos em delitos e pecados e em iniquidade fomos formados e em pecado nos concebeu a nossa mãe, (Salmo. 51. 5).
Dessa forma, nossos pais que nos conceberam se encontravam também espiritualmente mortos, e assim eles somente poderiam nos transmitir aquilo que possuíam.
Assim sendo, a morte entrou no mundo por causa do pecado, dessa forma, os seres humanos não morrem por serem pecadores, mas eles pecam por serem pecadores.
Desse modo, os (vv, 13,14) diz o seguinte:
Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é “imputado” não havendo lei.
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.
Assim, aprendemos que a lei não foi dada para salvar ninguém e sim para revelar o estado pecaminoso do ser humano.
Ainda aprendemos aqui que até a lei o pecado já estava no mundo, que veio a se manifestar no jardim do Éden, (Gênesis. 3.1-5).
Porém, como ainda não havia lei que somente foi dada 430 anos após o dilúvio, (Gálatas, 3.17) o pecado também não havia sido “imputado” por não haver lei, que foi dada para condenar os nossos pecados.
Em vista disso, não foi a lei que tornou os seres humanos pecadores, mas foi a transgressão da lei, que a humanidade se tornou assim.
Dessa forma, como somos descendentes de Adão segundo a carne, também herdamos dele a morte e o pecado e assim também nos tornamos culpados diante de Deus.
Desse jeito, somos também corresponsáveis pelo pecado de Adão, mas Deus “imputou” todos os nosso pecados em Jesus Cristo, dando cumprimento ao que o profeta Isaías, 700 anos antes profetizou dizendo:
verdadeiramente, Ele (Jesus Cristo) tomou sobre si as nossas enfermidades (físicas e da alma)e as nossas dores (física e da alma) levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e , pelas suas pisaduras, fomos sarados,(Isaías. 53.4,5).
Por consequência, o primeiro grande fato da “imputação” é que o pecado de Adão, foi atribuído a todos os seres humanos que nascem neste mundo, porém Deus “imputou” todos os nossos pecados em Jesus Cristo, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, (João.1.29)”
Dessa forma, Deus ao tirar os nossos pecados, lançou em Jesus Cristo que não devia nada.
A respeito desse assunto assim está escrito:
E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, e não “imputando” os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus nos rogasse.
Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
Àquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós: para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus, (2 Coríntios. 5. 15-21).
Desta maneira, quando Deus, lançou sobre Jesus Cristo os nossos pecados naquele momento aconteceu a “transferência” a “imputação” de todos os nossos pecados que caiu em Jesus Cristo, na cruz do calvário e ali aconteceu nossos acertos de contas como nosso Deus e Pai ao “imputar” todos os pecados da humanidade ao seu único filho Jesus Cristo os quais não lhe pertencia.
Foi por essa razão que o Apóstolo João, mais tarde escreveu:
E Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos , mas também pelos de todo o mundo, (1 João. 2.2).
Por consequência, ao levar sobre si mesmo os pecados da humanidade, Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, pode também ser conhecido como “o carregador de pecados” pois ele levou sobre si as nossas transgressões e as nossas iniquidades…
Desse jeito, o Deus Pai, por amar a humanidade de tal maneira transferiu todos os nossos pecados, nossas enfermidades, nossas dores para o seu filho Jesus Cristo, como um ato totalmente divino para para nos trazer perdão e salvação eterna, como já foi dito em (2 Coríntios, 5.21) “Aquele (Jesus Cristo), que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.
Dessa forma, Jesus Cristo não foi um substituto do pecador, pois Deus o Pai não fez dEle um pecador, mas sim fez Ele levar os pecados da humanidade, computando todos os pecados de todos os seres humanos descendentes de Adão, visto que o pecado de Adão foi “imputado” a toda sua descendência.
Porém, este mesmo pecado que a humanidade herdou de Adão, Deus o Pai como prova do seu inefável amor transferiu de toda raça humana para seu filho Jesus Cristo que se fez pecado por nós.
Desta maneira, aconteceu um ato de “imputação” da parte de Deus Pai o qual colocou em seu filho Jesus Cristo, todas as nossas iniquidades.
Deste modo, o Apóstolo São Pedro também escreveu a mesma verdade dizendo:
Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
Porque és como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma, (1 Pedro, 2. 24-25).
Em vista disso, nenhum de nós em sã consciência podemos ignorar a realidade de que todos os nosso pecados, nossas culpas, nossas dividas, nossa injustiça, nossas impurezas, foram transferidas sobre o Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário, que tomou o nosso lugar a fim de nos dar gratuitamente a salvação eterna, o perdão dos nossos pecados e a justiça de Deus.
Dessa forma, não apenas o pecado de Adão foi “imputado” à humanidade; mas o pecado da humanidade foi “imputado” a Jesus Cristo.
Porém, quem recebe a Jesus Cristo como seu salvador pessoal, tem todos os seus pecados perdoados e deles Deus não se lembra mais, pois assim está escrito:
Tornará a apiedar-se de nós, subjugar as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados na profundeza do mar, (Miqueias. 7.19).
Conforme o saudoso pastor Paulo Lucas Sacramento, este é o único lugar do mar que Deus não autoriza ninguém pescar.
Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
Eu, eu mesmo sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro, (Isaias. 43.18,25).
Em vista de tudo isto que Jesus Cristo fez por nós na cruz do calvário, levando sobre si mesmo todos os nossos pecados, ao ser “imputado” em nós a justiça de Cristo, encontramo-nos, agora perante Deus, numa posição de salvos e não de perdidos, pois Jesus Cristo foi feito justiça de Deus por nós.
A este respeito, o Apóstolo Paulo escreveu o seguinte:
Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, (1 Coríntios. 1. 30).
Portanto, a respeito da justiça de Deus “imputada” a nós pecadores, o Apóstolo São Paulo ainda escreveu o seguinte:
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do Judeu e também do Grego, (Romanos. 1.16.17)
Dessa forma, acabamos de aprender que a justiça de Deus, se revela nos evangelhos, que Deus “imputa” a favor do ser humano pecador que crer.
Assim, ainda encontramos em Romanos, outro fato incontestável sobre a justiça de Deus dizendo:
Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas,
Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
Porque todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus,
sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
para demonstração de sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus, (Romanos. 3. 21-26).
À vista disto, a nação de Israel, não conheceu a justiça de Deus revelada em Jesus Cristo através do evangelho que levou o Apóstolo Paulo a dizer o seguinte:
Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.
Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus, (Romanos. 10. 1-3).
Assim sendo, acabamos também de aprender, que Jesus Cristo, foi feito por Deus para nós justiça.
Deste modo, quando sujeitamos toda nossa vida ao Senhor e salvador Jesus Cristo, estamos nos sujeitando à justiça de Deus.
Sendo assim, sabemos que todos nós, sem exceção, somos culpados dos nossos pecados perante Deus, pois nascemos da raça de Adão, porém aprendemos em ( Romanos. 3. 10), que sem a justiça de Deus em nossa vida que se chama Jesus Cristo, não há justo, nenhum sequer.
Isto aconteceu com todo ser humano, porque o pecado de Adão foi “imputado” a toda a raça humana, e por esta causa todo ser humano se encontra para sempre perdido e condenado sem justiça e carente da justiça de Deus para ser justificado e ser salvo.
Por consequência os três passos da nossa salvação são:
- O pecado de Adão é atribuído a toda raça humana, (Romanos. 5.12);
- Deus atribui a nós aquilo que realmente nos pertence;
- Assim, para nos salvar, Deus “imputou” todos os pecados da humanidade a Jesus Cristo, ou seja, o que não lhe pertencia e atribuiu a sua justiça ao pecador perdido.
Isto posto, quando lemos (Filipenses. 3. 8-9) o Apóstolo São Paulo confessa o seguinte:
E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo,
E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé.
Dessa maneira, nosso parentesco com Adão fez de nós pecadores, mas fomos justificados através do nosso parentesco com Jesus Cristo.
Desse jeito, a única maneira do pecador cumprir a justiça de Deus em sua vida é através do sangue de Jesus Cristo vertido na cruz.
Portanto, apenas dois versículos da Bíblia nos esclarece acerca de como podemos cumprir a justiça de Deus dizendo;
Quanto mais sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? (Hebreus. 9.14).
Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados, (Hebreus. 10.14).
Sendo assim, Jesus Cristo se tornou o nosso substituto, pois ele levou sobre si os nossos pecados e morreu em nosso lugar, oferecendo-se como sacrifício a Deus.
Assim, por Jesus Cristo ser justo, agora justificados perante Deus pela fé, (Romanos. 5.1) , passamos a compartilhar de tudo o que Ele é em sua essência e como Ele é justo participamos também da sua justiça, e a justiça de Deus passa também a nos pertencer.
Deste modo, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo habita toda a plenitude corporal da divindade, e assim todo aquele que o serve estão perfeitos nEle, pois Ele é a cabeça de todo principado e potestades, (Colossenses. 2. 10).
Por consequência, o pecado de Adão, foi atribuído a toda raça humana e serviu de base para nossa condenação.
Mas Jesus Cristo veio e levou sobre si mesmo na cruz todos os nossos pecados e ofereceu a Deus em sacrifício vivo como nosso substituto.
Dessa forma, nosso parentesco com Adão foi cancelado, porque todos os nossos pecados foram “imputados” a Cristo.
Assim sendo, se você ainda não se arrependeu de todos os seus pecados e aceitou a Jesus Cristo como seu salvador pessoal, continua culpado perante Deus, pois ainda pertence à descendência de Adão.
Por isso, somente na pessoa de Jesus Cristo, você pode alcançar pela fé o perdão de seus pecados e a salvação eterna da sua alma, pois a justiça de Deus em Jesus Cristo, não pode ser “imputada” enquanto você não o aceita-lo como Senhor e salvador da sua vida.
ENCERAMENTO: Conforme já aprendemos pela Bíblia Sagrada, Jesus Cristo ao morrer pregado na cruz do calvário, carregou sobre si mesmo, todo o pecado da humanidade que nós herdamos de Adão, por isso o Apóstolo João pôde dizer:
E ELE é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro, (João. 2.2).
Desta maneira, a sua morte na cruz, somente tem valor para aqueles que o aceitam como salvador pessoal.
Portanto, o Pai celestial, transferiu todos os nossos pecados para seu filho Jesus Cristo, como prova do seu grande amor por nós.
Assim, agora estamos limpos perante Deus o nosso criador, porque o débito de todos os nossos pecados foram pagos por Jesus Cristo na cruz.
Consequentemente, se você não aceitar Jesus Cristo como Senhor e salvador de sua vida pessoal, você permanece debaixo da ira divina, da maldição de Deus, porque o pecado que você herdou de Adão não foi removido da sua vida.
Lembre-se, Jesus Cristo na cruz do calvário foi moído por causa das nossas iniquidades e não por causa das suas iniquidades que Ele nunca possuiu.
O Castigo que era nosso Ele sofreu por nós, para nos perdoar e nos dar a vida eterna.
Dessa forma, se você quiser agora, arrepender de todos os seus pecados e entregar sua vida para o Senhor e único salvador Jesus Cristo, que morreu na cruz do calvário para te salvar, faça essa oração comigo.
Senhor Jesus Cristo, reconheço que sou um grande pecador, mas também reconheço que o Senhor é o único salvador que morreu na cruz para me salvar.
Perdoa Senhor Jesus Cristo, os meus pecados, escreve o meu nome no livro da vida do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e me dê certeza de perdão e de salvação eterna, e ainda me ajude a fielmente te servir por toda minha vida, amém.
Pastor João Viana. Conte com minhas orações!
Entre em contato com o Pastor João Viana através do e-mail: vianapastorjoao@gmail.com
Estou diariamente lendo as mensagens deixadas por vocês e orando por cada um.