A JUMENTA DE BALAÃO.

INTRODUÇÃO: Conforme está escrito na Bíblia, Balaão ao ser convidado por Balaque para ir à cidade de Moabe com a missão de amaldiçoar o povo de Israel, que estavam de viagem pelo deserto, indo em direção a terra prometida, usou como montaria para empreender aquela viagem uma jumenta.

1º) – VIAJANDO SEM DIREÇÃO DE DEUS

Ao meditar nisso, lembrei do que se encontra escrito em Tiago 4.13 – 16, acerca do homem obstinado, birrento, cabeçudo, contumaz e aferrado, como a Bíblia irá nos ensinar sobre a atitude de alguém que se dizia servo, profeta de Deus. 

Lembre-se, estamos também no caminho que é Jesus, viajando para o céu.

Você já conseguiu imaginar um profeta ou servo de Deus, com essas características, com esse tipo de comportamento, abençoando e amaldiçoando o povo de Deus? Indo por desobediência ao Altíssimo, a determinado lugar, depois do Criador dizer não, mas pela sua teimosia e insistência, permitir ir a uma missão fora do plano e da direção de Deus? Pois bem, como veremos a seguir, esse foi o tipo do comportamento de Balaão, quando foi convidado pelo rei Balaque, para ir ao país de Moabe, amaldiçoar o povo de Israel que era mais forte do que ele. Não sabia Balaque, que a força do povo de Israel vinha de Deus e não deles mesmos, assim acontece conosco, não esqueçamos disso.

Cria o rei Balaque, conforme lhes haviam falado, que com as maldições de Balaão, lançadas sobre o povo de Israel, ele poderia feri-lo e lançá-los fora da terra. 

Balaque fez menção de que Balaão era conhecido como alguém que abençoava e a pessoa saia abençoada, amaldiçoava e a sua maldição se cumpria. Infelizmente por não conhecer a Deus, cria nessa mentira de Satanás. Aprendemos que só existe duas coisas para a gente crer, ou seja, naquilo que provém de Deus ou do diabo. Contudo para saber e conhecer o que realmente provém de Deus, precisamos conhecer a ele e sua palavra. 

Fiquei novamente pensando no que escreveu Tiago, dizendo que de uma mesma boca, procede bênção e maldição, com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Por ventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amarga? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar águas salgadas e doces (Tia. 3.9-12). 

Aprendemos portanto, que as maldições proferidas por Balaão contra a nação de Israel, não poderiam ter nenhum efeito, pois Deus deixou bem claro que contra o seu povo, não tem nenhum valor encantamentos ou maldições (Nm. 23.23). Nenhuma feitiçaria lançada contra o povo de Deus, vai prosperar. 

Vejam vocês comigo, que Balaão tinha fama de abençoador e amaldiçoador.

Aqui cabe uma reflexão bastante interessante, que serve para mim e para você! Qual é a nossa fama, o que falam de nós, somos o bom perfume de Cristo, ou o mal cheiro de Satanás? (Ec.7.1)

Analisemos: Quantos falsos apóstolos e falsos profetas ameaçam e colocam medo nas pessoas atualmente e conseguem tirar seus bens? não são poucos. Assim como Balaão, que amava o prêmio da injustiça, não são poucos hoje que pregam, cantam, emocionam e colocam medo no povo por causa de dinheiro, fama, ganancia, honras humanas, bens e posições neste mundo.

Olhando para mim mesmo e clamando constantemente pela misericórdia de Deus, pois não sou melhor do que ninguém, observo com muito temor e tremor, o que Jesus disse e está escrito em Mt.7.21-23, que diz:

Nem tudo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos (e não poucos) me dirão naquele dia: Senhor, Senhor. Não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitos milagres? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Os que assim procedem, depois ainda têm a cara de pau em dizer; Deus está me prosperando e me abençoando. Pergunto: Será que Deus realmente abençoa alguém que vive na iniquidade e ainda abre sua boca para amaldiçoar o povo? Paulo disse bem claro, abençoai e não amaldiçoeis (Rm.12.14). O que me chama bastante atenção nessa palavra de Paulo é para abençoar e não amaldiçoar aqueles que nos perseguem. A esse respeito Jesus deixou bem claro em Lucas 6.28 dizendo: Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. 

Aprendi com Deus uma coisa muito importante: Quando alguém nos calunia, nos amaldiçoa, nos deseja o mal, fala mal de nós e deseja tudo de ruim para que em nossa vida venha nos acontecer, como toda sorte de males e desgraças e quando nós as retribuímos com a mesma moeda, descemos ao nível de Satanás e seus demônios. 

Porém quando alguém nos deseja tudo isso e muito mais e toda sorte de maldiçoes e nós a abençoamos, como retribuição em nome de Jesus, com toda sorte de bênçãos, permanecemos no nível de Deus e vivemos abençoados em tudo, pois nenhuma sorte de maldição proferida contra o povo de Deus, que está coberto pelo sangue de Cristo, o lugar da bênção, pode nos atingir.

2º) – O QUE REALMENTE PROCEDE DE DEUS?

A esse respeito, está escrito em Tiago 2.16-17, nos dando um alerta para não errarmos dizendo:

Não éreis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. 

Creio também que toda sorte de pecados, maldições e feitiçarias, também desce de cima para a terra. Provenientes não de Deus e seus anjos, mas de Satanás e seus demônios. 

Como assim creio, não posso crer de forma nenhuma que Balaão era um profeta usado por Deus, proferindo "bênçãos" entre aspas, e maldições entre o povo. Jesus disse que pelos frutos, se conhece a árvore. 

Lembrei agora de um fato que ocorreu comigo em determinado lugar, onde preguei o evangelho. 

Deus pela sua misericórdia, fechou mais de 22 casas de prostituição e salvou muitas almas ao ponto de entrarmos com um projeto na câmara de vereadores e mudamos aquele lugar de nome passo ruim, para passo feliz. Ali havia uma mulher, que tudo quanto ela sonhava de desastre, mortes e maldições, acontecia. E assim ela pensava ser usada por Deus. Um dia cheguei em sua casa pregando o evangelho, depois de ouvir sua história, expliquei para ela que aquilo não era de Deus. Convidei-a a entregar sua vida para Jesus e renunciar aquelas revelações de destruição do diabo. Depois de uma oração ela ficou liberta e nunca mais teve aqueles sonhos diabólicos.

3º) A JUMENTA DE BALAÃO.

Depois que Balaque insistiu com Balaão para ir ao seu encontro, amaldiçoar o povo de Israel, Deus ordenou que ele fosse mas tivesse o cuidado de fazer apenas o que Deus lhe mandasse ou dissesse (Nm. 22.29). 

Abrindo aqui um parêntese sobre esses assuntos, quero dizer com toda humidade, que tenho grande temor de fazer, falar ou ir algum lugar sem ter primeiro consultado e ter a aprovação de Deus. Porém esse tipo de proposta, que Balaque enviou para Balaão, para ele ir amaldiçoar o povo de Deus, era para ele nem receber os mensageiros em sua casa. Ao invés de lhe dar ouvidos, hospedá-los e ainda ir consultar a Deus, sobre aquele negócio maligno, ele na verdade nem deveria recebê-los. Quando Deus lhe fez a pergunta: Quem são esses homens que estão contigo? Como querendo dizer: com qual propósito você está hospedando esse tipo de pessoas em sua casa, pois Deus sabia, que suas intenções, eram totalmente malignas contra seu povo. Balaão, se fosse realmente um homem e profeta de Deus, já de antemão saberia dessas coisas, pois o próprio Balaque declarou que o povo de Israel eram seus inimigos. Pergunto: o que faz um servo de Deus seguindo seus inimigos? 

Contudo Balaão não conseguiu lançar nem só uma palavra de maldição contra Israel, mas somente abria sua boca para totalmente os abençoa-los, o que deixou Balaque furioso e sem nada entender, pois havia contratado a Balaão para amaldiçoar e não abençoar (Nm. 23,11). 

Fiquei lembrando do Salmo 91. Devemos, portanto, orar a Deus e ter discernimento para saber com quem andamos. Às vezes andamos, hospedamos e alimentamos o diabo que está tramando o mal contra nós e devido nossa cegueira espiritual, não enxergamos. 

Quando Balaão disse para Deus que a vinda daquele povo em sua casa, tinha como objetivo ir com eles ao encontro de Balaque, rei dos moabitas, para amaldiçoar o povo de Israel e lança-los para fora de sua terra com as maldiçoes de Balaão, Deus prontamente lhe respondeu, não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito és.  

Aprendemos aqui que nenhuma maldição vale para o povo que Deus escolheu e os abençoou.

Às vezes Deus até permite, como no caso de Balaão, irmos a determinado lugar ou fazer determinada coisa, devido a nossa teimosia, assim como aconteceu com Ele, devido sua insistência, que foi ao encontro de Balaque, entretanto Deus não compartilhava daquele negócio maligno de ir amaldiçoar seu povo. 

Aqui entre nós, se não vigiarmos estaremos enganados, fazendo totalmente a vontade de Satanás, achando ser a vontade de Deus. Ele sabia que seu caminho era maligno e perverso diante de Deus a ponto de tornar-se seu adversário e deseja-lo matar e deixar a jumenta viver (Nm.22.31-33). Vejam só isso, o anjo se colocou no caminho para se opor a Balaão, abriu a boca da jumenta para repreendê-lo, contudo somente deixou sua teimosia, depois que o anjo falou com ele.

CONCLUSÃO: Aprendemos com esse acontecimento, que as vezes um animal, tem mais valor do que um ser humano, por ver e ouvir a voz de Deus. Precisamos urgentemente nesses dias de trevas, ver e ouvir o que Deus tem para nós, afim do nosso caminho não se tornar perverso diante dele. Uma vez eu pregava o evangelho em lugar de muito sofrimento e havia sido consagrado a pastor. Dirigindo meu carro disse: Agora sou pastor, vou pedir mudança, pois não sou obrigado a ficar aqui nesse lugar terrível. Prontamente em sua infinita misericórdia Deus me respondeu: Do que adianta você ir, se eu não for com você! Me caiu um imenso temor e pedir perdão a Deus. O melhor lugar desse mundo, continua sendo o centro da perfeita vontade de Deus.

Que Deus em Cristo te abençoe em nome de Jesus Cristo

Orem por mim, Pr. Viana.