O DÍZIMO NA ORDEM SACERDOTAL
PREFÁCIO
Abordaremos e estudaremos nesta obra literária, a doutrina bíblica a respeito da prática do dizimo, em três épocas específicas:
Na dispensação patriarcal, ocorrida, a partir de Abraão até o monte Sinai (Gn.14.20; 28.22), quando foi promulgada a lei de Moisés para a nação de Israel; de Moisés até Cristo.
No AT, Deus ordenou a contribuição de três dízimos por parte da nação de Israel.
1º) – O primeiro dízimo era para os Levitas, (Lv.27; Nm.18).
Esse era dado anualmente à tribo de Levi.
O 2º) – O segundo dízimo, era para o próprio indivíduo e para a sua casa, com o objetivo de cobrir as despesas com as festas nacionais, assim não haveria desculpas para não entregarem (Dt.14.22-26; 12.11,21).
Esse também, era uma contribuição anual de dízimos, embora não fosse contado com os dízimos dos levitas.
3º) – O terceiro dízimo, era para os Levitas, os estrangeiros, as viúvas e os órfãos.
Conforme (Dt.14.28), era destinado à quatro classes de pessoas, conforme já foi visto.
Conforme os teólogos, esse era um dízimo de caridade destinado aos pobres, estrangeiros e viúvas.
Confere por gentileza (Dt.14.28,29).
Pelo fato de ser entregue apenas a cada três anos, logo, não era pesado para ninguém.
Ao fim de cada três anos, entre os anos sabáticos, o dízimo era finalmente arrecadado, conforme o (v.29).Na verdade, em resposta à fidelidade ao mandamento de Deus, o mesmo se comprometeu em sua palavra em abençoar o povo em toda terra e em todas as obras de suas mãos, que eles viessem a fazer, (v.29).
Considerando, que a cada ano, a taxa desse dízimo, seria de 3,3% ao ano, sobre a arrecadação da nação, esse dízimo como os outros dois, deveriam serem levados ao lugar de adoração, para serem distribuídos, conforme fosse necessário ao longo dos três anos seguintes.
Finalmente surge o 4º) – quarto dízimo, na dispensação da graça em (Hb.7.2,4,5,6,8,9); a partir de Jesus Cristo, quando teve início a formação da igreja, sua nação sacerdotal, que se estende até ao arrebatamento.
Por se tratar de uma análise exegética da Biblia Sagrada, sobre essa tão importante e atual matéria, nos limitaremos apenas a interpretar de forma clara e concisa, o texto Sagrado sobre esse tão importante assunto, usando como ferramenta a exegese Bíblica de uma forma bem acurada.
Por exemplo, conforme a MACROPÉDIA O dizimo surgiu entre os cristãos, no século VI, fundamentado na interpretação de textos bíblicos.
No Ocidente, a partir da idade média, O DIREITO ECLESIÁSTICO ocupou-se fartamente dos dízimos, tema de vários concílios regionais ou ecumênicos. {...}. Nos países europeus onde ocorrera a Reforma Protestante, o dízimo continuou a ser cobrado pelas novas igrejas oficiais.
Em certos países católicos ou protestantes, era cobrado também dos dissidentes. {...}.
No Brasil colonial, os dízimos pertenciam, à Ordem de Cristo, a quem a santa Sé os concedera implicitamente, ao conferir-lhe jurisdição sobre as terras conquistadas e a conquistar nas regiões ultramarinas, de acordo com as bulas papais do século VI{...}.
Conforme: Carrara e Santiró“Como ponto prévio cabe destacar que existem dois elementos que diferenciam em termos institucionais o dízimo em cada um destes espaços. {...}, o primeiro deles a autoridade que detinha o direito para arrecadá-lo e administrá-lo na América.
No caso dos territórios americanos da monarquia católica, a coroa espanhola recebeu os dízimos do Papa Alexandre VI mediante a Bula EXAMINAE DEVOTIONIS, datada de 1501, na qual dizia:
“[] pelos presentes como graça especial, com autoridade apostólica, concedemos a vós e a vossos sucessores que podeis perceber e levar livremente os dízimos em todas as ilhas e províncias {das Índias} de todos os seus vizinhos[]”.
{...}, inicialmente o dinheiro, arrecadado mal cobria os gastos do clero, mas, com o impulso do açúcar no século VI, o dízimo tornou-se uma das maiores fontes de arrecadação da colônia.
Também aqui no Brasil, o dizimo era secularizado e a coroa portuguesa repassava para a igreja apenas uma parte dos bens recolhidos.
O dízimo eclesiástico não se confunde com a dízima, imposto civil também de um em dez, cobrado no Brasil Imperial.
Os dízimos continuaram a ser cobrados durante o primeiro reinado, mas no decorrer do século XIX, foram sendo progressivamente substituídos por impostos civis.
Em 1890, com a separação da Igreja do estado, extinguiram-se definitivamente no Brasil imperial”.
Durante o domínio quase universal do catolicismo romano, o dízimo era arrecadado em forma de doação dos povos que tinha uma lógica econômica, além de política, na medida em que a implantação das igrejas na Índia, pela corroa espanhola, não se podia fazer sem autorização dos monarcas espanhóis.
O dizimo era usado como troca para que a coroa fundasse e adotasse os novos estabelecimentos eclesiásticos.
A princípio o Papado deveria arrecadar e administrar os dízimos.
A esta medida sucedeu a denominada concórdia dos burgos de 1512, através do católico rei Fernando II, o qual concedeu a renda dos dízimos aos primeiros bispos das américas, nos espaços descobertos e ocupados.
Desde já, adianto que este livro, não deve apenas ser lido e sim estudado, bem como examinado dentro do texto, da Biblia Sagrada.
Como irei explicar, a prática do dizimo, teve início, 430 anos no AT, antes da Lei de Moisés, ser promulgada e perpetrada, como mandamento de Deus à nação de Israel.
Na verdade, iremos descobrir que essa prática, já era exercida entre os povos da antiguidade, como pode-se depreender examinando os textos de (Gn. 14.18-20; 28.22; Hb.7.1-11 etc).
Na Lei de Moisés a pratica do dizimo, passou a ser um mandamento de Deus para a nação de Israel. (Lv.27.30; Ml.3.10).
Alguns propósitos foram estabelecidos por Deus sobre o exercício e finalidade da contribuição do dizimo:
– Era destinado aos sustentos da tribo de Levi, os quais foram separados por Deus para ministrar as coisas sagradas do tabernáculo (Lv.27; Nm.18.1-24).Abordaremos com mais detalhes sobre esse assunto no decorrer desse livro.
2) – O dizimo dos dízimos era destinado para o sustento dos sacerdotes e sua família (Nm.18.26; Ne. 10.37; 12.44).
3) - A cada três anos, o dizimo dos dízimos eram destinados aos sustentos dos pobres e dos ministros (Dt.14.27-29; 26.12-14).
4) – Ainda era destinado para suprir a casa de Deus (Ml.3.10).
Quando a nação negligenciava essa prática eram feridos por Deus com maldição.
5) – Finalmente o dizimo tinha como objetivo principal, honrar a Deus (Pv.3.9,10).
O dizimo em Israel era trazido anualmente com todas as demais ofertas para ser celebrado em uma festa dedicada a Deus (Dt.12.6,7; 14.22-26).
O dizimo pertence exclusivamente a Deus, e não as pessoas e Ele determina como deve ser usado, através do ministro ordenado por ele para administrar esses recursos financeiros (Lv.27.30-34; Ml.3.8).
Na cidade de Itajaí/SC, aconteceu um fato interessante sobre a entrega do dizimo.
Aqui tem uma irmã muito simples que fica o dia inteiro evangelizando e distribuindo folhetos.
Deus disse-lhe: faz a minha obra e Eu te sustento.
Para essa irmã nunca faltou nada, desde aluguel, comida, roupa etc.
Deus usa pessoas que ela nem conhece para suprir suas necessidades.
Um belo dia, um irmão revoltado com a administração do pastor, sem que ela soubesse, telefonou-lhe e disse-lhe:
Coloca um telefone de linha em sua casa, que eu vou pagar tanto o aparelho, bem como a conta todos os meses, pois Deus me ordenou a fazer isto para a irmã.
No que respondeu:
Tudo bem, se Deus mandou você fazer, aceito; e assim fez.
A partir daquele dia a irmã começou a perecer, pois ninguém mais a ajudava.
Diante dessa situação questionou com Deus dizendo:
Senhor, estou perecendo, o que está errado?
Deus lhe respondeu:
O telefone na sua casa está sendo pago com meu dizimo desviado da minha igreja.
Imediatamente a irmã ligou para o irmão, ordenou que ele tirasse o telefone de sua casa, pois o mesmo havia trazido maldição para sua vida.
Assim foi feito e Deus voltou a suprir todas as suas necessidades. Deus ordenou que o dizimo deve ser entregue apenas em um lugar.
Confere (2 Cr.31.12; Ne.10.38; 12.44; 13.5,12; Ml.3.8).
Deus ainda ordenou, que se o dizimo fosse emprestado, ao ser devolvido na casa de Deus, deveria ser acrescido em 20% de juros quando fosse devolvido.
Se trocassem o objeto do dizimo, tanto o dizimo, quanto o que foi trocado deveriam ser pagos (Lv.27.33).
Estudaremos ainda nesse opúsculo, a respeito da prática do dizimo no NT, tão discutido e rejeitado por muitos.
Em primeiro lugar foi Cristo quem começou a ensinar sobre a pratica do dizimo no NT.
Confere, (Mt.23.23; Lc.11.42; Mt.5.20; com Lc.8.11,12). Veja ainda Mt.10.10; Lc.10.7,8).
A palavra “omitir”, em Mt, 23,23 quer dizer; “deixar de fazer quilo que tem e deve de ser feito”.
O dizimo no NT, era ensinado como uma prática destinada ao reino dos céus. (Mt.11.11-14; Lc.16.16).
Veremos ainda que o Apóstolo Paulo ensinou sobre a prática do dizimo condenando, ainda o sacrilégio (Rm.2.22); o roubo dos templos (Ml.3.8-10 com Rm.2.22c); e o uso indevido das coisas santas, conforme (Lv.27).
O dizimo no NT era ainda usado para pagar o serviço dos mestres. (Gl.6.6).
Foi Deus quem ordenou que os ministros do NT, sejam sustentados pela Igreja (1 Co.9.7-14; 1 Tm.6.16-18).
A ordem de Deus para os ricos da igreja, é para serem “generosos em dar e prontos para repartir”.
Os cristãos, são ordenados a darem o dizimo na medida que Deus os fazem prosperar. (1 Co.16.2; Rm.15.25,26).
Nos primórdios da Igreja os cristãos não davam apenas o dizimo, mas tudo quanto possuíam e não negligenciavam o cuidado com os pobres, as viúvas e os necessitados de um modo geral. Era comum nas igrejas, além de contribuírem com os dízimos, fazerem coletas para ajudar os pobres. Isto sem mencionar a prática da esmola, ensinada por Cristo.
Estudaremos ainda, a respeito do sacerdócio de Melquisedeque, por ter sua origem na eternidade, deveria ser sustentado por Abraão e seus filhos, incluindo na antiga aliança o povo de Israel e na nova aliança a igreja, através do último sumo sacerdote proveniente dessa linhagem, ou seja:
Nosso Senhor Jesus Cristo. (Hb.3.1; 6.20; 7.1-11,17,21).
No demais, Paulo escreveu em sua carta aos romanos, que os crentes, filhos de Abraão na fé, devem seguir, seus passos (Rm.4.12; Hb.7).
Finalmente estudaremos nesse tratado bíblico exegético, que a prática do dizimo, além der ser uma prova de obediência e reconhecimento das bênçãos de Deus em nossa vida, constitui-se ainda no maior segredo do Criador e dono de todas as coisas (Sl.24.1) para alguém prosperar e ser abençoado em tudo na face dessa terra.
Que Deus te abençoe com o estudo desse livro.
Pastor: João Augusto Viana neto
INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada apresenta três ordens de ofício sacerdotal, instituídas por Deus na terra.
A de Melquisedeque, de Arão e a de Jesus Cristo.
O objetivo deste opúsculo, incide em estudar cada uma dessas ordens, usando como principal ferramenta a exegese bíblica, através de um estudo bem acurado do texto sagrado, sem adulterar a hermenêutica, apresentando provas incontestes, elucidativas da prática do dizimo nessas dispensações bíblica, encerrando finalmente com a ordem sacerdotal de Jesus Cristo na atual dispensação da graça, através da sua prática na igreja até o arrebatamento, quando posteriormente após o governo do Ante Cristo, voltará novamente com a igreja glorificada, para reinar mil anos nesta terra restaurada, porém de forma literal.
1. DEFINIÇÃO DO TERMO E DO OFÍCIO SACERDOTAL
O termo Sacerdote do Hb. “Hiereus”, e “Archiereus”, Sumo Sacerdote. Ambos os termos significam santo.
Em Israel, A LXX, emprega o termo “Hiereus”, para traduzir o hebraico “Cohen”. A consagração de Arão e seus filhos para o ofício Sacerdotal ficou registrada em (Lv. Cp. 8).
1.a. Sacerdote (Cohen) em sua raiz primitiva significa “Mediador em Serviços Religiosos” (Bíblia de Estudo Palavra Chave, Hebraico e Grego). (Dicionário do AT, p. 1701).
1.b. Sacerdote (Cohen). A Palavra é usada para designar as várias classes de Sacerdotes em Israel.
Essa Classe realizava a função de mediadores entre Deus e seu povo.
2. A NAÇÃO DE ISRAEL COMO UM REINO DE SACERDOTES.
O principal objetivo de Deus, ao constituir Israel como nação, era eleva-los à condição de “Reino Sacerdotal” e “Povo Santo”.
E o que está escrito. (Ex.19.5,6), que diz:
v.5. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda terra é minha.
v.6. E Vós (a nação de Israel) sereis um reino de Sacerdotes e povo santo, estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
.
Israel deveria ser um reino de sacerdotes, segundo a ordem de Melquisedeque.
Conforme foi revelado a Abraão, Israel deveria dar continuação a essa linhagem sacerdotal a qual teria seu cumprimento final na pessoa Jesus Cristo. (Hb.3.1,2) diz:
v.1.Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
v.2 sendo fiel ao que o constituiu, como também o fez Moisés em toda a sua casa.
Entre os Judeus, o sumo sacerdote era também considerado o Apóstolo de Deus.
Este sem dúvida é o significado, apresentado aqui no (v.1), a respeito da pessoa e do ministério de Cristo.
No (v.2), a expressão “casa de Moisés”, é uma referência à nação de Israel.
Confere. (v.5).
Quanto a expressão “casa de Cristo” se refere à igreja.
Confere, (v.6).
Conforme (ROCHA, 2013)
O sacerdócio de Levi era apenas um modelo nacional daquilo que poderia ser executado por um sacerdócio universal (segundo a ordem de Melquisedeque – Grifo).
[...] Porque Israel não quis obedecer às prerrogativas divinas, a fim de ser uma bênção para todas as famílias da terra, o sacerdócio universal, por um tempo, foi posto de lado.
[...] para ser uma nação sacerdotal, a nação de Israel deveria ser santa, um exemplo para todas as nações da terra.
Israel como nação deveria cumprir os requisitos exigidos por Deus elencados em (Nm. 3.5-10).
v.5,6. O Senhor mandou chamar Moisés: Mande chamar a tribo de Levi, e apresente-a ao Sacerdote Arão para auxilia-lo.
A tribo de Levi foi separada por Deus das demais tribos de Israel para auxiliar a família Sacerdotal (a casa de Arão).
Dessa forma eles (a tribo de Levi) ao auxiliar (a casa de Arão), estariam juntamente com eles, servindo toda a nação de Israel.
v.7. Eles a tribo de (Levi), cuidarão das obrigações próprias da tenda do encontro, cumprindo as obrigações dos Israelitas (nação de Israel), no serviço do tabernáculo.
Quando Deus através de Moisés tirou os filhos de Israel do Egito, e os conduziram em direção à terra de Canaã, realizou o primeiro Censo no deserto.
Contou das 11 Tribos de Israel começando com 1. Ruben: 46.500; 2. Simeão. 59.300; 3. Gade: 45.650; 4. Judá. 74.600; 5. Isacar: 54.400; 6. Zebulom: 57.400; 7. Efraim: 40.500; 8. Manasses: 32.200; 9. Benjamim. 35.500; 10.Dã. 62.700. 11. Naftali: 53.400.
Somou-se um total de “seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta”. (Nm. 1.46).
Desse primeiro Censo, todos pereceram no deserto por causa da sua incredulidade.
Realmente saíram do Egito para morrer no deserto.
Somente escapou vivo daquela geração Josué e Calebe. O Glorioso Espírito Santo em 1 Co. cap.10 exorta a igreja, alertando-a, que estes fatos aconteceram a Israel no deserto e ficaram registrados para exemplo nosso, a fim de permanecermos firmes em vigilância e não cair nos mesmos erros.
Nesse Censo, a tribo de Levi, não foi contada entre eles (as demais tribos de Israel, Nm.1.49), por terem sidos separados exclusivamente por Deus para o serviço (e não ofício) sacerdotal, que consistia em ajudar os sacerdotes a cumprirem seus deveres no ofício sacerdotal. (V.V.6 - 10) diz:
v. 6.Mande chamar a Tribo de Levi e apresente-a ao Sacerdote Arão para auxilia-lo.
v.7. Eles (a tribo de Levi) cuidarão das obrigações próprias da tenda da congregação, fazendo serviço do tabernáculo para Arão e toda a nação.
v.8. Tomarão conta de todos os utensílios da tenda da congregação e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o ministério do tabernáculo.
v.9. Os levitas devem ser dados dentre todos os filhos de Israel, a Arão e seus filhos como dádivas (presentes) da parte de Deus.
v.10. Mas a Arão e seus filhos ordenarás que cuidem e guardem o sacerdócio.
E o estranho (qualquer pessoa não autorizada, dentre os filhos de Israel) que se aproximar do santuário deverá ser morta.
Conforme está escrito em (Nm. 8.5-25), a escolha de Arão e de seus filhos como sacerdotes (Ex.28,29) precedeu os acontecimentos do Sinai (Ex.32) que levaram à escolha da tribo de Levi para oficiar diante do Senhor – e para fazer o resgate dos primogênitos (Nm. 8.16).
Parece que o Senhor tinha a intenção de que a classe sacerdotal exercesse seu ofício pela linhagem dos primogênitos, sob a direção da casa de Arão.
Contudo, por causa do fracasso do povo, o sacerdócio tornou-se um sistema familiar Arônico-levítico ao longo de todo o período do AT, mas a ideia de um povo sacerdotal permaneceu como pano de fundo, aguardando sua consumação no “Sacerdócio de todos os Cristãos”, sob a direção do primeiro e único Sumo – Sacerdote do NT, ou da “nova aliança” nosso Senhor Jesus Cristo (ver 1 Pe.2.5,9).
A respeito da separação feita por Deus dos filhos de Levi, das demais tribos de Israel, para cuidarem da casa de Arão e seus filhos, da tenda da congregação e seus utensílios bem como de toda a nação de Israel, Moisés recebeu as seguintes instruções do Senhor: (Nm.8. 9 a 20).
v.9 E farás chegar os levitas perante o Tabernáculo de reunião; e reunirás a toda a congregação dos filhos de Israel
v.10. E trarás os levitas diante do Senhor Jeová, e os filhos de Israel imporão as suas mãos sobre os Levitas.
No AT a imposição de mãos, foi usada para designar algumas bênçãos específicas sobre o povo de Israel.
Em (Gn. 48. 13-20), vemos Jacó impondo suas mãos sobre Efraim e Manasses, filhos de José e os abençoando.
Em (Lv. 1.4), Deus ordena transferir a culpa do pecador para o sacrifício através da imposição de mão sobre a cabeça do sacrifício, pois a” [...] imposição da mão do ofertante, significava aceitação e identificação de si mesmo com a sua oferta.
Em figura, corresponde a fé do cristão aceitando e identificando-se com Cristo (Rm.4.5; 6.3-11).
O crente é justificado pela fé, sendo esta reconhecida como justiça, porque a sua fé o identifica com Cristo, que morreu em seu lugar como oferta pelo pecado (I Co.5.21; 1 Pe. 2.24)”.
A imposição de mão foi usada ainda por ordem de Deus, para designar alguém como seu substituto num cargo ministerial, como aconteceu na substituição de Moisés por Josué, conforme está escrito em (Nm.27.18,20,22,23), que diz:
v.18.Disse o Senhor a Moisés: Toma a Josué, filho de Num homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe a mão.
V. 20. Põe sobre Ele a tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.
v.22. Fez Moisés como lhe ordenara o Senhor; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o Sacerdote, e perante toda congregação;
v.23 E lhe impôs as mãos, e lhe deu as suas ordens, como o Senhor falara por intermédio de Moisés.
Retornando ao comentário de (Nm. 8.9-20), Os Levitas foram considerados como ofertas vivas de movimento perante o Senhor Deus todo poderoso, que prefigurava um ato profético para o corpo do Cristão, sendo apresentado perante Deus, como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, através de uma vida de oração e consagração a Deus (Rm. 12.1,2).
v.11. E Arão oferecerá os levitas diante do Senhor Jeová como oferta movida da parte dos filhos de Israel; e serão para serviço do Senhor.
v.12 E os Levitas imporão as suas mãos sobre as cabeças dos novilhos e oferecerás um deles como oferta expiatória (oferta pelo pecado) e o outro como holocausto ao Senhor Jeová, para fazer expiação em favor dos Levitas.
v.13. E apresentarás os Levitas diante de Arão e de seus filhos, e os moverás como ofertas movidas ao Senhor Jeová.
Os levitas foram separados por Deus como primícias do meio da nação de Israel, para ministrarem a favor do povo perante Deus e fazerem a obra do transporte do Tabernáculo a qual não poderia ser feita de qualquer maneira.
Eles foram escolhidos e separados por Deus dentre o povo como guardadores (protetores) de todos os vasos e de tudo o que havia dentro dos vasos.
Deveriam levar o tabernáculo com os seus utensílios, e ainda encarregar-se da ministração de seus ofícios e deveriam acampar-se ao redor do tabernáculo a fim de protegê-lo.
Quando o tabernáculo tivesse de ser transportado eram os Levitas que deveriam desarmá-lo; e quando acampavam era os Levitas que tornariam a armá-lo.
Como já foi dito, o estranho ou alguém que não era da Tribo de Levi, ao aproximar-se seria morto.
Assim os levitas seriam guardiões do tabernáculo (Nm. 1.50,51 53).
v.14. E separarás os Levitas do meio dos filhos de Israel; e os Levitas serão meus.
A Lei de Moisés fazia uma distinção entre os sacerdotes e a Tribo de Levi.
Os Sacerdotes deveriam pertencer a família de Arão.
Enquanto os Levitas deveriam pertencer a Tribo de Levi.
Os Sacerdotes eram consagrados (Ex.29.1-37), enquanto os levitas eram purificados (Nm. 8.5-22).
Os Levitas eram considerados um presente de Deus para Arão e seus filhos (Nm. 3. 5-13;8.19;; 18.1-7).
A diferença fundamental consistia em que apenas o sumo sacerdote tinha o direito de entrar no santuário (Ex.28.1; 29.9; Nm. 3.10,38; 4.15,19 20; 18.1-7; 25.10 – 13).
Deus disse a Moisés, que foi Ele mesmo quem escolheu os israelitas em lugar do primeiro filho de cada mulher Israelita, pois os Levitas eram dele, pois, todos os primogênitos pertenciam a ele.
Lembrou ainda a Moisés, que quando feriu os primogênitos no Egito, separou para Ele mesmo, todo primogênito de Israel, tanto entre homens como entre os rebanhos para serem dele.
No que consiste a tribo de Levi, foram dedicados a Ele em lugar de todos os primogênitos dos Israelitas e os rebanhos em lugar de todas as primeiras crias do rebanho dos Israelitas. (Nm. 3.12,13, 45).
v.15. E, depois de expiares os Levitas e tê-los apresentado como oferta movida, entrarão no Tabernáculo da congregação para o serviço. (Nm. 8.11,13).
v.,16. Porquanto eles, (os Levitas) me foram dedicados dentre os filhos de Israel, em lugar de todos os primogênitos dos filhos de Israel, daquele que abre a madre, eu os tomei para mim. (Nm. 3.12, 45).
v.17. Porque todos os primogênitos dos filhos de Israel são meus, tanto de homem como de animal; desde o dia em que feri a todo primogênito na terra do Egito, eu consagrei para mim os primogênitos do povo de Israel (Ex.13.2)
v.18.E tomei para mim os levitas em lugar de todos os primogênitos dos Filhos de Israel.
v.19. De modo que dei os Levitas a Arão e a seus filhos como uma dádiva (presente) dentre os filhos de Israel, para cumprir o serviço dos filhos de Israel no tabernáculo da congregação, e para fazeres expiação pelos filhos de Israel, para que não haja praga sobre os filhos de Israel quando se aproximarem do santuário.
v.20. Assim fizeram Moisés, Arão e toda a congregação dos filhos de Israel com os Levitas, conforme tudo o que o Senhor Deus ordenou a respeito dos levitas, assim os filhos de Israel lhes fizeram.
O aprendizado que extraímos a respeito da função de Moisés, de Arão e seus filhos, da Tribo de Levi, bem como das demais onze Tribos de Israel foi que cada um recebeu uma função específica da parte de Deus, como por exemplo:
(1º) – Moisés, da Tribo de Levi, (Ex.2.1), Filho de Anrão e Joquebede. (Nm. 26.59).
Foi chamado diretamente por Deus do meio de uma Sarça ardente (Ex.3.10), para libertar o povo de Israel do Egito.
Conforme (Ex.4.16), Moisés foi colocado como Deus perante Arão.
(2º) – Arão do hebraico = Brilhante foi o primeiro Sumo Sacerdote do povo Hebreu.
Era irmão de Moisés da Tribo de Levi (Ex.6.16-20).
Era filho de Anrão e Joquebede, irmão mais velho de Moisés e Miriã (Nm. 26.59).
Nasceu no Egito três anos antes de Moisés. (Ex.7.7).
Devido seu dom da palavra, servia de boca para Moisés (Ex.4.14-16)
(3º) – Conforme (Ex.32.25-29) todos os Levitas atendendo ao pedido de Moisés colocaram ao seu lado e mataram ao fio da espada uns três mil homens que deixaram de servir ao Senhor e foram adorar o bezerro de Ouro feito por Arão no Monte Sinai (Ex.32.21-24).
Nesse episódio, não ouve misericórdia para os idolatras.
Todos foram mortos ao fio da espada dos Levitas.
Assim permanece a humanidade desde os dias de Arão até os dias atuais, nunca evoluíram no conhecimento de Deus.
Pelo contrário se tornaram mais e mais idólatras.
Nos dias do Apóstolo São Paulo no império romano, adoravam todo tipo de Imagens de homens, de aves, de quadrupedes e répteis. (Rm. 1.23).
Por causa da idolatria desenfreada, mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o criador (Rm. 1.25).
Por esta causa, Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia (sentimentos imundos) para desonrarem seus corpos entre si. (v.24).
A Bíblia Sagrada deixa bem claro que o corpo humano foi comprado por Jesus Cristo na cruz do calvário e por esta causa não pertence mais a nós mesmos, mas se tornou o templo do Espírito Santo.
Somos exortados a glorificar a Deus no nosso corpo e no nosso espírito os quais agora pertencem a Deus e não mais a nós mesmos. (1 Co.6.19,20).
A ordem expressa do Senhor a todos nós através da sua palavra é para fugirmos da prostituição e aqui engloba toda sorte de pecado de imoralidade da carne como: masturbação, homossexualismo, adultério, lesbianismo, bestialidade (sexo com animais), etc, pois todo pecado que o homem (mulher) comete é fora do corpo, mas o que se prostitui (pecado da carne) é contra o corpo (v.18).
Já que o corpo agora pertence ao Espírito Santo e não a nós mesmos, então todo pecado de imoralidade da carne, constitui-se pecado diretamente contra o templo do Espírito Santo.
Voltando a falar sobre os levitas, Hoje, na presente dispensação da graça, Deus não usa os obreiros para matar como usou os Levitas.
Deus primeiro os entrega a um sentimento pervertido, perverso, maligno, diabólico, proveniente de Satanás e seus demônios, para desonrarem seus corpos entre si.
Esse tipo de comportamento, Deus o denomina de “Imundícia”.
Como não existe mais arrependimento para quem conscientemente trocou a verdade de Deus pela mentira e servem, mais a criatura do que o criador, prestando-lhe culto e adoração (v.25).
Deus não tem mais outra alternativa a não ser abandonar aos que tais imundícias praticam com seus corpos a um sentimento perverso, para praticarem as paixões mais infames. (Rm.1.26,27).
Foi assim que Deus fez com o povo romano nos dias do Apóstolo São Paulo e está fazendo com esta geração pervertida, maligna e idolatra.
Aumentará cada vez mais em nossa sociedade maligna, pervertida e idólatra o número de pecadores abomináveis rejeitados por Deus.
O pecado da idolatria conduz o perdido pecador a praticar toda sorte de imoralidade física contra seu próprio corpo, e finalmente ao abandono de Deus a toda sorte de depravação imoral.
Não se assuste se brevemente virmos os pecadores desse mundo dominado por Satanás, casando com animais.
Deus compara essa geração de pervertidos como Loucos (Rm. 1.22).
Com certeza, todos os insanos serão acorrentados um ao outro, homem com homem e mulher com mulher e jogados dentro do lago de fogo, juntamente com o Diabo e seus anjos, para arderem eternamente em seus sentimentos de paixões perversas colocados aqui na terra dentro deles pelo próprio diabo a fim de continuarem a desonrarem seus corpos na presença de Satanás, de seus demônios e de todos os demais pecadores transformados em monstros, por toda a eternidade dentro do lago eterno de fogo.
Não pense você que o corpo que Deus te deu, belo e perfeito vai ser usado para continuar em desonra no inferno.
Aqui Deus permite o ser humano fazer o que quiser de seu corpo, por causa do Livre arbítrio, que somente existe aqui na terra.
O livre arbítrio do ser humano começa, quando Ele entra em estado de consciência discernindo entre o bem e o mal, cessando com a morte, quando começa o destino eterno.
Dentro do fator eterno denominado destino eterno ou eternidade com Deus e seus anjos ou com Satanás e seus anjos, que começa logo em seguida após a morte, o ser humano começa sua caminhada em direção à eternidade sem fim.
3. AS FUNÇÕES DOS LEVITAS EM MEIO AO POVO DE ISRAEL
3.a) – Foram separados por Deus, dentre as doze Tribos de Israel para cuidarem do Tabernáculo.
É o que está escrito em (Nm. 1.47-53 NVI).
v.47. As famílias de Levi, porém, não foram contadas juntamente com as outras,
v.48. Pois, o Senhor tinha dito a Moisés:
v.49. Não faça o recenseamento da tribo de Levi, nem a relacione entre os demais. Israelitas.
v.50. Em vez disso, designe os israelitas como responsáveis pelo tabernáculo que guarda as tábuas da aliança, por todos os seus utensílios e por tudo o que pertence a ele. Eles (Os levitas) transportarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; cuidarão dele e acamparão ao seu redor.
v.51. Sempre que o tabernáculo tiver que ser removido, os Levitas o desmontarão e, sempre que tiver que ser armado, os Levitas o fará. Qualquer pessoa não autorizada que se aproximar do tabernáculo terá que ser executada.
v.52. Os Israelitas armarão as suas tendas organizadas segundo as suas divisões, cada um em seu próprio acampamento e junto à sua bandeira.
v.53. Os levitas, porém, armarão as suas tendas ao redor do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança, para que a ira divina não caia sobre a comunidade de Israel. Os levitas terão a responsabilidade de cuidar do tabernáculo que guarda as tábuas da aliança.
4. AS FAMÍLIAS DOS LEVITAS, CONFORME O SEGUNDO CENSO REALIZADO ENTRE OS ISRAELITAS NO DESERTO. (NM.26.57- 65).
v.57. São estes os que foram contados dos Levitas, segundo as suas famílias: De Gérson, a família dos Gersonitas; de. Coate, a família dos Coatitas; de Merari, a família dos Meratitas.
v.58. São estas as famílias de Levi: As famílias dos Libnitas, a família dos hebronitas, a família dos malitas, a família dos musitas, a família dos coraitas. Coate gerou a Anrão.
v.59. A mulher de Anrão chamava-se Joquebede, filha de Levi, a qual lhe nasceu no Egito; teve ela de Anrão, a Arão, e a Moisés, e a Miriã, irmã deles.
v.60. A Anrão nasceu Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
v.61. Nadabe e Abiú morreram quando levaram fogo estranho perante o Senhor.
v.62. Os que foram deles contados foram vinte e três mil, todo homem da idade de um mês para cima; porque estes não foram contados entre os filhos de Israel, porquanto lhes não foi dada herança com os outros.
v.63. São estes os que foram contados por Moisés e o sacerdote Eleazar, que contaram os filhos de Israel nas campinas de Moabe, ao pé do Jordão na altura de Jericó
v.64. Entre estes, porém, nenhum ouve dos que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão, quando levantaram o censo dos filhos de Israel no deserto do Sinai.
v.65. Porque o Senhor dissera a Moisés acerca deles (dos que saíram do Egito), que morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné e Josué, filho de Num.
5. OS LEVITAS FORAM SUBSTITUÍDOS POR DEUS PELOS PRIMOGÊNITOS DOS FILHOS DE ISRAEL. (NM. 3.11-13).
v.11. E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
v.12. E eu, eis que tenho tomado os Levitas do meio dos filhos de Israel em Lugar de todo o primogênito que abre a madre, entre os filhos de Israel; e os Levitas serão meus.
v.13. Porque todo primogênito meu é; desde o dia em que feri a todo o primogênito na terra do Egito, santifiquei para mim todo o primogênito em Israel, desde o homem até o animal; meu serão; Eu Sou o Senhor.
Conforme está escrito em (EX.13.2,12-16), Deus ordenou a Moisés, santificar para Ele todo primogênito de homem e animal porque era dele.
A palavra santifica-me (do Hb, qadash), traz o real significado, literalmente de apartar-se de um uso profano para o sagrado.
(V.12 diz):
Apartará para o Senhor tudo o que abrir a Madre do fruto dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor.
Aqui não está se referindo à separação do pecado e sim para o uso sagrado. (vv.2,12).
A Bíblia de Estudo Dake, p.165, faz o seguinte comentário sobre (Ex.13.14):
“Isso explica por que o primogênito do homem e do animal dentre os que não eram Levitas, deveriam ser consagrados a Deus para sustento dos levitas”.
A nota de rodapé. 116, traz ainda o seguinte comentário (Ex.13.13) “Porém tudo o que abrir a madre da jumenta, resgatarás com cordeiro; e, se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; mas todo primogênito do homem entre teus filhos resgatarás”. “Resgatar do heb”. “Padah”, separar, resgatar, libertar mediante o pagamento de um preço”.
Em verdade, os vv.11-16 do cap. 13 do livro de Êxodo vai explicar com maiores detalhes a questão dos primogênitos, conforme iremos analisar em seguida com mais detalhes.
De acordo com os mais antigos códigos de Israel, conforme está escrito em (Ex.22.28-29; 34.19-20), onde como já foi dito acima, os primogênitos dos homens e animais pertencem a Deus.
Conforme está escrito em (Dt.15.19-20), os primogênitos dos animais em parte eram oferecidos a Deus em sacrifício e uma parte deles era para sustento dos sacerdotes.
6.COMENTÁRIO EXEGÉTICO DE (NM.18.1-32).
Esse texto da Bíblia Sagrada, fala com mais detalhes a respeito do sustento dos sacerdotes (casa de Arão e da Tribo de Levi), que hoje aponta para os obreiros que foram separados por Deus, do meio da igreja para servir no santo ministério.
Como ocorreu com a Tribo de Levi no passado, os quais eram sustentados pelos dízimos das tribos de Israel e parte dos primogênitos dos animais, afim de que servissem no santuário e no serviço do tabernáculo, para não se embaraçassem, com os negócios desta vida, da mesma forma, hoje se aplica ao ministério cristão.
(2 Tm.2.4). A razão dos ministros cristãos, não se embaraçarem com os negócios desta vida, tem apenas uma finalidade, agradar a Deus, que o elegeu para a obra do ministério cristão.
Vamos a partir de agora estudar números capítulo 18, versículo por versículo.
V.1.Então falou o Senhor Deus a Arão: Você e seus filhos e a casa de seu pai contigo, levarei a carga das faltas cometidas contra o santuário.
A casa do Pai de Arão se refere a Levi.
Este parágrafo se associa aos Levitas.
É o que diz os versículos 3,5-10.
Apenas na condição de servidores, ao ministério de Arão e sua família diante do povo.
Os levitas não ministravam perante o povo.
Arão e sua casa ministravam e os Levitas serviam a Arão e seus filhos na guarda do tabernáculo.
Convido-vos a lerem todo o capítulo 16 desse mesmo livro, a fim de saberem que foi Deus quem escolheu Arão e seus filhos para serem ministros do tabernáculo.
O escritor de Hebreus (5.4) comenta que a ninguém Deus atribuiu a honra do sacerdócio entre a nação de Israel em meio ao deserto, senão àquele que foi chamado por Ele, neste caso foi Arão!
Atualmente, aqueles que não foram chamados por Deus, mas se entremetem no ministério Cristão, estão inchados, se tornaram vaidosos e ensoberbecidos em sua compreensão carnal, cuidando que a obra do ministério é causa de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias e ruins suspeitas, como agiram Coré, Datã, Abirão e Om, que desejaram usurpar o lugar de Moisés e Arão no Santo Ministério.
Trata-se, portanto de homens corruptos de entendimento e privados da verdade.
A Bíblia e enfática em dizer:
Aparta-te dos Tais.
Como Moisés ordenou a nação de Israel, que ao se afastarem deles (da tenda de Coré e seus amigos rebelados, contra Moisés e Arão, a terra abriu a sua boca e engoliu todos eles vivos).
Confere por gentiliza (Nm.16.25-35).
Recordando o triste episódio dos duzentos e cinquenta homens da congregação de Israel, que se uniram a. Core, o escritor de Hebreus diz:
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo! (Hb.10.31).
Que Deus tenha misericórdia de todos nós.
Procuremos andar com temor e tremor diante da sua face, a fim de não colocarmos a mão onde não somos chamados e terminarmos nossa carreira queimados pelo fogo destruidor de Deus, como aconteceu com a turma de Core e posteriormente com Nadabe e Abiú (Lv.10).
Nessa classe, inclui-se, ainda Uzá, o qual foi morto com fogo destruidor, proveniente de Deus, quando ousou estender sua mão e tocar na arca da aliança, o qual não estava autorizado a fazê-lo. (2 Sm.6.3-8).
v.2. Faze igualmente juntarem-se a ti os irmãos da família de Levi, a tribo de teu Pai, ou que seja, a tribo de Levi. Seja eles auxiliares de Arão e sirvam a ele e a seus filhos perante a tenda da congregação.
Faço aqui, uma pequena observação;
Quando adentramos ao pátio da igreja, estamos pisando em terreno sagrado, consagrado e santificado a Deus.
Se você foi chamado para servir na porta, sirva com alegria, e não se entremeta aonde não foi chamado, para que por ventura, Deus não vem a irar-se contra você, e venhas a morrer espiritualmente, sendo removido da sua função.
Conforme foi visto acima, Arão, seus filhos e a casa de seu pai juntamente com Ele seriam responsáveis pelas iniquidades do santuário, e do sacerdócio (VV.1,2).
v.3 Farão o teu serviço e o de toda Tenda. Não devem se aproximar dos objetos sagrados, nem do altar, para que tanto eles como vós não venhais a morrer.
Os Levitas, na qualidade de obreiros do Senhor, para cuidarem do tabernáculo, deveriam fazer tudo o que Arão lhes ordenasse.
Se eles não fizessem tudo quanto o Senhor lhes havia ordenado, eles juntamente com o próprio Arão seriam mortos.
Naquela época morriam fisicamente.
Hoje morrem espiritualmente.
Nesse aspecto Jesus Cristo dirige uma dura censura ao Pastor da Igreja de Sardes dizendo: “...Eu conheço as tuas obras, que tens nome, de que vives, e estás morto”. (Ap.3.1b).
No que diz respeito a igreja disse:
“Sê vigilante e confirma o restante que estão para morrer”. (V.2ª).
Os irmãos não devem criticar uns aos outros por causa de suas fraquezas.
Jesus é tão misericordioso que até com um pastor morto espiritualmente falando, ele fala!
Na igreja de Sardes, além do pastor que estava morto, havia muitos irmãos que estavam para morrer, mas havia também algumas pessoas, que não havia contaminado suas vestes e estas eram as que haveriam de andar de branco com Cristo. (Ap.3.4; 19.8).
Qual é a nossa situação diante de Cristo? Cada um deve responder para si mesmo.
v.4. Serão teus auxiliares de (Arão) e responderão pelos encargos da tenda da congregação, por todo o serviço da tenda, e nenhum profano se aproximará de vós.
O profano aqui, se refere àquele que não era levita.
Conforme já foi dito, mas nunca é demais trazer à lembrança, a função de Arão e seus filhos, na qual consistia em guardar o sacerdócio, conforme está escrito em (Nm.3.10), que diz:
v. 10 Encarrega Arão e seus filhos de exercerem o sacerdócio. O estranho que se aproximar será morto.
Como disse acima o estranho dentre os filhos de Israel que não podia exercer o ofício Sacerdotal era aquele que não descendia da tribo de Levi.
Hoje os obreiros que assistem na casa do Senhor, não descendem da tribo e do sacerdócio de Levi e sim do sacerdócio eterno de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
v.5.Respondereis pelos encargos do santuário e pelos serviços do altar para que não haja mais ira contra os Israelitas. Outra tradução diz: E vós (Arão e seus filhos) fareis a guarda do santuário e do altar, para que a minha cólera não venha mais sobre os filhos de Israel.
Deus aqui estava trazendo à lembrança de Israel, a rebelião provocada por Coré (Calvo), filho de gizar, filho de Coate, filho de Levi, e Datã (desejo ardente) e Abirão (meu pai é elevado), filho de Eliabe, e Om (fortaleza), filho de Pelete, da Tribo de Ruben.
Esses homens se ensoberbeceram e conspiraram contra Moisés e Arão.
Acompanhados por duzentos e cinquenta homens membros do conselho dos filhos de Israel, todos homens de renome.
Conforme (Nm.26.9) Datã e Abirão são os que reuniram a assembleia e se amotinaram contra Moisés e Arão, com o grupo de Coré, quando se revoltaram contra o Senhor Jeová.
Vimos dessa forma que toda rebelião contra os homens de Deus em primeiro lugar é uma atitude contra o próprio Deus.
Conforme vimos acima, Corá e seus aliados atacaram a liderança de Moisés e Arão.
Corá era descendente de Levi por meio de coate.
Como Coatita, exercia cargos de grande responsabilidade no serviço do Senhor no tabernáculo.
Foi por isso que Moisés em (Nm.16.9) disse-lhes: Acaso, é pouco para vós que o Deus de Israel, vos separou dentre os demais filhos de Israel, permitindo que vos aproximeis dele, ao encarrega-los do serviço do tabernáculo do Senhor Jeová e da celebração do serviço diante da congregação com os seus ministros? Conforme (Nm.4.1-20).
Aos Coatitas foi designado cuidar das coisas santíssimas do santuário.
A tarefa deles era tão séria que apesar de terem sido designados para cuidarem das peças mais santas do santuário, contudo estavam proibidos de tocar nessas peças (V.15) com a punição de pena de morte, e até mesmo, foram proibidos de olha-las. (V.20).
Somente após Arão e seus filhos terminarem de cobrir as peças sagradas do tabernáculo e o acampamento estivesse pronto para partir era que os coatitas deveriam se aproximar para carregar essas peças santíssimas, sem, contudo, tocar nelas, pois se assim fizessem seriam mortos (v15).
E sempre assim que acontece:
Alguém acaba se dando mal no ministério por querer usurpar uma posição, que Deus não lhe autorizou.
Que isto nos sirva de lição e que venhamos servir com alegria na posição que Deus nos colocou.
v.6. Eis que eu mesmo escolhi os vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel, como presente dado pelo Senhor Jeová, para fazerem o serviço do tabernáculo de Reunião.
Os Levitas no passado como os obreiros na atualidade, são uma dádiva, um presente de Deus para a Igreja. (Ef.4.11ª).
Está escrito em (Nm.3.9) que os levitas foram escolhidos, dentre todos os filhos de Israel, para serem dedicados a Arão e a seus filhos, afim de servi-los.
Da mesma forma, hoje na dispensação da graça, foi Deus quem levantou os obreiros para estarem ao lado do pastor e servirem a igreja.
Os Levitas foram levantados por Deus do meio de todas as demais tribos de Israel, para assumir o lugar dos primogênitos de cada mulher Israelita (V.12) Está escrito em (Ex.13.1,2).
E disse o Senhor a Moisés:
Consagre a mim todos os primogênitos. O primeiro filho Israelita me pertence, não somente entre os homens, mas também entre os animais.
Conforme (Ex.4.22), quando Deus escolheu a Israel ele o adotou como seu filho, como seu primogênito.
Quando Deus instituiu a tribo de Levi para servi-lo separando-a de todas as demais tribos de Israel no tabernáculo deu a seguinte ordem para Moisés:
E tomarás os Levitas para mim, o Senhor Jeová, no lugar dos – primogênitos dos filhos de Israel, bem como os animais dos levitas em lugar de todos os animais primogênitos dos filhos de Israel. (Nm.3.41).
Assim como os Levitas substituíram os primogênitos para servirem exclusivamente a Deus na obra do tabernáculo, da mesma forma hoje, os obreiros foram separados do meio da Igreja, para pertencerem exclusivamente a Deus e realizar o serviço do ministério.
v.7. Tu (Arão) e teus filhos assumireis as funções sacerdotais em tudo o que se refere ao altar e em tudo o que está atrás do véu. Vós realizareis o serviço do culto, cujo ofício concedo ao vosso sacerdócio. Contudo, o profano que se aproximar morrerá.
O altar era uma referência ao santo dos santos, onde o sumo sacerdote, entrava uma vez sozinho ao ano.
No AT os sacerdotes em primeiro lugar ministros do altar. Hoje na dispensação da graça, não é diferente.
Os obreiros foram chamados por Deus para ministrar ao seu povo a partir do púlpito.
Conforme (Nm.3.10), a Arão e a seus filhos foram encomendadas as funções sacerdotais.
O estranho (qualquer Israelita) que se aproximasse do santuário seria ferido de morte.
Está escrito ainda em (Nm.1.51) que quando o tabernáculo tivesse de ser transportado era os Levitas que deveriam o desarmar e quando deviam acampar-se era novamente os Levitas que deveriam armá-lo.
O estranho que se aproximar-se dele deveria ser morto.
Moisés, Arão e seus filhos deveriam acampar-se ao oriente do Tabernáculo, junto, ao lado do sol nascente, pois tinham a responsabilidade suprema em cuidar do santuário e dos filhos de Israel (Nm.3.38).
A Igreja hoje é o santuário de Deus e os pastores prestam contas diante de Deus do cuidado de seu rebanho (Hb.13.17).
v. 8.E falou o Senhor Jeová a Arão dizendo: Eis que eu mesmo te designei a missão de guardar todas as ofertas consagradas dos filhos de Israel, que me são feitas, a saber, todas as coisas consagradas dos filhos de Israel são dadas a ti e aos teus filhos por causa da unção, como estatuto perpétuo por todas as gerações.
Conforme (Lv.6.14 – 7.36) os sacerdotes deveriam serem sustentados em seu ministério de serviço sacerdotal como também os levitas em geral por não possuírem parte ou herança na terra que o Senhor haveria de Dar as demais onze tribos de Israel, com os dízimos e ofertas dedicadas ao Senhor pelas demais tribos.
Nesse aspecto, os sacerdotes à semelhança dos pastores e obreiros, os quais realmente foram chamados por Deus, para trabalharem cuidando da sua igreja, em tempo integral, estão a serviço exclusivo de Deus e são também sustentados, diretamente por ele, através dos dízimos e ofertas do seu povo.
Nesse aspecto, o salário dos verdadeiros obreiros, chamados por Deus, para cuidar da sua igreja, jamais deverão ser alegados e blasfemados, pois foi Deus quem os chamou e estão a seu serviço não servindo apenas ao homem que são servos como ele.
Conforme (Nm 18.6), foi Deus quem escolheu os levitas, dentre o povo Israelita, para servirem no santuário, como um presente dado aos filhos de Israel.
Portanto o sacerdócio era um presente da graça de Deus, para o povo.
O tratamento da nação dispensado aos Levitas era a retribuição que o povo dava a Deus pelo presente recebido.
Hoje não é diferente.
Da forma que você trata os obreiros é o reconhecimento que você está retribuindo a Deus.
Quando lemos (Ef.4.11), acerca dos dons ministeriais para a igreja se usa o verbo dar, no sentido de dádiva, presente.
Os obreiros integrados que se desgastam a serviço da igreja, não são um peso para a mesma, como alegam alguns pastores avarentos, mesquinhado o sustento dos mesmos.
Os obreiros são dados à igreja por Cristo como presente e não peso.
Deve, portanto a igreja através do ministério e da convenção cuidar muito bem dos seus obreiros, pois se nós semeamos as coisas espirituais para a igreja, seria muito que da igreja recolhamos as carnais?
Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite? Porventura tem Deus cuidado dos bois? (1 co9.9.11,7,9, b).
v.9. Que me retribuírem, todas as ofertas pacíficas (oblações), todos os sacrifícios expiatórios pelo pecado, todas as ofertas pela culpa, pelas quais me fazem restituição, serão santíssimas para ti e para os teus filhos.
Conforme (Lv. 7.12) as ofertas de ação de graças tinham de ser bolos sem fermento amassados com azeite, coscorões (beijus) asmos sem fermento untados com azeite, feitos de flor de farinha e fritos (vv.11,12). O sacrifício de ação de graças entra no gênero do sacrifício de comunhão, com banquete. Sua finalidade era dar graças a Deus e outros eram convidados.
Conforme, encontra-se escrito em (Lv.9.24), a primeira chama acesa sobre o altar do holocausto veio da parte de Deus, e nenhum fogo aceso pelo homem era permitido no altar de jeová, e este era o motivo do sacerdote conservar a chama sempre acesa que veio a existir pelas mãos de Deus. (Lv.6.8-13).
A lição a ser extraída desse texto para nós hoje é esta:
As bênçãos de Deus devem ser repartidas e o fogo do Espirito Santo nunca deve ser apagado de nossas vidas, pois foi Deus quem o acendeu. Glorias a Deus!
v.10. Em lugar santo as comereis. Todo varão poderá comê-las, pois isto será para ti uma coisa santa.
Conforme (Lv.6.24-27), a carne da oferta pelo pecado era considerada santíssima (vv.25-29).
Essa carne do sacrifício pela expiação do pecado, representava Cristo, que tomou sobre si nossa natureza humana pecaminosa e fez expiação pelos nossos pecados.
Tudo que tocasse a carne da oferta pelo pecado era considerado santo.
Todo aquele que tocar em Cristo será purificado de sua imundícia, como a mulher do fluxo de sangue.
v.11.De igual modo, concedo a ti, e a teus filhos e filhas, por decreto perpétuo, as contribuições que lhes cabe de todas as ofertas dos filhos e de Israel e que devem ser ritualmente movidas. Todas as pessoas da tua família que estiverem cerimonialmente puras poderão comê-las.
Arão e seus filhos, juntamente com todas as pessoas da sua família, somente poderiam comer das ofertas consagradas a Deus se estivessem cerimonialmente puros. Em (Lv.22.2,3) diz:
Dize a Arão e a seus filhos que se consagrem pelas santas oferendas dos Israelitas, para que não profanem meu santo nome, que deve ser santificado por minha causa. Eu sou Jeová. Dize-lhes ainda: Todo homem de vossa descendência, em qualquer geração, que se aproximar em estado de impureza será eliminado da minha presença.
Assim ficou claro que para Arão, sua família e os membros da tribo de Levi, consumir as ofertas que haviam sido consagradas ao Senhor, deveriam estar em estado de pureza.
Hoje não é diferente.
Para o obreiro ministrar a palavra de Deus e a oração pelo povo precisa primeiro estar em estado de santidade.
Que Deus tenha grande misericórdia de todos nós, pastores e obreiros:
Como iremos ministrar ao povo santo de Deus as coisas santas, se estamos em pecado?
v.12 Todo o melhor do azeite, todo o melhor do vinho novo e do trigo, estas primícias que oferecem a Jeová, inclusive os primeiros frutos dou-as a ti, a teus filhos e as tuas filhas, como estatuto perpétuo. Tudo o que estiver puro na tua casa, poderá dele comer.
O melhor do azeite e o melhor do vinho novo, o melhor do trigo, como os melhores produtos do fruto da terra.
Deveriam ser dados como alimentos para o sumo – sacerdote Arão e sua família.
Sobre o assunto a respeito do ministério e sacerdócio cristão, confere por gentileza (1 Co. 9.3-9) que diz:
Esta é minha defesa diante daqueles que me julgam. Não temos nós o direito de comer e beber? Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente, como fazem os demais apóstolos, os irmãos do Senhor e Pedro? Ou será que só eu e barnabé somos os únicos que devemos ter um trabalho secular para nos sustentar? Quem serve um exército a sua própria custa? Quem cultiva uma vinha e não se alimenta do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não pode beber do leite que é produzido? Porventura, isso que vos digo é apenas um mero ponto de vista humano? Ora-a própria lei não afirma claramente o mesmo? Pois está escrito na Lei de Moisés: Não amordace o boi enquanto ele estiver debulhando cereal. Por acaso é com bois que Deus está preocupado?
Está escrito em (1 Tm.5.17,18):
Os Presbíteros que administram bem as igrejas são dignas de redobrados honorários, principalmente os que se dedicam ao ministério da pregação e do ensino.
Porquanto, afirma a Escritura:
Não amordaces a boda do boi quando estiver debulhando o cereal, e ainda digno é o trabalhador de seu salário.
Paulo aqui e em 1 Coríntios está citando (Dt.25.4) e no NT (Lc.10.7) para reforçar sua tese sobre a importância de a igreja assumir o completo sustento dos pastores e ministros que dedicam tempo integral à obra.
v.13. Todos os primeiros produtos do seu país que trazem a Jeová, te pertencerão; todo aquele que estiver puro, na tua casa, poderá comer dele.
v.14. Toda coisa consagrada em Israel será tua.
A Bíblia Sagrada nos apresenta pelo menos 20 coisas que foram separadas por Deus, dentre os filhos de Israel para pertencer exclusivamente aos sacerdotes e aos levitas.
Essas coisas foram prometidas aos Levitas por que eles não tinham herança em Israel e não podiam dedicar à agricultura e a criação de gado.
Conforme (Lv.2.10), o que sobrava da oferta de manjares oferecidas ao Senhor, pertencia a Arão e a seus filhos; era uma coisa santíssima.
O termo santo não se encontra no livro de gênesis.
Contudo nos demais livros do pentateuco é empregado 179 vezes.
Referindo-se a pessoas e objetos separados e consagrados para uso exclusivo do Senhor.
Existia duas categorias:
Santo e santíssimo.
v.15. Tudo o que abrir a madre, de toda a carne que trouxerem ao senhor, tanto de homens como de animais, será teu; porém os primogênitos dos homens resgatarás; também os primogênitos dos personagens imundos resgatarás.
Segundo (Lv.27.28,29), nenhuma coisa consagrada que alguém consagrasse ao Senhor de tudo o que possuísse, seja de homem ou de animal, ou de campo da sua possessão poderia ser vendida nem resgatada; toda coisa consagrada seria uma coisa santíssima ao Senhor.
Toda coisa consagrada que for consagrada de homem será resgatada; certamente morrerá.
A lei de Moisés apresenta dez coisas santíssimas: 1. O lugar santíssimo (Ex.26.33,34); 2. O altar de bronze (Ex.29.37; 40.10); 3. O altar de ouro (Ex.30.10); 4. O tabernáculo com toda sua mobília, todos os seus vasos e vasilhas (Ex.30.29; Nm.4.4,19); 5. O perfume suave ou incenso (Ex.30.36); 6. Todas as ofertas de alimento, parte das quais era queimada pelo fogo (. Lv.2.3,10; 6.17; Nm.18.9). 7. As ofertas pelo pecado (Lv.6.17; 7. 1,6; 14.13; Nm.18.9). 8. As ofertas pela culpa (Lv.6.17; 7.1,6; 14.13; Nm.18.9); 9. Os pães da proposição (santíssimo das ofertas santas, 24.9); 10. Todas as coisas dedicadas (Lv.27.28).
v.16.Os que, pois, deles se houverem de resgatar resgatarás, da idade de um mês, segundo a avaliação, por cinco siclos de dinheiro, segundo o siclos do santuário, que é de vinte geras.
Cinco siclos foi o preço avaliado pela redenção das crianças primogênitas (V.16).
v.17.Mas os primogênitos de vaca, ou primogênito de ovelhas, ou primogênito de cabra não resgatarás; santos são; o seu sangue espargirás sobre o altar, e a sua gordura queimarás em oferta queimada de cheiro suave ao Senhor.
Os primogênitos dos animais limpos pertenciam aos sacerdotes e levitas e não era resgatável (V.17).
Os primogênitos dos animais imundos, porém, poderiam ser resgatados com um animal limpo (Ex.13.1).
Todos os primogênitos de Israel pertenciam ao Senhor Jeová, apontando profeticamente para Jesus, o primogênito de Maria (Lc.2.7).
Foi levado ao templo e apresentado ao Senhor em cumprimento dessa lei (Lc.2.22,23).
v.18. E a carne deles será tua, assim como será teu o peito do movimento e o ombro direito.
v.19. Tudo aquilo que for separado dentre todas as dádivas sagradas que os Israelitas apresentarem ao Senhor eu dou a você e a seus filhos e filhas como decreto perpétuo perante o Senhor, e uma aliança de sal perpétua perante o Senhor, para você e para seus descendentes.
A aliança de sal permanente ou perpétua, era uma ordenança para ser observada pelos sacerdotes. A expressão: “Aliança de Sal” conforme (Lv.2.13) é uma referência, acerca da presença do sal que deveria acompanhar a oferta de cereais.
O sal, nas ofertas de cereais recebeu o nome de aliança de sal.
O sal não poderia ser excluído das ofertas de cereal apresentada a Deus.
O Sal era símbolo da incorrupção ou melhor da preservação.
Tudo quanto desejasse que fosse preservado utilizava-se o sal.
Quando Jesus disse acerca dos discípulos:
Vós sois o sal da terra (Mt.5.13) estava querendo dizer que assim como o sacrifício apresentado a Deus deveria ser temperado com sal, da mesma forma a palavra do cristão deveria ser dirigida ao próximo como resposta da nossa fé como, algo temperado, sempre agradável, com sabedoria, aos ouvidos dos outros, digna de ser mantida em suas memórias.
No AT, o sal era empregado como sinal de alianças.
Partilhar o sal era sinal de pacto, de amizade, de confiança.
Jesus em (Mr.9.43-50), falando sobre os escândalos no seu reino provocado por algumas atitudes humanas, fala sobre a realidade do inferno onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
Conclui dizendo que no inferno cada um dos escandalosos serão salgados com fogo, uma metáfora para explicar que o fogo do inferno não consome, mas como o sal preserva, assim como cada sacrifício era preservado com sal.
No inferno, a consciência de tudo aquilo que fizeram as mãos, os pés e os olhos dos escandalosos, nunca irá se apagar, mas assim como sal preserva, o fogo do inferno irá preservar para sempre a consciência culpada dos pecadores.
Se aqui a carne e os cereais são conservadas com sal para não se deteriorar, no inferno a consciência culpada dos pecadores será preservada com fogo.
A expressão: “Onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga”.
De acordo (Mc.9.46), na Bíblia sagrada a palavra bicho é sempre usada para designar o ser humano.
Em (Jó.25.6) diz:
E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho! (Sal. 22.6) ainda diz:
Mas, eu sou verme e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
Por três vezes em (Mc.9.41,46,48), Jesus usou a expressão:
Onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
Essa expressão “bicho” está relacionada com o remorso da consciência culpada de cada pecador como resultado de não ter feito o que era necessário para escapar do inferno, bem como a de não ter se arrependido dos pecados cometidos, através das suas mãos, pés e olhos.
A Bíblia adverte sobre a pureza das mãos (Sl.15); o caminho trilhado pelos pés dos pecadores (Sl.1) e ainda sobre a concupiscência dos olhos (1 Jo.2.15-17).
Aqui nesta vida são oferecidas a todos os seres humanos apenas duas opções de estado de espírito:
Ou somos agraciados por uma boa e pura consciência que em nós produz paz, tranquilidade e bom sono ou caso contrário, somos atormentados por uma consciência culpada, que produz pesadelos, culpas insônias e perturbações.
Essa será a parte viva, indestrutível do ser humano que sofrerá tormentos eternos no lago de fogo.
O reino de Deus foi primeiramente anunciado para os Judeus (Mt.4.17,19,24).
Eles, porém, o rejeitaram.
O inferno será um lugar de lembranças passadas (Lc.16.27,28); o inferno será um lugar de tormentos (Lc.16.28) principalmente para a consciência culpada a qual será salgada (preservada) com fogo.
O inferno será um lugar de trevas exteriores, de pranto e ranger de dentes (Mt.8.12; 13.42).
No livro de (Jó. 10.21,22) encontramos sete coisas ditas a respeito do inferno; 1. Um lugar sem volta (v.21); 2. Terra da escuridão; 3. Terra da sombra da morte; 4. Terra escuríssima; 5. A própria escuridão; 6. Terra sem ordem alguma (o inferno é o lugar de desordem); 7. O lugar onde a luz é a própria escuridão, (trevas físicas, moral e espiritual).
O inferno é um lugar de trevas exteriores, onde a luz não existe.
Ali os perdidos passarão toda a eternidade sem poder enxergar uns aos outros (Ex.10,23).
As almas dos pecadores clamarão por luz (consciência pura e inculpável) e desejarão ver as obras do criador, mas a própria existência deixará de existir.
Somente haverá lembranças mortas, lembranças daquilo que aconteceu no passado aqui na terra, mas agora não passa de um filme morto sem vida que jamais será apagado da consciência morta dos perdidos.
O inferno é um lugar de prisões.
Existe 5 diferentes prisões no mundo inferior dos espíritos.
Por se tratar de outro assunto falarei apenas de uma ou seja:
O Tártaro (1 Pe 3.19) diz:
O qual (Jesus entre a morte e a ressurreição) foi e pregou aos espíritos em prisão.
O inferno é o lugar dos espíritos aprisionados.
No inferno os pecadores não terão liberdade para fazerem o que querem como aqui na terra.
Lá estarão aprisionados.
Aqui se refere ao espírito humano ou a alma racional, como o rico no inferno encontrava-se em pleno exercício de suas faculdades mental, como lembrança e consciência.
No inferno existe cadeias especificas para determinadas classes de anjos caídos denominadas:
“AS CADEIAS DA ESCURIDÃO”
Essas cadeias foram reservadas para aprisionar determinadas classes de anjos caídos que seguiram Satanás em sua rebelião contra Deus, até o dia do juízo final quando serão conduzidos até o trono branco para receberem sua sentença final no lago de fogo por toda a eternidade.
A palavra escuridão do grego (dzophos) quer dizer nuvem.
Sua tradução literal quer dizer:
Cadeias de nuvens ou névoa envolvente.
Essas prisões escuras são como campos magnéticos ou buracos negros sem fim de onde não se pode escapar.
A pena (sentença) do inferno será o fogo eterno.
Esses anjos que não guardaram o seu principado (suas posições de autoridade) mas deixaram sua própria morada, estão reservados em cadeias eternas aguardando o julgamento do grande dia.
Os anjos conforme (Dt.32.8), possuíam “hierarquia” para governar reinos e sua morada era um dos céus.
Por terem transgredido contra Deus em sua missão pela qual foram designados, deixando seu posto de autoridade, estão agora presos, aguardando julgamento e sentença (como um marginal cujo delito já ficou provado, mas tem que ser legitimamente julgado, sentenciado e condenado).
A imagem da sentença e condenação desses anjos que permanecem aprisionados em cadeias eternas aguardando julgamento e sentença foi profetizada pelo profeta (Is.24.21-23) que diz:
Naquele dia (do juízo final) o Senhor julgará os exércitos (os anjos) do céu no céu, os reis (governantes) da terra na terra. Vão-se agrupando e ficam encerrados, presos na masmorra (cadeias de escuridão), depois de muitos dias comparecerão em juízo (Juízo final). A cândida (a lua) se enrubescerá, o ardente (o sol) se envergonhará, quando o Senhor dos exércitos reinar no monte Sião, em Jerusalém, glorioso diante do seu senado (anciãos), haverá gloria. (Bíblia de Jerusalém.)
O dia do juízo final será a celebração de um grande julgamento.
Os réus serão os seres celestes (anjos caídos), e os reis terrenos. No Salmo 82, Deus através de Asafe faz uma advetencia contra a corrupção dos juízes e governantes de Israel.
Neste Salmo as autoridades são chamadas de “deuses”, porque exercem uma função que, por natureza pertence unicamente a Deus; ou seja, promover a justiça.
E esta justiça consiste em proteger e defender os indefesos, libertando os pobres e fracos, que são a maioria do povo, diante de quem os exploram e oprimem.
Os juízes e governantes aqui estão sendo censurados por Deus em razão de estarem pervertendo a justiça e usando o poder para legitimar e promover a injustiça.
Nos versículos (6,7), Deus lembra a esses poderosos que apesar de eles exercerem a função de juízes que pertencem exclusivamente a Deus (Tg.4.12), contudo eles são homens que participam da mesma condição de todo ser humano.
Mesmo exercendo a função de juízes e governantes, também devem estar submetidos a vontade de Deus e não acima ou contra ela.
Deus é implacável contra aqueles que pervertem sua justiça. Os vv (6,7) dizem:
Eu declaro: Embora vocês sejam deuses (juízes) e todos filhos do altíssimo vocês morrerão como qualquer homem. Vocês príncipes cairão como qualquer outro.
Na verdade, esses governantes e juízes exerciam essa função diante do povo por nomeação do próprio Deus.
Ele levanta governantes quer o conheçam ou não para cumprir seus propósitos e demonstrar sua gloria.
Acerca de Faraó diz:
De fato, se eu já tivesse estendido a mão para ferir você e seu povo com peste, você teria desaparecido da terra. Entretanto, foi exatamente para isto que eu o conservei de pé, para lhe mostrar a minha força e para que minha fama se espalhe por toda a terra. (Ex.9.15,16).
Através do profeta Jeremias Deus enviou o seguinte recado para os povos:
Eu criei a terra, os homens e todos os animais sobre a face da terra, com minha grande força e braço estendido, e os dou a quem eu quero. Pois bem! Entrego todos esses territórios nas mãos do meu servo Nabucodonosor, rei da babilônia. Eu colocarei até as feras a serviço dele. Todas as nações ficarão submetidas a ele, a seu filho e a seu neto, até que chegue para seu país a hora de se tornar escravo de numerosas nações e reis poderosos. Se uma nação e seu rei não se submeterem a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e não puserem o pescoço sob o jugo do rei da Babilônia, eu castigarei essa nação com espada, fome e peste, até entrega-la em suas mãos. Palavra de Jeová. (Jr.27.5-8).
Confere ainda: (Dn.2.21; 4.17,32; 5.18; Jo.19.11; Rm.13.1).
Portanto diante da grande soberania de Deus de instituir e destituir autoridades seja no campo eclesiástico, civil e militar como ele bem quer, não devemos nos unir com os ímpios para falar mal das autoridades.
Devemos sim, orar pelas autoridades conforme nos ordena a palavra de Deus.
Na verdade, cada povo tem o governo que merece e cada igreja tem o pastor que Deus achou por bem colocá-lo ali.
Deus usa os governantes e as autoridades para disciplinar o povo.
Não existe autoridade que não provém de Deus (Rm.13.1).
Contudo todos serão julgados:
Homens e anjos.
Gostaria de fazer mais algumas observações no que concerne o v. 1 do Salmo 82.
Deus preside a assembleia divina; no meio dos deuses ele é o Juiz (NVI).
A Bíblia do Peregrino diz:
Deus se levanta no conselho divino, em meio aos deuses ele julga.
Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses. (ARC).
A palavra ELOHIN no hebraico é um substantivo masculino que significa Deus, deuses, juízes, anjos.
Normalmente designa o único Deus vivo e verdadeiro. Conforme (Ex.22.9) pode referir-se a juízes, ou anjos (Sl.97.7).
Por essa razão os demônios se apropriaram desse título e através de seus ídolos apresentam-se às nações pagãs como deuses (2 Sm.7.7 = Dagom) ou Baal (1 Rs.18.24).
Voltando a falar da prisão dos anjos caídos, nenhum dos seres humanos perdidos podem ir para essa prisão.
Pois esses anjos caídos de tão poderosos que são não podem ficarem soltos.
A palavra inferno em (2 Pe. 2.4) é uma tradução da palavra grega tártaros e de acordo v.4 é uma prisão para anjos; localizado debaixo da terra. v.4.
Uma prisão para anjos até o juízo final (v.4; Ap.20.11-15; Jd.6).
Um local visitado por Cristo quando ele foi ao inferno (1 Pe.3.19).
Uma regra básica da hermenêutica e da exegese bíblica é nunca interpretar um texto isolado do seu contexto.
(1 Pe. 3.19), fala da descida de Cristo ao inferno (tartarus) entre sua morte e ressurreição.
Ali no inferno não propriamente na prisão dos anjos foi e pregou aos espíritos humanos (e não a anjos), em prisão, os quais em outro tempo (no tempo de Noé), foram rebeldes, desobedientes a Deus, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé (esperava logicamente que eles se arrependessem), enquanto Noé preparava a arca na qual poucas (isto é, oito) pessoas se salvaram pela água.
Uma coisa fica clara:
Ao descer no inferno entre sua morte e ressurreição e pregar para os espíritos em prisão não se refere a salvação pois eles foram desobedientes nos dias de Noé e não se arrependeram para alcançar a salvação.
O texto também não diz que eles foram libertos ou removidos do inferno.
Neste caso teríamos que pregar salvação após a morte contrariando (Hb.9.27).
v. 20. E falou o Senhor Jeová a Arão dizendo: Tu não herdarás as suas terras e nem terás porção alguma junto com eles. Eu serei a tua porção e a tua herança entre os filhos de Israel.
A Tribo de Levi foi separada por Deus, como já disse anteriormente para exercer a função sacerdotal e abençoar o povo tipo perfeito de cada cristão chamado por Deus para ser sacerdote de Cristo com a função específica de abençoar e não amaldiçoar o povo (Rm.12.14).
Em relação aos ministros à semelhança de Arão os quais foram separados dentre o povo para servir no altar, o Senhor Deus o todo poderoso apresenta-se como a sua herança dentre os filhos de Israel, como se depreende do texto de (Dt.10.8,9), o qual diz:
No mesmo tempo, o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca do concerto do Senhor, para servir e para abençoar em seu nome até ao dia de hoje. Pelo que Levi, com seus irmãos, não tem parte na herança; o Senhor é a sua herança, como o Senhor, teu Deus, lhe tem dito.
Em relação àqueles hoje no tempo da dispensação da graça que foram separados para exercerem a função ministerial, Paulo deixa claro dizendo que:
Ninguém que milita se embaraça com negócios destra vida, a fim de agradar àquele (Cristo através do pastor) que o alistou para a guerra. E se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. (2 Tm.2.4,5).
Por incrível que pareça o obreiro foi chamado para o ministério, para exercer a função de soldado de Cristo, alistado em seu exército para combater o bom combate do evangelho, anunciar as boas novas de salvação, arrancando os pecadores das mãos de satanás, transportando-os do reino das trevas para o reino da luz.
Ser obreiro é ser soldado de Cristo alistado para a guerra espiritual.
Estão totalmente equivocados, acerca do real sentido do ministério, aqueles que abraçam essa carreira com o objetivo de encher o bolso de dinheiro e ficarem ricos.
Pelo contrário: Sentencia a Bíblia:
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruina. (1 Tm.6.9).
Assim como Arão e a tribo de Levi, deveriam depender inteiramente de Deus para exercerem o ofício ministerial e serem sustentados por Deus, hoje também não é diferente em relação àqueles que foram chamados e separados dentre o povo para exercerem o ofício ministerial em tempo integral.
Hoje na dispensação da graça o obreiro foi chamado para sofrer.
Paulo escrevendo a Timóteo disse:
Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. (2 Tm.2.3); E o servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor. (V.24).
Quando Deus disse para Arão: Eu serei a tua herança e tua porção entre os filhos de Israel Deus estava se referindo aos dízimos.
E o que iremos ver a partir de agora.
7. – O DIZIMO COMO HERANÇA E PORÇÃO DO SENHOR. (Nm.18.21-32).
v.21. E eis que. Eu (o Senhor Jeová) reservo para os levitas em Israel todos os dízimos, em lugar da herança, recompensa pelos serviços que eles prestam ao tabernáculo de reunião. Outra tradução diz: Eu dou como herança aos levitas todos os dízimos em pagamento do serviço que me prestam, o serviço da tenda do encontro. A (NVI) diz: Dou aos Levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na tenda do encontro. Ainda outra tradução diz: Aos filhos de Levi dou como herança todos os dízimos recolhidos em Israel, para pagar os serviços que me prestam na tenda da reunião.
A grande verdade é uma somente:
Deus não aceita nada que o homem venha a oferecer para ele que não lhe custe nada.
Por incrível que pareça, Deus dá para o homem tudo de graça, mas não aceita do homem nada de graça.
Em (2 Sm.24.18- 24 NVI), está escrito:
Naquele mesmo dia Gade foi dizer a Davi: Vá e edifique um altar ao Senhor na eira de Araúna, o Jebuseu. Davi foi para lá, em obediência à ordem que Gade tinha dado em nome do Senhor. Quando Araúna viu o rei e seus soldados vindo ao encontro dele, saiu e prostrou-se perante rei, rosto em terra, e disse: Por que o meu Senhor e rei veio a teu servo? Respondeu Davi: Para comprar sua eira e edificar nela um altar ao Senhor, para que cesse a praga no meio do povo. Araúna disse a Davi: O meu Senhor e rei pode ficar com o que deseja e oferece-lo em sacrifício. Aqui estão os bois para o holocausto, e o debulhador e o jugo dos bois para a lenha. O rei, eu dou tudo isso a ti. E acrescentou: Que o Senhor teu Deus aceite a tua oferta. Mas o rei respondeu a Araúna: Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor meu Deus, holocaustos que não me custem nada, e comprou a eira e os bois por cinquenta peças de prata. Davi edificou ali um altar ao Senhor e ofereceu holocaustos e sacrifícios de comunhão. Então o Senhor aceitou as súplicas em favor da terra e terminou a praga que destruía Israel.
Hoje na nova aliança os cristãos a nação sacerdotal, oferecem a Deus, através de seus corpos um serviço de sacrifício vivo, santo e agradável, através de um culto racional. (Rm.12.2).
Esse serviço prestado a Deus, em forma de culto, de adoração, de louvor, de orações, vigílias, evangelização, contribuições, renúncia do mundo e do pecado, ainda, carregar a sua cruz por amor a Jesus, ganhar almas, enfim, tantas outras coisas mais que fazemos em prol do reino de Deus, através de nosso corpo, nada de tudo quanto fazermos, Deus recebe de graça. Está escrito:
Deus não é injusto para esquecer o trabalho de vocês e o amor que vocês demonstraram pelo nome dele, já que vocês prestaram serviço aos santos e ainda estão servindo. (Hb.6.10).
Jesus um dia foi interrogado por Pedro com a seguinte pergunta:
Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.
Jesus respondeu:
Eu garanto a vocês:
Quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos (bens materiais), junto com perseguições (em outras palavras: deixando tudo para me servir e ainda recebendo como recompensa dos homens, injustiças, maldades, perseguições, invejas, calúnias, difamações, maus tratos, abandono, desprezo etc.), por causa de mim e do evangelho.
Vai granjear cem vezes mais nesta vida em casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos e pôr fim a vida eterna (Mr.10.28-30).
Você já imaginou, o quanto sua vida melhorou em todos os aspectos, física, material e espiritual desde que você começou a seguir a Jesus? Servir a Jesus quer dizer:
Trabalhar com Jesus, e Ele não fica devendo nada para ninguém.
Um dia eu estava orando e reclamando para Jesus minhas necessidades.
Ouvi como resposta:
Sou eu quem pago o seu salário.
Quando temos consciência de que estamos trabalhando integralmente no reino de Cristo em obediência a seu chamado, fazemos todas as coisas com alegria, e não esperamos nenhuma recompensa dos homens.
Caso contrário, trabalhamos, tristes, de má vontade, murmurando, fazendo corpo mole, esperando apenas receber o salário no fim do mês.
Transformamos, nossa vocação, nosso chamado, nossa separação para o ofício ministerial, num verdadeiro cabide de emprego e passamos a tratar a igreja de Cristo como empresa, nos apossamos dela e nos transformamos em chefes, patrões ruins, onde nosso serviço no reino de Cristo, passa a ter apenas um objetivo:
Servir ao próprio ventre (Rm.16.18).
Por essa e muitas outras razões ímpias recebem o título:
De cães cegos, cães mudos, cães que nada sabem, cães que não podem latir (ou seja: não intimidam mais ninguém com seus latidos), cães adormecidos, cães gulosos, cães que não podem fartar (de dinheiro, injustiça, avareza, mundanismo, bajulação, luxo, mordomias), cães pastores que nada compreendem, cães que se preocupam somente com seus próprios caminhos (negócios), cães que se preocupam apenas com a sua própria ganancia e apenas com os prazeres dessa vida. (Confere Is.56.10-12).
Os Apóstolos São Judas e São Pedro, acrescentam a essa lista nefanda as características, ou seja, o retrato do caráter desses falsos obreiros dizendo:
Houve entre o povo falsos profetas (no passado) como haverá entre vós falsos doutores (presente). (2 Pe. 2.1). E muitos seguirão as suas dissoluções pelos quais será blasfemado o caminho da verdade (v.2); especialmente os que vão após outra natureza em imundas paixões abomináveis e desprezam o senhorio da potestade; atrevidos e orgulhosos, que não temem quando blasfemam contra as dignidades superiores (v.10). “...Estes estão corrompidos e cheios de manchas, quando se deleitam convosco”. (v.13);. Estes são fontes sem Água, nuvens impulsionadas pela força do temporal, para os quais está reservada eternamente a densa escuridão das trevas (v.17).
Fica aqui uma advertência para mim e para você:
Não vamos jogar pedras em ninguém.
Vamos olhar por nós mesmos (Lc.17.3); olhar e não ficar assustados porque é necessário que tudo isso aconteça (Mt.24.6).
No nosso caso como obreiros chamados por Deus para servir ao seu rebanho temos duas direções para olhar:
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (At.20.28).
Concernente ao trabalho que estamos realizando na Seara do Senhor Jesus a ordem e esta:
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (1 Co. 15.58).
Veja essa expressão:
“No Senhor”.
A grande questão não está relacionada ao trabalho que você está fazendo e sim se estás fazendo para o Senhor ou para o homem.
Na Seara do mestre quando trabalhamos para o homem esperamos recompensas, aplausos, bajulações, presentes, reconhecimentos, pompas, exaltações, e tantos outros encômios.
Se fazemos para o Senhor recebemos do homem muitas vezes desprezo, calúnia, inveja, ciúme, difamação, rejeição, descaso, falta de reconhecimento, enfim sofrimento etc., contudo, somente podemos servir ao Senhor através do nosso serviço prestado ao homem (ao rebanho de Deus e àqueles a quem Deus constituiu como autoridade sobre o seu rebanho).
Nesse aspecto a ordem e esta:
Vós servos, obedecei em tudo a vosso senhor, segundo a carne, não servindo só na aparência (na frente é aquele bajulador, e por trás não é nada daquilo).
O verdadeiro servo, não mostra submissão, respeito, fidelidade, consideração, obediência, somente na aparência, mas muito mais na ausência.
Como Alguém um dia me disse:
Pastor viana eu vou te dizer que sou seu amigo pelas costas, descobri posteriormente, exatamente o contrário:
A palavra ator no grego quer dizer hipócrita.
Afastei-me dele. Como disse Paulo:
Devemos servir não apenas como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração temendo a Deus. E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens. Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque é Cristo, o Senhor que servis. (Cl.3.22-24).
Meus irmãos amados e companheiros de ministério, vamos servir ao Senhor com alegria, através das autoridades que ele constituiu sobre a nossa vida, não apenas os bons e humanos, mas também aos maus (1 Pd.3.18).
Sujeitai-vos, pois a toda ordenação humana por amor do Senhor (Jesus Cristo) quer ao rei, quer ao superior (v.13).
Amados, vamos pedir para o Senhor nos dar graça a fim de fazermos todas as coisas sem murmurações nem contendas, a fim de que:
Sejamos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceremos como luzeiros no mundo. (Fl.2.14.15).
v.22. Os filhos de Israel não mais se aproximarão do tabernáculo de reunião para que não leve sobre si o pecado e morram.
Meus queridos irmãos, hoje na dispensação da graça, o púlpito da igreja, continua sendo um lugar sagrado e ali deve ser ocupado apenas por aqueles a quem Deus escolheu.
Nesses quase trinta e cinco anos de obreiro, trabalhando integralmente na Seara do Mestre, presenciei algumas tragédias na vida de Alguns bons Cristãos que vieram posteriormente a naufragarem na fé por terem se envolvido nas coisas sagradas do santo ministério para as quais não foram chamados, vocacionados e separados pelo dono da igreja o Senhor Jesus Cristo.
O Senhor Jesus Cristo pronunciou uma palavra que nos leva a olhar para nós mesmos e a nos conduzir com santo temor na sua santa Seara bem como no seu santo ministério:
Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. (Mt.15.13).
Em (1 Co.3.9), Paulo, o grande Apóstolo e o maior Doutor da Igreja na história do Cristianismo, fala de si mesmo bem como dos demais obreiros dizendo:
Porque nós somos cooperadores de Deus; vós (a igreja) sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Portanto nós obreiros do Senhor que fomos escolhidos para servir no altar, devemos ter todo o cuidado, pois estamos ministrando as coisas santas do Senhor.
v.23. Os Levitas serão os encarregados do serviço do tabernáculo da reunião e levarão sobre si o seu pecado. Este será um estatuto perpétuo por vossas gerações, pois no meio dos filhos de Israel eles não terão qualquer herança.
Conforme já foi dito acima (v.20), Deus determinou que a tribo de Levi não herdaria parte das terras de Israel, nem qualquer outra porção teriam, senão somente teriam Deus como herança e todos os dízimos dos filhos de Israel, seriam dados a eles, como recompensa do serviço prestado.
Quando Deus chamou a Abraão para andar com ele no passado e fazer a sua vontade disse-lhe:
Abrão. Eu sou o teu escudo (proteção); o teu grandíssimo galardão (recompensa). (Gn.15.5).
Uma coisa é certa, o obreiro chamado por Deus para trabalhar em tempo integral na sua obra, será protegido por Deus e assalariado por ele pelo trabalho que está realizando.
De acordo o (v.21), conforme já foi visto o dizimo Deus deu como salário para os obreiros.
Hoje na dispensação da graça usa-se o dizimo para construir igrejas e administrar as demais despesas da obra de Deus.
Não vejo nenhum mal nisto, pois a única renda da Igreja, são os dízimos e as ofertas alçadas do povo de Deus, contudo o dizimo deve ser usado em primeiro lugar para sustentar os obreiros, já que eles não possuem outra fonte de arrecadação para o seu sustento e o da sua família.
v.24. Porque os dízimos que os filhos de Israel consagram como ofertas alçadas ao Senhor Jeová, eu os dei como herança aos levitas, em substituição da herança, porquanto eu lhes disse: Entre os filhos de Israel não terão outra herança.
Deste modo fica esclarecido pelo texto sagrado, que a única herança que os levitas possuíam em Israel eram os dízimos que os filhos de Israel, traziam como ofertas alçadas para Deus.
Neste caso, como muitos erradamente interpretam, quem paga o salário dos obreiros não é apenas o pastor presidente, mas Deus através do pastor que foi escolhido como mordomo fiel para dar o devido sustento a seu tempo na sua casa (a igreja).
O Senhor Jesus falou algo muito sério no que diz respeito a relação entre patrão e empregado e aplica-se no reino de Deus ao pastor presidente e seus obreiros.
Lembrando que na seara do mestre todos são servos, pois o único patrão (Senhor) do reino, nosso Senhor Jesus Cristo fez servo de todos.
A esse respeito está escrito em (Mt.24.45-51).
Quem é o servo fiel e prudente, encarregado pelo dono da casa (Jesus, o dono da igreja) de repartir em suas horas a comida para os empregados? (Os obreiros integrados são servos do servo o pastor presidente do dono da casa = ao (Senhor Jesus Cristo). Feliz o servo (O pastor presidente) a quem o dono (o Senhor Jesus Cristo) da casa (a igreja), ao chegar, encontrar o servo (o administrador da casa, neste caso aqui como já disse acima refere-se ao pastor presidente), ao chegar, encontrar o servo servindo dessa maneira. Eu (O Senhor Jesus Cristo) vos asseguro que vos encarregará de todos os seus bens. Ao contrário, se um servo mau, pensando que o dono da casa tardará, começar a espancar os companheiros, a comer e a beber com os bêbados (conforme o pastor Polini, os bêbados no santo ministério de Cristo, são aqueles que a semelhança de Noé ficam embriagados como o fruto da vinha simbolizando o dinheiro, as riquezas, a fama, luxo, vaidade, ostentação e toda sorte de injustiça social praticada contra os servos trabalhadores da vinha). Acrescento: se o servo maioral (o pastor presidente), do dono da casa ou no contexto desse comentário, o dono da vinha (O Senhor Jesus Cristo), tira o seu sustento da igreja fruto da vinha, porque ele fica espancando os seus servos (obreiros), tirando o sustento (diminuindo o salário e oprimindo seus obreiros?). A esse respeito Paulo escreveu fazendo duas perguntas|: Quem planta uma vinha e não come seus frutos? Quem cuida de um rebanho e não se alimenta do seu leite? (1 Co.9.7). Continuando o texto Jesus disse: O Senhor (Jesus Cristo), desse empregado (pastor presidente, ou o primeiro responsável pela administração da sua casa, a Igreja, que neste caso aplica-se também ao pastor ou obreiro auxiliar os quais estão administrando uma congregação) virá num dia em que ele não conhece. Então o Senhor o cortará em pedaços e o fará participar da mesma sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Essa tradução que aqui foi utilizada é da Bíblia católica edição paulina.
A nota de rodapé da Bíblia do peregrino, também de edição católica faz o interessante comentário desse texto:
“O objetivo que a parábola visa é a vigilância na incerteza, mas de passagem revela aos homens sua condição de servos e administradores, responsáveis perante o patrão”.
O servo fiel, merece a qualificação de prudente e sensato.
O critério de julgamento será a conduta com os outros servos ou companheiros de serviço.
O castigo esclarece a gravidade da culpa e suas consequências; hipócritas são os malvados que fugiram da bondade.
Confere por gentileza (Mt.13.42,50).
O texto deixa claro que o lugar dos servos maus será no lago de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós.
Vamos administrar a vinha do Senhor e servir os servos de Deus, principalmente os trabalhadores da seara do Mestre que trabalham na vinha com justiça e fidelidade.
8. O DIZIMO COMO HERANÇA DIVINA.
v.25. E falou o Senhor Jeová a Moisés dizendo:
O que iremos estudar daqui para frente, conforme o texto sagrado são mandamentos não de Moisés, mas do Senhor Jeová aos filhos de Israel.
Esses mesmos mandamentos hoje se aplicam a igreja, pois Paulo escreveu em (Rm.15.4) que tudo quanto foi escrito outrora (no AT), para nosso ensino foi escrito.
Portanto aceitemos com humidade a palavra de Deus sem levantar questionamentos.
v.26. Também falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que tu deles vos tenho dado em vossa herança, deles (dos dízimos) oferecereis, uma oferta alçada ao Senhor o dizimo dos dízimos. A (NVI), traduz esse versículo da seguinte forma: Diga o seguinte: aos Levitas quando receberem dos Israelitas o dizimo que lhes dou como herança, vocês deverão apresentar um décimo daquele dizimo como contribuição pertencente ao Senhor. A edição católica da Bíblia de Jerusalém diz; falarás aos Levitas e lhes dirás: Quando tiverdes dos israelitas o dizimo que vos dou como herança da parte deles, separareis a parte de Iahweh, o dizimo dos dízimos.
Graças a Deus que a nossa convenção catarinense sempre foi administrada por ministros justos e fieis escolhidos por Deus através do exercício dos votos dos obreiros reunidos em plenário nas convenções ordinárias e administram com fidelidade as porcentagens das entradas dos dízimos das igrejas membros, espalhadas por todo o estado de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná.
Além do dízimo dos obreiros e demais ministros integrados que são repassados mensalmente a essa magna convenção.
O dizimo dos obreiros são investidos num fundo de pensão ou previdência privada com o objetivo de os mesmos receberem uma aposentadoria no anoitecer de suas vidas, quando não puderem mais exercerem suas funções ministeriais.
Parabéns, a nossa nobre convenção por administrarem o dinheiro dos nobres obreiros com tamanha lisura e fidelidade.
Deixo aqui registrado para todos quantos irão serem direcionados por Deus a lerem este livro:
Em nome do Pai, do Filho e do glorioso Espirito Santo desejo a todos os administradores do dinheiro santo dos obreiros do Senhor, que o dono da Seara venha retribuir em cem vezes mais em recompensas sobre tudo quanto os Senhores tem feito com o dinheiro sagrado dos ministros do Senhor e a forma que os Senhores têm administrado, bem como a forma que os senhores têm repassado as viúvas, aos obreiros enfermos e aos jubilados que gastaram suas vidas na Seara do Mestre.
Invoco a Deus, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, o justo juiz de toda a terra que julgue com equidade e justiça a vossa nobre e justa administração, do dinheiro sagrado do povo de Deus que foi repassado às vossas mãos e confiado a vós como fiéis mordomos desse bem sagrado, a quem os senhores prestarão conta de cada centavo, no dia da prestação de contas, quando o justo juiz, se dirigirá a cada um dos senhores individualmente e dirá:
Daí conta da vossa mordomia.
v.27. Essa parte tomará o lugar daquilo que é separado, a ser tomado de vós, como se fosse trigo tomado da eira e o vinho novo tomado do lagar (B.J). A Bíblia de “di Nelson” diz: Essa oferta alçada (o dizimo dos dízimos) será considerada em vosso favor como grão da eira (primeiros grãos) e como plenitude do lagar (primeiro vinho).
Em conformidade com (Pv.3.9,10), uma das formas de honrarmos a Deus (e não ao homem) é exatamente dedicar a ele parte da nossa produção, incluindo as primícias de toda nossa renda.
Os ministros de Deus, recebem dízimos e ofertas do povo de Deus para seu sustento e da sua família, pois o Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo já deixou esclarecido que o objetivo da carreira ministerial em primeiro lugar é satisfazer àquele (Jesus Cristo) que o arregimentou para a guerra, pois nenhum soldado militante se embaraça com os negócios desta vida. (2 Tm.2.4).
Os obreiros que são sustentados pelos dízimos da igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade na terra (1 Tm.3.15), devem honrar a Deus com seus dízimos que são depositados na convenção, para sustentar no fim da carreira os obreiros jubilados com suas famílias, os quais gastaram de bom grado suas vidas na causa do Mestre. É o que iremos comprovar com mais clareza no v. 28.
v.28. Assim, vós (os levitas), oferecereis ao Senhor Jeová, uma oferta alçada de todos os vossos dízimos (o dizimo dos dízimos), (aquela porcentagem das igrejas membros que são enviadas mensalmente para convenção, além dos dízimos dos obreiros integrados), que receberdes dos filhos de Israel (hoje da igreja), e as dareis aos sacerdotes Arão. O correto de acordo a Bíblia é o pastor presidente, receber da igreja que preside um salário equivalente a 10% (dez por cento) de toda entrada equivalente de dízimos do seu campo eclesiástico, com era dedicado a Arão o sumo sacerdote.
Está escrito no livro de Êxodo, 29 (vinte e nove), que Deus determinou 4 (quatro) ordenanças sobre a consagração das ofertas na separação dos sacerdotes (Ex.29.1-3). vv. 4-18, encontramos as ordenanças pela purificação de Arão e seus filhos, os modelos das vestes que deveriam serem usadas para ministrarem e serem aceitos pelo Senhor. vv.5-9; as 7 (sete) ofertas que deveriam ser oferecidas a Deus pelo pecado. vv.10-14.
Em seguida encontramos 6 (seis) ordenanças que deveriam ser oferecidas ao Senhor como oferta pacífica. vv.15-18.
Em seguida encontramos 6 (seis) ordenanças sobre a oferta pela consagração. vv.19-21, incluindo orelhas, mãos e pés.v.20, significando que as orelhas deveriam serem consagradas a Deus e purificadas com o sangue do animal do sacrifício, para ouvir a voz de Deus. Arão e seus filhos ouviam a voz de Deus, através do sangue da vítima substitua. Ouvimos a voz de Deus, através do sacrifício de Cristo no calvário.
Assim era em relação as mãos para realizar a obra do santuário, e em relação aos pés para ministrarem na presença de Deus.
Hoje não é diferente:
Somente podemos ouvir a voz de Deus, realizar a sua obra e andar com ele, através do sacrifício e do sangue de Jesus.
Finalmente nos vv.2.28.
Vamos encontrar oito ordenanças
Sobre as ofertas do movimento. V.24, diz que todas essas ofertas deveriam serem colocadas nas mãos de Arão e seus filhos. v.26, o peito, o melhor do carneiro deveria ser dado para Arão, pois esta era sua porção. V.27 diz que esta oferta era para uso exclusivo seu e de seus filhos. V.28, diz que este era um estatuo perpétuo da parte de Deus para Arão e seus filhos a fim de ser observado pelos filhos de Israel.
Goste, você ou não, estou apenas falando a palavra de Deus, como Ele me ordenou a falar.
O melhor da renda e da agricultura, bem como da pecuária da nação de Israel era dedicada para o sustento de Arão e sua casa como estatuto perpétuo ordenado por Deus a Israel.
9 O DEUS QUE DÁ O MELHOR DO MELHOR PARA SEUS OBREIROS, COMO GALARDÃO.
Aproveito humildemente essa oportunidade e inspiração com a qual Deus, está me honrando para escrever essas palavras e transcrever, aqui os vv.29-32, desse texto para você que vai ler esse livro, saber que o que aqui escrevo, não o faço de mim mesmo, mas da parte do Senhor Deus, o todo poderoso, e sou responsável por essas palavras que escrevo, perante Ele.
Porém, gostaria antes de deixar uma humilde orientação para os obreiros que estão servindo no reino de Cristo, debaixo da autoridade de um Pastor:
“Não toqueis nos meus ungidos, nem façam mal aos meus profetas”. (1 Cr.16.22).
A Bíblia de Jerusalém, traduziu a palavra “ungido”, para “consagrado”.
Um pastor amigo meu orientava a igreja dizendo:
Meus irmãos, o pastor corrige as ovelhas e Deus corrige o pastor, já partiu com o Senhor.
Em conformidade com a Bíblia o pastor não é infalível, como advogam para si os papas.
Alguns atributos da divindade, são indivisíveis, inclusive a infabilidade.
Na verdade, trata-se de algo profundamente blasfemo e satânico, atribuir a um homem mortal o atributo da infabilidade que é exclusivo da divindade.
Por exemplo, o prefixo “Oni”, aplica-se tão somente a divindade. Somente o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são onipresente, onisciente e onipotente.
A imagem do Ante Cristo, se tornará onipresente, durante seu reinado através da projeção de imagens holográficas, via satélite, mas não a sua pessoa.
Retornando a nosso assunto em pauta, o pastor não é infalível, mas é intocável. VV.29-32.
v.29.De todas as ofertas que receberdes, retirareis a parte de Jeová do melhor de todas as coisas, retirareis a parte sagrada.
Por determinação de Deus, o melhor da produção dos israelitas, como já disse deveria ser dedicado ao tabernáculo, primeiro para sustento de Arão e sua família, bem como para sustento da obra do santuário. Hoje na dispensação da graça esta ordenança não sofreu mudança.
v.30 Tu, lhes dirás: Quando houverdes separado o melhor, todas essas dádivas (doações, presentes), serão para os Levitas (hoje representam os obreiros que servem no altar em tempo integral), como se fossem produto da eira e do lagar.
v.31. Podereis comer em qualquer lugar, vós e vossa família: É O VOSSO SALÁRIO, PELO VOSSO SERVIÇO PRESTADO NA TENDA DA CONGREGAÇÃO.
Deus ordenou que a finalidade de arrecadar as contribuições de dízimos e ofertas do povo de Israel, era em primeiro lugar, para ser dedicado aos levitas que faziam a obra do santuário como salário da sua parte, pois os mesmos estavam a serviço de Deus na obra do santuário.
v.32. Não sereis culpados de pecado algum por isso, desde que separeis o melhor; não profanareis as coisas sagradas pelos israelitas, para que não morrais.
Conforme, Deus ordenou, os sacerdotes e a casa de Levi não cometeriam nenhum pecado, recebendo dízimos e ofertas do povo de Israel os quais eram utilizados como salários da parte de Deus.
Hoje o procedimento é o mesmo.
O pastor presidente, administra os dízimos do seu campo eclesiástico, pagando seus obreiros que ajudam a cuidar da vinha.
Assim como Deus levantou Arão como Sumo Sacerdote sobre a casa de Israel, hoje na dispensação da graça Deus colocou os Pastores presidentes, como anjos para administrarem sua igreja exercendo total liderança e administração sobre a mesma, bem como dos obreiros que o auxiliam na obra do ministério.
Aquele que não concorda com esse princípio de administração eclesiástica estabelecido por Deus, está possuído pelo espírito de Rebelião que havia em Coré, Datã, Abirão e Om, finalmente em Diotrefes.
Confere (Nm.16 e terceira epistola do Apóstolo João).
10 A REJEIÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL POR DEUS PARA EXERCEREM O OFÍCIO SACERDOTAL.
A nação de Israel para ser transformada num “Reino Sacerdotal”, deveria cumprir duas exigências de Deus: (Ex.19.5.):
Ouvir Diligentemente sua Voz;Guardar o Seu Concerto.Resultado: Seriam reconhecidos entre todas as nações da terra como um “Reino Sacerdotal” e “Um Povo Santo”.
Antes escolheram substituir a Deus por um bezerro de Ouro e abandonaram Deus, que os tinham resgatado da escravidão dos Egípcios (Ex.32).
A Bíblia de Estudo Palavra Chave Grego e hebraico, p.90, faz o seguinte comentário de Ex.19.5,6.
“Aqui Deus faz uma promessa condicional a Israel, de que se eles obedecessem e guardassem o seu concerto, Ele (Deus) os consideraria de uma maneira especial”.
Abro aqui um parêntese para dizer que a nomenclatura de povo especial, foi outorgada a Igreja o novo reino sacerdotal, segundo a ordem de Jesus Cristo. (Tito.2.14; Hebreus.3.1).
A Bíblia Sagrada em (1.Co 1.20), afirma que todas as promessas de Deus são verdadeiras.
O seu cumprimento em nossas vidas depende da nossa obediência aos seus mandamentos.
Confere (Dt. 28.1; 1 Sm.15.22,23).
Como disse:
A própria Nação de Israel, anulou o cumprimento das promessas de Deus em sua vida, preferindo não darem crédito à sua palavra (Sl. 106.24); permanecendo rebeldes ao Espírito de Deus (v.33); misturando-se com as demais Nações pagãs da terra, aprenderam suas obras de feitiçaria.
Aprenderam tanto com as nações pagãs, chegando ao ponto de rejeitarem o culto a Deus e aderir o culto aos ídolos das nações, chegando mesmo ao estado mais degradante e imoral de idolatria, sacrificando seus filhos e suas filhas literalmente aos demônios. (VV.32, 33, 34, 36,37).
Por essas e muitas outras obras Ímpias que praticaram contra Deus e sua palavra, perderam a bênção e a oportunidade de serem uma nação sacerdotal e Deus em seu lugar, levantou da tribo de Levi um sacerdote para oficiar diante dele a favor da nação de Israel, separando a família de Arão irmão de Moisés e Miriã, para estar diante dele.
11. A ESCOLHA DE ARÃO E SUA FAMÍLIA PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO SACERDOTAL
Com a impossibilidade da Nação de Israel assumir o posto de “Reino Sacerdotal”, Segundo a Ordem de Melquisedeque revelada a Abraão, por terrem substituído o culto a Deus por um bezerro, apesar de Arão ter tido parte neste negócio não por vontade própria, mas, pressionado pelo povo (Ex.32), Deus assim mesmo o escolheu, juntamente com sua família para exercer perante Ele a favor da nação de Israel o oficio sacerdotal.
E o que veremos a seguir em (Lv. cp.8) que diz:
v.1.Falou mais o Senhor A Moisés, dizendo:
v.2.Toma a Arão, e seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos.
v.3. E ajunta toda congregação à porta da tenda da congregação.
v.6. E Moisés fez chegar Arão e seus filhos, e os lavou com água.
v.7. E lhe vestiu a túnica, (representa a Divindade de Cristo) e cingiu-o com o cinto, (aponta para o trabalho da alma de Cristo a favor da humanidade Is. 53.11) e pôs sobre ele o manto; (vestes de zelo e justiça (Is.61.10)), também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto (Justiça de cristo Is.11.5), lavrado do éfode, e o apertou com ele.
v.8. Depois, pôs- lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim (luzes) e o Tumim (perfeição)
v.12. Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o para santifica-lo. .
O azeite da Unção, derramado sobre a cabeça de Arão simbolizava O Espírito Santo que haveria de ungir a Cristo, capacitando-o a realizar a obra de Deus entre os homens. (Lc. 4.17,18). Assim como Arão foi Ungido para ser Sumo Sacerdote, da parte de Deus, perante a nação de Israel; da mesma forma Jesus Cristo foi ungido, Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão (Hb; 3;1); para poder compadecer das nossas fraquezas e nos socorrer, quando somos tentados, a fim de que possamos alcançar misericórdia e sermos ajudados em tempo oportuno. (Hb. 3.13-14,18).
Deus, mudou a lei do sacerdócio para introduzir seu filho como sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, apresentando um único sacrifício de si mesmo, em substituição das instituições levíticas, pelo sistema do evangelho, uma vez e para sempre.
v.13 Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-lhes, e cingiu-os com o cinto e apertou-lhes as tiaras, como o Senhor ordenara a Moisés.
v.14. Então fez chegar o novilho da expiação do pecado e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado.
Arão e seus filhos, como representantes da casa de Levi, foram ungidos por Deus, para oferecer sacríficos de expiação pelos pecados da nação de Israel.
Conforme (Severino Pedro, 2002) A missão primordial do Sumo Sacerdote e de seus auxiliares, denominados “principais sacerdotes”, ou “príncipes dos sacerdotes”, e “principais do povo” (Mt.27.1; Mc.15.1; At.4.8) era “compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados” e em seguida oferecer a Deus “dons e sacrifícios pelos pecados”. Acerca de Cristo o Escritor de Hebreus escreveu:
Porque não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém um que como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb. 4.15).
Jesus Cristo, como sumo sacerdote superior aos demais sacerdotes que o precederam, foi o unigênito filho de Deus (Hb.4.14; 5.5,6; Jo.3.16); foi especial, pelo fato de não ser um descendente dos sacerdotes segundo a ordem terrena de Arão, mas sim segundo a ordem celestial de Melquisedeque.
(Hb.7.11-14; Mt.1.1); foi o único ao subir ao céu para ministrar a favos da igreja.
(H.4.14; 7.25;Rm.8.34). Foi o único que não possuía pecado.
(Hb.4.3,15); continua para sempre vivo, a fim de ajudar todos os cristãos, nos momentos de suas maiores necessidades.
(Hb.4.16; 7.25). Foi o único a não ser escolhido pelos homens, ou ordenado por eles, mas enviado diretamente do céu, e ordenado por Deus.
(Hb.5.1,5; Jo.3.16; At.10.38). Cristo foi o único sacerdote perfeito. (Hb.5.9).
Somente através da sua obra redentora efetuada na cruz do calvário, independente das nossas obras, poderemos ser aperfeiçoados, de acordo com o padrão de Deus.
Finalmente, de acordo, com (Hb.4.5,9).
Jesus Cristo é o autor da salvação eterna para aqueles que o obedecem e o único que criou um caminho de acesso a Deus, sendo ele mesmo esse caminho. (Jo.14.6; Hb.4.14-16; 10.19-23).
v.18. Depois, fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro;
O carneiro do holocausto, sobre o qual Arão e seus filhos puseram as mãos, representa a vítima inocente que levou seus pecados. Um tipo perfeito de Cristo.
v.22 Depois fez chegar o outro carneiro da consagração: e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro;
v.23 e o degolou; e Moises tomou do seu sangue e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito. O mesmo fez com seus filhos V.24.
Arão e seus filhos foram separados dentre a tribo de Levi por Deus, e foi ungido para ouvir a voz de Deus, fazer sua obra e andar na sua presença.
A inauguração do serviço sacerdotal está registrada em (Lv. 9.1-24).
Posteriormente, Coré, Datã Abirão e Om, conspirarão contra Moisés e contra o Sacerdócio de Arão. (Nm. 16).
A vara de Arão floresceu confirmando seu direito ao Sacerdócio (Nm. 17.1-10).
O texto de (Hb. 9.1-10) fala da ineficácia do sacerdócio de Arão hoje no período da graça que, segundo a Lei de Moisés, apenas purificava os pecados da carne (v.10).
Os sacrifícios de animais oferecidos a Deus, através do sacerdócio de Arão denominado sacerdócio levítico eram ineficazes, para purificar e aperfeiçoar a consciência daqueles que prestavam culto a Deus (v.9).
Pois a Lei nunca aperfeiçoou coisa alguma e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nós chegamos a Deus. (H.7.19).
Discorrendo sobre a necessidade de um novo Sacerdócio que viesse de outra tribo e não da tribo de Levi, o escritor de Hebreus escreveu em (Hb.7.11), o seguinte:
v.11. Porque, se a perfeição tivesse de ser alcançada por meio do Sacerdócio Levítico, sob o qual o povo recebeu a Lei (de Moisés), que necessidade haveria do surgimento de outro Sacerdócio, segundo a ordem de Melquisedeque, no lugar do Sacerdócio segundo a ordem de Arão?
O Sacerdócio de Arão que foi instituído segundo a Lei de Moisés que não aperfeiçoou coisa alguma (Hb. 7.19), mas apenas fez a introdução de uma melhor esperança (em Cristo mediante o evangelho da graça e não segundo os mandamentos da lei de Moisés) mediante a qual hoje no tempo da graça, nos aproximamos de Deus (pela fé Ef.2.10).
Conforme escreveu o Apóstolo São Paulo em (Rm. 8.3), o qual diz:
v.3.Porque o que era impossível para a Lei, porquanto estava enferma pela carne, Deus, enviou o seu filho na semelhança da carne do pecado, para que, pelo pecado, condenasse o pecado na carne.
Assim sendo, a abolição do mandamento sacerdotal segundo a Lei de Moisés, foi feita por causa da sua fraqueza e inutilidade (Hb.7.18), pois conforme foi dito acima, uma melhor esperança foi introduzida, abolindo o mandamento sacerdotal anterior.
A este respeito o Apóstolo Paulo escreve aos romanos (Rm. 3.19-22,28), diz:
v.19. Mas nós (os salvos em Cristo) sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da Lei (os Judeus) o diz, para que toda boca silencie e todo mundo seja culpado, sujeito ao Juízo de Deus.
V.20. Já que pelas obras da lei, nenhum homem carnal será justificado diante dele (Deus), porque por meio da Lei que veio o pleno conhecimento do pecado.
v.21. Mas agora (em Cristo) independentemente da lei, se manifestou (Cristo), a justiça de Deus, e tem o testemunho da lei e dos Profetas.
v.22. Mas tal justiça de Deus (Cristo) é sobre todos, por meio da fé em Jesus Cristo, e para todos os homens que creem, pois sabemos que não há acepção.
v.28. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei.
Conclui-se, portanto que o sacerdócio de Cristo nenhum vínculo tem com o Sacerdócio de Arão, muito menos com a lei de Moisés.
O Escritor do Livro aos Hebreus elucida esse assunto uma vez por todas em (Hb. 10.1-4) dizendo:
v.1. A Lei (de Moisés) que revela apenas uma sombra dos bens futuros e não a verdadeira imagem das coisas que são, jamais poderia aperfeiçoar aqueles que se achegam a Deus, através dos sacrifícios que continuamente são oferecidos a cada ano.
v.2. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?
v.3.Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos.
v. 4. Porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados.
Aqueles sacrifícios do AT, apenas foram constituídos como figuras que haveriam de se cumprir no tempo presente da dispensação da graça.
Quando foram oferecidos na dispensação da lei em forma de dons e sacrifícios nenhum deles, puderam aperfeiçoar a consciência daquele (o Sumo Sacerdote), que pela prática anualmente os oferecia em favor dos pecados primeiro de si mesmo, depois do povo.
Querendo o Espírito Santo dar a entender que o caminho (Jesus Jo.14.6) do Lugar Santíssimo (O Trono da graça de Deus Hb.4.15), ainda não poderia estar aberto, se o primeiro (o tabernáculo de Moises com os dons e sacrifícios do primeiro pacto levítico), o lugar santo ainda estivesse de pé.
Depois do segundo véu (que foi rompido por Cristo na cruz do calvário), abrindo-nos (a igreja), o caminho (Jesus Cristo) de acesso a Deus, estava a tenda chamada lugar santíssimo (Hb.9.3), que hoje não existe mais, pois Cristo ao oferecer um único sacrifício na cruz pelos nossos pecados, assentou-se para sempre à mão direita de Deus (Hb.10.12).
E, assim, com uma só oferta (pelo pecado), ele (Jesus Cristo) aperfeiçoou para sempre os (Cristãos) que por Ele (Jesus) são santificados.
Todo Sumo Sacerdote da antiga aliança (de Deus com Israel no Sinai), foi constituído para oferecer dons e sacrifícios (a favor da nação de Israel exclusivamente e não da Igreja que surge apenas no NT), daí, havia uma necessidade desses Sacerdotes ter algo para oferecer.
As pessoas que foram agraciadas com tal posto e título na Antiga Aliança de Deus com Israel foram:
Arão. (Ed.7.5);Abiatar. (Mc. 2.26);Joiada. (2Rs.12.9,10);Hilquias. (2 Rs.22.8);Azarias. (Duas Rs.31.10);Amarias. (2 Cr.19.11).;Eliasibe. (Ne. 3.1);Josué. (Zc. 3.1);No NT temos esses três.
Anás. (Lc. 3.2.);Caifás. (Mt.26.57);Ananias (At.23.2)Alguns quiseram incluir Jesus (Hb. 5.1).
Contudo ele não veio da Tribo de Levi e sim da tribo de Judá, acerca da qual Moisés nada disse no tocante ao Sacerdócio (Hb. 7.14).
Isto ficou ainda mais evidente (na pessoa de Jesus Cristo), quando surgiu no NT como “Outro Sacerdote”, à Semelhança de Melquisedeque (e não de Arão) (Hb. 7.15), que chegou a ser instituído segundo o poder de uma vida indestrutível e não segundo um requisito legal de linhagem carnal (Hb. 7.16) que pela morte eram impedidos de continuar (Hb. 7.23).
Mas este sacerdote (Jesus Cristo), permanece eternamente, porque possui um sacerdócio intransferível (Hb.7.25).
Porque a Lei (de Moisés) constituiu Sumos Sacerdotes (começando por Arão e encerrando em Josué no AT) a homens sujeitos a debilidades; mas a palavra do Juramento, posterior a Lei (de Moisés) constitui ao Filho Perfeito Sumo Sacerdote para sempre (Hb. 7.28).
Segundo a ordem de Melquisedeque (Hb. 7.21; Sl. 110.4).
Portanto hoje (os Cristãos, a Igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade na terra 1. Tm.3.15), ensina e paga com muita gratidão o dízimo ao Sumo Sacerdote Jesus Cristo, segundo a Ordem de Melquisedeque.
Iremos falar desse assunto com mais profundidade adiante.
Pois em Jesus Cristo temos no NT, a continuidade de uma antiga ordem Sacerdotal que já existia antes da chamada de Abrão segundo a Ordem Sacerdotal de Melquisedeque, Rei de Paz (Gn.14.18), o qual tinha como elementos do seu cerimonial: (Altar, Pão, Vinho e Dízimos), um tipo perfeito de Cristo. (Gn.14.14-18;Sl.110.4).
12 A EFICÁCIA DO SACRIFÍCIO E DO SACERDÓCIO DE CRISTO.
O (Cp.9.11-14), do livro de Hebreus, fala-nos da eficácia do sacrifício de Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados.
Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue [...] nos obteu eterna redenção.
Os sacrifícios do AT, santificava e purificava a carne dos contaminados (v.13).
O Sangue de Cristo – purificou a nossa consciência de obras mortas para servirmos a Deus. (.v.14).
A Superioridade do Sacerdócio de Cristo em relação ao Sacerdócio de Arão ficou esclarecida dentro dos seguintes critérios:
v.11.Mas já estando presente Cristo (O autor da Nova Aliança e do Novo Sacerdócio), o Sumo Sacerdote dos bens futuros (das novas coisas que foram realizadas a partir da cruz), através de um tabernáculo superior (Um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna nos céus 2 Co.5.1), e mais perfeito que não foi feito por mão humana, isto é que não pertence a esta criação.
O ponto principal do qual o escritor de Hebreus está dizendo a respeito de Cristo, é que agora, na dispensação da graça, temos um Sumo Sacerdote (Jesus Cristo), que se assentou nos céus à mão direita do trono da Majestade Divina, e que agora se tornou ministro do santuário, o verdadeiro tabernáculo, que o Senhor (Deus) o edificou, e não o homem.
(Hb. 8.1,2). Jesus Cristo, como o Sumo Sacerdote da igreja, a quem Deus fez herdeiro de todas as coisas, através do qual, fez também o mundo, sendo o esplendor da gloria de Deus, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, fez por si mesmo (pelo seu próprio sacrifício) a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade de Deus nas alturas (Hb1. 2,3).
v.12 Ele (Jesus Cristo) entrou uma única vez no santíssimo lugar, não com sangue de carneiros ou de Bezerros, mas com o seu próprio sangue, consumando, por todos nós (A igreja do Deus vivo), uma eterna redenção.
Porque Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, que na verdade era apenas figura do verdadeiro lugar santíssimo celestial, mas entrou no próprio Céu, para apresentar-se a si mesmo diante de Deus, em nosso favor (Hb. 9.24).
Ali, onde Jesus, o nosso percussor, (da igreja), entrou, abrindo-nos o caminho como nosso Sumo Sacerdote para sempre (por toda a eternidade), semelhante a ordem de Melquisedeque (Hb.6.20), não entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o Sumo Sacerdote (da antiga aliança de Deus com Moisés) entra no lugar santíssimo, a cada ano levando sangue alheio (Hb.9.25).
Cristo, porém, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à mão direita de Deus (Hb. 10.12).
E, assim, com uma só oferta (de si mesmo), ele aperfeiçoou para sempre os que são santificados (Hb. 10.14).
E, assim, como está decretado aos homens morrerem uma só vez e, depois disso, venha o juízo (Hb. 9.27).
Assim também Cristo, sem pecado, havendo-se oferecido uma única vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá pela segunda vez, para salvação daqueles que o esperam. (Hb. 9.28)
v.13. Se, de fato, o sangue de carneiros e o sangue de touros, quando aspergido, e a cinza de bezerra, limpam os impuros segundo a carne.
O sacrifício da bezerra ruiva sem defeito, que não tinha mancha, e sobre a qual não subiu jugo (Nm. 19.2), propiciava a purificação de quem estivesse ritualmente impuro ou contaminado e, portanto, impossibilitado de aproximar-se de Deus em adoração (vv.11,14,16).
Esta bezerra ruiva e sem defeito era sacrificada fora do arraial (vv.3-6).
As cinzas eram guardadas, misturada com água (vv.9,17) e aplicadas aos contaminados (vv.12,18).
Esse rito de purificação limpava a pessoa, permitindo que ela se aproximasse novamente de Deus.
v.14. Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo sem mácula a Deus, purificará a vossa consciência (dos Cristãos) das obras mortas, para que sirvais ao Deus vivo.
O efeito purificador do sangue de Cristo contrasta com a cinza de uma ovelha ruiva.
Assim como os Israelitas tinha nas cinzas um meio imediato de purificação, assim também os cristãos em Cristo têm à disposição uma fonte sanadora no seu sangue derramado na cruz, no qual, pela fé e arrependimento, pode encontrar a purificação “de todo pecado” (1 Jo.1.7).
Por meio dessa purificação, poderão aproximar-se de Deus, receber misericórdia e obter graça para ajudar a outros em tempos de necessidade (Hb. 4.16; 7.25)
13 CRISTO, O SUMO SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO.
Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens para oferecer dons como sacrifícios pelos pecados.
Assim foi o sacerdócio de Arão.
Sendo separado dentre os homens da tribo de Levi foi constituído por Deus Sumo Sacerdote para os filhos de Israel. (Hb. 5.1).
Dessa forma, Arão ao ser constituído por Deus, como Sumo Sacerdote do povo de Israel, estava qualificado a oferecer sacrifícios pelos pecados, assim do povo como de si mesmo (v.3).
Os sacerdotes da Tribo de Levi representando a velha aliança de Deus com Israel, eram feitos em grandes números, pelo fato de serem impedidos pela morte de continuar servindo perante Deus (Hb. 7.23).
A Lei constituía Sumos Sacerdotes a homens sujeitos a fraquezas, mas a palavra do juramento, que foi posterior a Lei, constituiu Jesus Cristo o filho de Deus Sumo Sacerdote perfeito para sempre. (Hb. 7.28).
Conforme está escrito em (Hb. 7.19), a Lei de Moisés nunca aperfeiçoou coisa alguma.
Paulo escreve em (Rm. 10. 4), afirma, que o fim da Lei de Moisés, promulgada no monte Sinai na Arábia, é Cristo para justiça de todo aquele que crer.
Em (Jo. 1.17), o próprio João afirma que a lei foi dada por Moisés e a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
Paulo escrevendo aos (Gl 6.10) diz que todos quantos, pois, são das obras da lei, estão debaixo de maldição.
Paulo conclui este assunto dizendo:
Separados estais de Cristo, vós que procurais justificar-vos na Lei, da graça tende caído. (Gl. 5.4).
14. OS DOIS TESTAMENTOS.
Conforme os léxicos do Latim (testamentarius = testamentário, relativo ao testamento), indica a pessoa a quem se cometem os encargos de uma testamentária, para que cumpra as disposições de um testamento.
Em regra, o testamenteiro é nomeado pelo testador, no próprio testamento.
Testador indica-se a pessoa que dispõe de seus bens por testamento, a fim de que seja cumprida a sua vontade depois de sua morte.
Nesse aspecto, Cristo como mediador de um Novo Testamento; que por meio de sua morte, trouxe remissão (perdão) das transgressões (violação da Lei Mosaica), cometidas sob o primeiro Testamento (A lei de Moisés) e todos quantos foram chamados (posteriormente à lei de Moisés ou que seja, no tempo da graça) recebam a realização da promessa eterna. (Hb. 9.15).
Aqueles que se arrogam dizendo-se cumprir o AT, anulando ou desfazendo do NT inclusive no que diz respeito a prática do dizimo instituído sobre a Ordem Sacerdotal de Melquisedeque que teve seu cumprimento final em Jesus Cristo, seu Ante – Tipo perfeito e mediador de uma Nova Aliança firmada com a Igreja não com sangue de carneiros ou bezerros, mas com seu próprio sangue, são verdadeiros Ante- Cristos (1 Jo.2.18,19).
Em se tratando daqueles que negam a prática do dízimo no NT, alegando sem conhecimento bíblico que o mesmo não se encontra no NT, negam as Escrituras do AT, que segundo Paulo foi escrita para nosso ensino (Rm. 15.4; 2Tm.3.16), negam da mesma forma sua inspiração proveniente do Espírito Santo e dessa forma se transformam em heréticos, ensinando o que não convém, distorcendo as Escrituras para sua própria perdição (2 Pe. 3.16), tornaram-se dessa forma Ante – Deus negando à sua Santa Palavra e ainda Ante – Espirito Santo, negando a inspiração da Palavra de Deus.
A respeito dos dois sacerdócios no A e N, Testamentos, o escritor de Hebreus, (9.15-20), DIZ:
v.15.Por isso, Ele (Jesus Cristo) é o Mediador de um Novo Testamento; para que, por meio de sua morte, houvesse remissão (perdão) das transgressões cometidas sob o primeiro Testamento (Mosaico), e todos quanto foram chamados (no tempo do NT), recebam a realização da promessa por herança eterna.
A herança dos Santos na Luz (Cl.1.12), está condicionada a morte do testamenteiro (Jesus Cristo), na cruz do calvário que expiou o pecado e era necessária como único meio de salvação da humanidade (Jo.1.29).
Pois o Poder da Morte de Cristo e sua ressurreição foram os meios eficazes estabelecidos por Deus, para que o Novo Testamento da Graça fosse aberto, o que seria impossível sem a morte de Cristo.
v. 16.Porque se há um Testamento, o mesmo deverá ser comprovado com a morte do seu Testador.
v.17. Porque Tal Testamento somente entrará em vigor depois da morte, e não terá efeito enquanto viver o Testador.
Jesus Cristo teria que morrer antes, a fim de que o Novo Testamento no seu sangue pudesse ter validade.
Significa que este Testamento não terá nenhuma validade, até que este indivíduo morra.
A morte de Jesus Cristo na cruz do calvário foi um assunto de legalidade, pois validou a eficácia do Novo Testamento no seu sangue para remissão (perdão) dos nossos (da igreja) pecados.
v.18. Pelo que também nem sequer a primeira aliança (do Sinai), foi sancionada (aprovada) sem sangue.
A Aliança de Deus com Israel foi selada com sangue (Ex.24.6).
Metade do sangue Moisés colocou em tigelas e a outra metade derramou sobre o altar, apontando para a cruz de Cristo, onde seu sangue seria derramado para remissão dos pecados da humanidade.
O sangue no altar simbolizava o perdão de Deus pela culpa do povo.
O sangue na bacia representava o compromisso do povo para com Deus em cumprir os preceitos da Aliança. (Confere os vv.3,7,8).
v.19.Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo os mandamentos segundo a Lei, tomou o sangue dos bezerros e bodes, com agua, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro, quanto também todo o povo.
No AT, o capítulo 14 do livro de levítico trata da purificação do leproso.
Símbolo na dispensação da graça do pecado, a lepra espiritual.
A redação dos versículos (4-6) do texto diz:
v.4. Então, o sacerdote, ordenará que sejam trazidos em favor daquele que vai ser purificado: dois pássaros vivos e puros, madeira de cedro, fios de linho tintos em carmesim e hissopo.
v.5. E o sacerdote degolará uma das aves em favor daquele que será purificado, em uma vasilha de argila sobre as águas correntes. V.6. Depois tomará a ave viva, juntamente com a madeira de cedro, os fios de lã tanto de carmesim e hissopo, e os submergirá com a ave viva no sangue da ave morta nas águas correntes (“agua viva”).
O Apóstolo João escreveu em sua primeira carta (1 Jo.5.8), que três são os que testificam na terra:
“O Espirito, a Agua e o Sangue, e esses três concordam apenas num”.
Na Lei de Moisés, o leproso se apresentava ao sacerdote, fora do acampamento da nação de Israel, simbolizando que o cristão em pecado, não pode permanecer nesse estado na congregação dos justos (Sl.1.6), pois a lepra (hoje o pecado), afasta o cristão da comunhão com o povo de Deus e com o próprio Deus (Is.59.1,2).
Por essa razão Deus estabeleceu, como elementos da purificação:
Um pássaro expiatório e um emissário.
Hoje a expiação dos nossos pecados a lepra que corrói a nossa alma, deve ser efetuada, através do sangue de Cristo, derramado no calvário.
O trabalho sacerdotal de Cristo a nosso favor, foi realizado na cruz.
Por isso a ave viva era emergida no sangue da ave morta nas águas correntes, simbolizando morte, ressurreição e regeneração através da água (palavra) e finalmente a obra completa da redenção ou seja:
O Batismo com o Espírito Santo, já que os três concordam apenas em um ou seja:
A obra completa (Espirito, Alma e Corpo) da nossa redenção.
v.20.dizendo: Este é o sangue do NT que Deus vos tem mandado.
A respeito desse assunto escreveu Moisés, em (Ex.24.4-8) no qual diz:
v.4.E Moisés escreveu todas as palavras, e levantou-se pela manhã, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;
v. 5.e enviou certos jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor sacrifícios de bezerros.
v.6. E Moisés tomou a metade do sangue e apôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar.
v.7. Tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos e obedeceremos.
v.8. Então, tomou Moisés aquele sangue, e espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco sobre todas as palavras.
Esse sangue do concerto, apontava para o sangue da nova aliança, derramado por Jesus Cristo, na cruz do calvário (Mt.26.28).
v.21. E semelhantemente espargiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério.
A palavra “ministério”, do grego “leitorgia”, foi traduzida para culto.
A respeito do ministério, ou seja, culto rendido a Cristo, o escritor de hebreus no capítulo (8.1-6), diz:
v.1. Ora, a suma (grego= Kephalaion = ponto principal) do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade.
V.2. Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
A palavra ministro do grego “leitourgos”, aponta para um servidor ou oficial público (Rm.13.6).
Cristo é o servidor público, o qual é o responsável de todos os assuntos relacionados à humanidade, em relação à Deus como por exemplo:
O cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1.29).
A palavra santuário do grego “haigion”, referindo-se ao santo dos santos do templo ou tabernáculo celestial.
Confere por gentileza: (Hb.9.3,8; 10.19).
A palavra santuário é usada dez vezes no livro de hebreus (aqui no v.2; 9.2,3,8,12,24,25; 10.19; 13.11).
v.3.Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa para oferecer.
A palavra “constituir”, do grego = kathitesemi, que de acordo (Tt.1.5), vem do verbo “deixar”, e diz respeito a ser literalmente, confiado à uma função a ser exercida na obra, instituído diretamente por Deus.
A função sublime de Arão instituída por Deus na administração do tabernáculo era dupla:
1º) – oferecer ofertas a Deus, as quais estavam divididas em 2 (dois) tipos:1. Dons a Deus, reconhecendo sua soberania, sua providencia, seu domínio e governo sobre todo o universo; 2. Sacrifícios com derramamento de sangue, reconhecendo a universalidade do pecado e a necessidade de sua expiação.
No que diz respeito a necessidade dos sacerdotes oferecessem a Deus, ofertas de sacrifícios, quando Cristo veio para estabelecer o novo pacto com os homens, os sacrifícios e ofertas pelo pecado, as quais se ofereciam segundo a Lei de Moisés, perderam totalmente sua validade e Deus exigiu que aquele culto oferecido a Deus no tabernáculo do AT, fosse removido e em seu lugar fosse estabelecido um novo culto para santificar o novo reino sacerdotal segundo a ordem de Cristo, que se trata da igreja(1 Pe. 2.5,9; Ap.1.6).
Esse novo tipo de sacrifício, agora deveria ser feito pela oblação (sacrifício) do corpo de Jesus Cristo, feito apenas uma vez (Hb.10.10).
Concernente à constituição do sumo sacerdote para oferecer dons e sacrifícios a Deus, no santuário, conforme (Ex.25.9), Moisés foi ordenado por Deus, a fazer o tabernáculo com seus móveis, conforme o modelo que Deus haveria de mostrar, indicando que Deus era o supremo arquiteto.
Ainda hoje acontece o mesmo:
Nas minhas experiências pessoais, construindo igrejas por vários lugares que passei, nesses 33 anos de ministério, sempre recebi orientações de Deus nesse particular, a respeito do modelo de como deveria construir as igrejas.
Contudo, hoje na dispensação da graça, a função do obreiro, mais do que construir templos de madeiras e alvenaria, constitui-se em edificar a igreja, através do ensino da palavra e do exercício da oração, a qual a igreja, agora no tempo da graça, assumiu o lugar do verdadeiro tabernáculo do Deus vivo na terra.
Além do mais, na condição de chamados, fomos ainda, encarregados, com a missão sublime de aperfeiçoar santos para a obra do ministério cristão. (Ef.4.11)
A palavra de Deus em (1 Co. 10.31) diz:
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para gloria de Deus.
Voltando a falar a respeito de fazer tudo na obra de Deus, primeiro para glorificar o seu santo nome, bem como o modelo que ele determina, quando o pastor é humilde, e em tudo busca a direção e a vontade de Deus, para tudo quanto deva fazer em sua obra, incluindo o modelo da construção de um templo, Deus o orienta acerca disso, como fez com Moises na construção do tabernáculo e seus móveis, indicando inclusive o material, que deveria ser usado, na fabricação de cada peça do tabernáculo.
v. 4 Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que este tivesse alguma coisa a oferecer.
Quando Cristo veio a terra realizar seu ministério terreno, o fez debaixo das ordenanças da lei.
Cristo não veio para abolir a lei de Moisés, mas para cumpri-la.
E capacitar os que creem e confiam nele, o qual foi enviado para satisfazer todas as exigências da lei, as quais nenhum homem jamais conseguiu, nem mesmo Moisés. Jesus Cristo, foi o único que cumpriu a lei, tanto pela sua morte sacrificial, através das exigências da lei, para remissão do pecado, realizada em benefício daqueles que creem e aceitam seu sacrifício vicário pela fé. (Mt. 5.17-20).
Durante seu ministério terreno, o sacrifício no templo, ainda era feito, em conformidade com a velha aliança Mosaica, pelos levitas.
Nesse aspecto, não era possível, que Cristo, realizasse, portanto, a obra de um sacerdote, sendo ele da tribo de Judá, a qual Moisés nunca falou de sacerdócio (Hb.7.14).
Conforme os vv.4,5 de Hebreus capítulo 8, os levitas que serviam na antiga aliança, sobre a ordem sacerdotal de Arão, o serviram apenas a nação de Israel e não a um novo povo.
v.5. Os quais (os levitas) servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo, que no monte, te foi mostrado.
Conforme já comentei acima, aqui temos uma citação de (Ex.25.9). A palavra “modelo”, em grego = “tupos” que de acordo (Fl.3.17), aplica-se hoje na dispensação da graça, a Cristo, o modelo de vida imitado pelos Apóstolos e que deve ser imitado por todos nós ministros de Cristo.
Na antiga aliança, o tabernáculo terreno deveria ser construído em tudo, conforme o modelo celestial.
Como já disse acima, hoje eu e você somos o tabernáculo da nova aliança e nosso modelo é Cristo.
v.6. Mas, agora (na nova aliança), alcançou ele (Cristo), ministério mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.
Conforme já foi dito acima, a palavra “ministério” = do grego = “leitourgia” traduzido como ministério aqui no v. 6; 9.21 e Lc.1.23, foi traduzida ainda em (2.Co. 9.12; Fl.2.17-20), como serviço.
Culto na nova aliança traduz-se por serviço prestado a Deus a favor de seu povo, e não turismo prestado a Deus a favor do seu próprio bem-estar e da sua família.
Culto na nova aliança, é serviço com sacrifício corporal vivo, santo e agradável a Deus com raciocínio, não com oba, oba e emocionalismo, produzido pela alma.
Ministério na nova aliança, não é cabide de emprego, para família de pastor e sim serviço prestado a Deus.
O ministério de Cristo desenvolvido através dos Apóstolos e da igreja, até os dias atuais, seu corpo sacerdotal, é um ministério muito mais excelente do que o ministério levita sacerdotal de Arão no AT, por se tratar de uma melhor aliança, feita com maiores promessas. (V.6).
A respeito dessas maiores promessas está escrito em (Hb.7.22).
De tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador.
A palavra “fiador” = do grego = “eggus” = dar certeza ou afiançar, significa que Cristo veio para garantir, ou como garantia da parte de Deus, a todos os seres humanos que aceitam a obra do calvário, o privilégio de desfrutar de graça de todos os benefícios da nova aliança, como:
Salvação pela graça, batismo com o Espírito Santo, perdão de todos os pecados e entrada franca no reino celestial, dentre muitos outros maiores benefícios.
A palavra “melhor”, = do grego “mesites” em (Ef.3.20), aponta para algo melhor no interior de cada Cristão aqui na terra, do que a lei de Moisés apresentava para o povo de israel.
E em (Fl.3.20), em algo melhor em sua plenitude (espirito, alma e corpo), para o cristão no céu, incluindo a moradia.
Pergunto:
Vale a pena ser um sacerdote segundo a ordem sacerdotal de Cristo e ser um dizimista no seu reino espiritual, a igreja?
Espero que você tenha compreendido até aqui, que hoje na nova aliança, não estamos servindo debaixo do Sacerdócio de Melquisedeque, de Arão, e sim de Jesus Cristo.
Assim sendo, é a ele que estamos dizimando para expansão do seu reino na terra na dispensação da graça.
v.22.E, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
Conforme (Nm.31.23) cerimonialmente falando, algumas coisas segundo a lei, eram purificadas com água e fogo, ainda de acordo (Nm.19.2-10), algumas com a cinza de uma novilha ruiva.
Porém quando se diz respeito a consagração, todas, primeiro eram consagradas com sangue.
Por isso que no v.22, se usa a expressão: “quase”.
15.AS DEZ MAIORES PROMESSAS DO SACERDÓCIO DE CRISTO PARA A IGREJA, SEU ATUAL REINO SACERDOTAL NA TERRA.
1º) – MELHOR ESPERANÇA.
(Hb.7.19). Pois, a lei nenhuma coisa aperfeiçoou, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
Está escrito em (Hb.6.16-20):
Que Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do vosso trabalho da caridade, que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes e ainda servis aos santos.
Pergunto:
Você realiza a obra de Deus em meio a igreja de Cristo, seu atual reino sacerdotal, no qual você é um dos sacerdotes da nova aliança, contribuindo com seus dízimos, suas ofertas, suas orações intercessoras, próprias do ofício sacerdotal, oferecendo vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus no altar da oração, do jejum, dentre tantas outras obras que você realiza no reino, apenas com uma visão terrena, ou também com uma visão celestial?
O escritor de Hebreus diz, que ainda, estejamos prestando um serviço ao nosso semelhante, na verdade é a Cristo que estamos servindo.
Quanto você contribui no reino, em primeiro lugar é a Cristo que você está contribuindo.
Vejamos, portanto, o que afirma o
v.16. Porque Deus, não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de caridade que, para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes e ainda servis aos santos.
A palavra “servis” = do grego “bebaioses” trás, o sentido de cooperar no evangelho sempre com alegria e gratidão em toda e qualquer circunstância seja ele favorável ou adversa.
Pois esse aspecto, Paulo escreve,
Que a nós a igreja, nos foi concedido em relação a Cristo, não somente crer nele, com também padecer por ele. (Fl.1.29).
A respeito do nosso sofrimento pela causa do evangelho, Pedro escreveu que devemos também ser imitadores de Cristo no sofrimento.
Porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos padecendo injustamente. Porque que gloria será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Por que para isso sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo para que sigamos suas pisadas, o qual não cometeu pecado, nem em sua boca se achou engano, o qual, quando o injuriavam, não injuriava, e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava àquele que julga justamente. (1 Pd.1.19-23).
O próprio Jesus deixou registrado em sua palavra, que quem serve a Deus deve servi-lo primeiro para agradá-lo e em segundo lugar, serem aceitos pelos homens (Rm.14.18).
Nenhum líder vai querer a seu lado, um cooperador, obreiro malcriado, respondão, insubmisso e infiel que não esteja disposto a sofrer pela causa e pelo nome de Cristo, muito menos um obreiro infiel.
Uma das recomendações que Paulo deu a Timóteo foi esta:
Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. (2 Tm.2.3).
O que tem de obreiros fanfarrões por aí, que não querem sofrer nada, por causa da igreja, do evangelho e do nome de Cristo.
Estão sempre prontos a pregarem aquelas mensagens chatas, sem unção, sem oração, somente para emocionar o povo.
Chegam no culto na hora de dar início, não oram, não dão exemplo para o povo, são verdadeiros maus exemplos dos fieis.
Paulo escrevendo esse texto, mencionou a palavra sofrimento por causa do evangelho por três vezes:
Pelo que sofro trabalhos e prisões como malfeitor; mas a palavra de Deus, não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com Glória eterna. Se sofrermos, também com ele viveremos. (Vv.9,10,12).
Continuando com o texto de,
Hebreus 6.11.Mas desejamos que cada um de vós mostre, o mesmo cuidado até o fim, para completa certeza da esperança.
O maior objetivo da vida cristã consiste em permanecer firme na completa certeza, na esperança da vida eterna.
Somente assim, herdaremos finalmente todas as bênçãos da promessa. V.12.
Para que não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas.
Dois requisitos indispensáveis, são necessários para herdarmos as promessas; “fé e paciência”.
A respeito do exercício da paciência para alcançarmos a salvação Jesus disse:
Na vossa paciência possui, possuí a vossa alma (Lc.21.19).
2º) - MELHOR CONCERTO. (Hb.7.22):
De tanto, melhor concerto Jesus foi feito fiador.
Comparada com a antiga aliança da Lei de Moisés a aliança de Cristo, é inigualável, pois até Cristo vir, nenhuma aliança ficou acordada, entre Deus e os homens, através do derramamento de sangue de um homem.
A respeito da superioridade da aliança de Cristo, com os homens, o escritor de Hebreus escreve:
Mas, agora (na dispensação da graça), alcançou Ele (Jesus) ministério, tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado nas melhores promessas. (Hb.8.6).
Devemos, portanto, glorificar a Deus com todo nosso coração e toda nossa gratidão, pelo fato de servimos a Deus, debaixo de um “Melhor concerto e melhores promessas”.
Somos tão privilegiados, que o escritor do livro de Hebreus discorrendo sobre os privilégios dos santos do AT & NT, escreve:
E todos estes (os santos do AT) tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa.
Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. (Hb.11.39.40).
3º) – MELHOR ALIANÇA. (Hb.8.6).
A ancestral aliança entre Deus e os Judeus, em si mesma era falha.
Confere por gentileza (Jr.31.31-34).
O v.31 diz:
Eis que vem dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
Israel como nação, rejeitou a nova aliança no sangue de Cristo.
A igreja fundada por Cristo constituída de todos os povos, raças, tribos e nações, são o povo das nova e melhor aliança.
A esse respeito, escreve ainda o escritor de Hebreus:
Porque repreendendo-os (os Judeus), lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto. Não segundo o concerto (do Sinai) que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei (Hb.8.8,9). ]
O Apóstolo São Paulo, escrevendo sobre a excelência do ministério da nova aliança diz:
Vós (os Cristãos) sóis a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, (não de Moisés) produzida pelo nosso ministério, (da graça e não da lei), escrita não com tinta, Mas pelo Espírito do Deus vivente, não com tábuas de pedra, mas com tábuas de carne, isto é, nos corações. E é por meio de Cristo (não de Moisés ou da Lei), que temos tal confiança em Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros der uma nova aliança. (2 Co.3.2,3,4,6ª).
Portanto o que Paulo escreve juntamente com o escritor de Hebreus, apenas confirmam o quer já havia sido profetizado pelo profeta Jeremias, (Jr.31.31-34).
4º) – MELHORES PROMESSAS (Hb.8.6).
A respeito de Deus ter reservado para Igreja, ou seja, ao povo da nova aliança melhores promessas, está escrito que Cristo ofereceu a si mesmo como sacrifício a Deus a favor da igreja (Hb.9.15); foi ressuscitado (Rm.8.11); foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória. (1 Tm.3.16).
Escritor de (Hb.9.15).
Continua dizendo que para ser o mediador de uma nova aliança, Cristo através de sua morte, redimiu os pecadores e deu aos homens a herança eterna.
Aqui não diz:
“Herança da vida eterna”, pois diz respeito da herança não apenas da vida, mas de todas as coisas existentes no universo.
A esse respeito Paulo escreve sua carta aos coríntios:
Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo, de Deus. (1 Co.3.21-23).
Finalmente o escritor de hebreus, deixa bem claro que a obra de Cristo a favor do povo da nova aliança é perfeita e eterna (Hb.7.25).
5º) – MELHORES SACRIFÍCIOS. (Hb.9.23).
Conforme está escrito em (Hb.8.18-23), as peças do tabernáculo terreno do AT, eram cerimonialmente purificadas pelo sangue de animais.
Conforme o v.23, as coisas celestiais são purificadas pelo sangue de Cristo.
O capítulo (9.26) diz que Cristo através do sacrifício de si mesmo, na consumação dos séculos, manifestou-se uma única vez para aniquilar (destruir) o pecado.
A palavra grega para pecado usada aqui é “harmatia” = errar o alvo.
Esta palavra foi usada aqui em conexão com os sacrifícios pelo pecado, indicando que Cristo veio para acabar com os sacrifícios do sistema mosaico através da oferta viva do seu próprio corpo, sacrificado em oferenda a Deus no altar da cruz, com o objetivo de nos purificar de todo pecado.
A história registra que depois que Cristo morreu, os sacrifícios segundo a lei foram abolidos.
6º) – MELHOR E PERMANENTE POSSESSÃO. (HB.10.34).
O grande e avultado galardão; as melhores possessões preparadas para o povo de Deus, estão guardadas nos céus e não aqui na terra.
Confere (Rm.8.17,18).
7º) – MELHOR PÁTRIA (Hb.11.16).
O v. 35, fala também de uma melhor ressureição.
Na verdade, tudo no céu é incomparavelmente melhor do que aqui na terra.
Se não vigiarmos, satanás o mestre das ilusões, e seus demônios nos iludem com as coisas ilusórias e passageiras desse mundo corrompido.
A respeito desse mundo o Apóstolo Paulo escreveu:
E, os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa. (1 Co.10.31).
8º) – MELHOR RESSURREIÇÃO. (Hb.11.35)
9º) – COISA MELHOR a respeito da igreja. (Hb.11.40).
O melhor vinho Jesus deixou para o final da festa, indicando o melhor para a igreja.
– Finalmente teremos as MELHORES COISAS. (Hb.11.40).Vale a pena ser fiel e sofrer por amor a Cristo e ao evangelho nesse tempo presente, pois as aflições desse tempo presente não são para serem comparadas com a gloria que há de ser revelada sobre a igreja. (Rm.8.18).
16 O SACEDOCIO DE ARÃO DA TRIBO DE LEVI, O SACERDÓCIO DE MALQUISEDEQUE E O SACERDÓCIO DE CRISTO DA TRIBO DE JUDÁ.
Discorrendo sobre os sacrifícios do AT oferecidos a Deus para fazer expiação dos pecados do povo de Israel, o escritor de hebreus (7.11), escreveu o seguinte:
“Se”, portanto, a perfeição houvesse sido mediante o sacerdócio levítico (pois baseado nele, o povo recebeu a Lei de Moisés), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?
Somente, para ficar melhor esclarecido, em nosso estudo, a superioridade de Cristo em relação ao sacerdócio de Arão, era que este era imperfeito e o de Cristo perfeito, sendo que a perfeição em todas as coisas somente veio através de Cristo (Hb.7.11,19; 10.14).
Outro aspecto a ser observado é que o sacerdócio de Cristo é superior e o de Arão inferior.
Um é terreno; o outro é celestial. (Hb.6.20; 7.1-21).
Em relação a Lei de Moisés que nada aperfeiçoou, Cristo pertence a um sacerdócio de uma Lei perfeita, ou seja, a da graça. (Hb.7.16).
O sacerdócio de Arão era passageiro, o de Cristo eterno. (Hb.7.16,17,21).
Arão era ministro de um tabernáculo que era apenas a cópia do verdadeiro tabernáculo celestial.
Cisto é ministro do verdadeiro templo celestial (Hb.8.1; 9.11).
Cristo é ministro da minha vida e da sua, portanto somos o tabernáculo, feito por mãos não humanas dessa criação.
A obra de Cristo está dentro de cada cristão e não apenas dentro de uma tenda feita por mãos humanas.
Através do sacerdócio de Jesus Cristo a igreja tem uma melhor esperança, fundamentadas numa melhor aliança, aperfeiçoada em melhores promessas. (Hb.7.18,19,22; 8.6).
17 CRISTO COMO SUMO SACERDOTE VEIO SUBSTITUIR O SACEDÓCIO DE ARÃO NA DISPENSAÇÃO DA GRAÇA.
Agora no tempo da graça, Cristo, foi o Sumo Sacerdote levantado por Deus, para interceder pela igreja, vindo da Tribo de Judá, a qual Moisés nunca atribuiu Sacerdócio.
A este respeito o escritor de hebreus (7.13-17) diz:
Porque aquele (Cristo) de quem é dita estas coisas se diz pertencer a outra Tribo (Cristo não era da Tribo de Levi, da qual os sacerdotes levíticos tinham que proceder). Cristo era da tribo de Judá, da qual ninguém prestou serviço no altar. Pois é evidente que nosso Senhor procedeu da Tribo de Judá, tribo a qual Moisés nunca atribuiu sacerdote (v.14).
Deus dá testemunho de Cristo no Salmo (110.4), dizendo: Tu (Cristo) és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. Ver (Hb. 7,17). A Ordem Sacerdotal de Cristo foi Ordenada por Deus Segundo MELQUISEDEQUE QUE VEIO 430 ANOS ANTES DA LEI SER PROMULGADA POR MOISÉS NO MONTE SINAI, com a finalidade de conduzir toda humanidade a Deus, tanto Judeus, quanto gentios.
O Sacerdócio levítico foi designado apenas aos judeus.
Paulo escrevendo aos Gálatas afirma que o crente é justificado (declarado justo perante Deus) não pelas obras da lei (Gl. 3.10), mas pela fé com o crente Abraão (Gl. .7-11).
18 A IGREJA UM REINO DE SACERDOTES SEGUNDO A ORDEM DE JESUS CRISTO.
Cristo é Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (Hb. 7.15-17).
A Igreja é um reino de sacerdotes (1 Pe 2.9).
Antes da lei Abraão pagou dízimos para o Sumo Sacerdote Melquisedeque que era um tipo de Cristo (Gn. 14.18-20). Ver (Hb 5.6).
Conforme está escrito em (Ez.43.7; 48.35; Zc.14; Ap.20), ainda que Melquisedeque aparece no AT testamento como rei de Salém a futura Jerusalém, por um período transitório, contudo Jesus Cristo, o último Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque, será o futuro e eterno Rei de Jerusalém, por ser esta a sua cidade.
Já foi visto neste livro que Cristo é um sacerdote eterno (Hb.6.20; 7.17), enquanto Melquisedeque à semelhança de Arão, foram sacerdotes temporários (Hb.7.1).
Enquanto Jesus Cristo é o próprio Deus.
(Hb.1.8; Jo.1.1,12,14); Melquisedeque era apenas um homem mortal (Hb.7.4).
Cristo veio para permanecer para sempre, ou seja:
Jamais será substituído por outro.
Melquisedeque, foi apenas o precursor do sacerdócio eterno de Cristo na condição de verbo eterno, não na condição de verbo encarnado. (Hb.6.20; 7.17).
A grande confusão dos teólogos é falar de Deus no eterno passado, como o verbo criador e falar de Cristo, o verbo encarnado.
São duas condições e situações distintas.
19 A IGREJA DEVOLVE DIZIMOS PARA JESUS CRISTO. O ANTE TIPO PERFEITO DE MELQUISEDEQUE (Hb.7.1-3).
A Igreja, portanto, não está debaixo do sacerdócio de Arão que foi estabelecido por Deus, exclusivamente para Israel proveniente da tribo de Levi.
Não está debaixo do Sacerdócio de Melquisedeque que foi um tipo perfeito de Cristo e não da Igreja.
Por essa razão, a igreja não devolve dízimos para Melquisedeque ou Arão e sim para Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote da nossa confissão. (Hb.3.1).
A esse respeito está escrito:
E aqui, certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. (Hb.7.8).
Na verdade, o único Sumo Sacerdote que permanece vivo, para sempre é nosso senhor Jesus Cristo, portanto, é a ele que a Igreja devolve os dízimos para sustento da sua obra no tempo da graça.
Melquisedeque foi apenas um modelo de Jesus Cristo que é Senhor e pai, da própria eternidade. (Is.9.6; Mq.5.2; Hb.1.8; Ap. 1.8-11).
20 A IGREJA ESTÁ DEBAIXO DO SACERDÓCIO DE CRISTO A QUAL DEVOLVE-LHE DÍZIMOS.
Assim como Abraão devolveu dízimos para Melquisedeque um tipo de Cristo.
Da mesma forma, conforme já foi dito acima, a igreja devolve dízimos para Cristo, ou seja:
Aquele de quem se testifica que vive (Hb.7.8b), sendo, portanto, Ele, Jesus Cristo, o cumprimento perfeito, eterno e imutável de Melquisedeque.
Assim na dispensação da graça devolvemos dízimos para Cristo nosso Sumo Sacerdote. (Hb. 5.9,10). Vamos ler (Hb. 7.26-28) (Hb.8.1,2; 9.11-14).
Logo, quando devolvemos o dízimo agora na dispensação da graça, não devolvemos para Melquisedeque rei de Salém (Gn. 14.18-10).
Muito menos devolvemos ao sacerdote segundo a ordem de Arão (hb.7.11).
Mas devolvemos o dizimo a Cristo (Hb.7.24,26,27. 8.1).
A Prática do dizimo na Igreja primitiva não podia ser implantava segundo o regime da lei de Moisés, debaixo do Sacerdócio de Arão que representava a nação de Israel exclusivamente e sim debaixo do Sumo Sacerdócio Universal de Cristo, que representa “...todas as nações, tribos, povos e línguas...” (Ap.7.9).
Somente após sua ascensão ao céu, foi que o dizimo na igreja primitiva, tomou um novo sentido, ou seja:
Com a introdução do Sacerdócio de Jesus Cristo, na nova aliança, em substituição ao Sacerdócio de Arão da antiga aliança Mosaica, os Cristãos, passaram a dizimar no reino sacerdotal de Jesus Cristo, sua igreja e não mais no reino de Israel.
A igreja, além de pertencer a uma nova ordem sacerdotal, possui uma vocação celestial e não apenas terrena, conforme a nação de Israel no passado.
Portanto, dizimamos com alegria, no reino sacerdotal de Jesus Cristo, sua igreja militante.
21. AS CARACTERÍSTICAS DE MELQUISEDEQUE, ARÃO E CRISTO.
1º) – MELQUISEDEQUE (HB.7.1-8);
- Era rei de Salém, trouxe pão e vinho para Abraão (Gn.14.18ª; Hb.7.1);
- Era Sacerdote do Deus Altíssimo (Gn.14.18b; Hb.7.1). Esta é a primeira referência bíblica a seu respeito.
- Salém veio a ser chamada de Jerusalém após a ocupação da terra por Deus, Abraão e seus descendentes. (Gn.14.18; Js.18.28; Jz. 19.10).
Rei de Salém quer dizer:
“Rei de Paz”. Conforme a tradição, Melquisedeque pertencia a uma dinastia de reis – sacerdotes que tiveram conhecimento do Deus Altíssimo que conservava a esperança da vinda do redentor da raça humana (Gn. 3.15).
É bom deixar claro que Melquisedeque não pertencia a linhagem sacerdotal Araônica, proveniente da tribo de Levi.
Melquisedeque recebeu dízimos de Abraão (Hb.7.2).
Abraão surge no cenário da história bíblica 430 anos antes de Moisés e sua Lei entrar em vigência.
Abraão devolveu dízimos a Melquisedeque, que representava a Cristo. (Hb. 7.7) diz:
“Ora, sem contradição alguma (o que ele diz não pode contradizer-se), o que é menor (Abraão) é abençoado pelo maior (Melquisedeque, que era um tipo de Cristo).
Melquisedeque sendo maior do que Abraão, nunca poderia devolver dízimos a Abraão, mas apenas receber. Cristo como Ante - tipo perfeito de Melquisedeque, jamais daria dízimos à Igreja durante seu ministério terreno, a Igreja surge no cenário das nações a partir de Jerusalém após a ressurreição de Cristo no dia de pentecoste.
Depois que a Igreja foi fundada e edificada entre as nações a pratica do dízimo continuou a ser observada pela igreja, para a igreja, e não desta, para com a nação de Israel.
Apenas, ouve mudança na ordem Sacerdotal e na destinação, ou seja:
Antes a Arão da casa de Israel; agora a Jesus Cristo dono e Senhor absoluto da igreja. (Hb.3.6), O Sumo Apóstolo e Sacerdote da nossa confissão. (Hb.3.1).
22. A OBRA SACERDOTAL DE CRISTO
Antes de estudarmos este tema, devemos esclarecer que a Ordem Sacerdotal de Cristo, a princípio deveria ser estabelecida entre o povo Judeu, mas como eles rejeitaram a justiça de Deus (Cristo), esta se voltou para os gentios, como disse Paulo aos romanos (Cp.10.30-33), que diz:
v.30. Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça (Cristo 1 Co 1.30), alcançou a justiça (Cristo)? Sim, mas a
Justiça (Cristo) que é pela fé.
V.31. Mas Israel, que buscava a Lei da justiça (Lei de Moisés), não chegou a lei da Justiça (Cristo).
V.32. Por que? (Não alcançaram Cristo a Lei da justiça de Deus)? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei. Tropeçaram na pedra (Cristo) de tropeço.
V.33. Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião (Jerusalém) uma pedra (Cristo) de tropeço e uma rocha (Cristo) de escândalo; e todo aquele que crer nela. Não será confundido.
A Igreja fundada por Cristo, constituída de povos de todas as raças e de todas as nações, creu em Cristo e pela fé, independente de praticar qualquer obra da Lei, foi justificada perante Deus. (Rm.4.1-6).
Israel não conhecendo a Justiça de Deus (Cristo), e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram a justiça (Cristo) de Deus. (Rm. 10.4).
Ao rejeitarem Cristo, a justiça divina, a nação de Israel permaneceu firmada na sua própria justiça que vem da Lei e por essa razão caíram da graça divina e até os dias atuais estão separados de Cristo e do evangelho da graça.
Como diz Paulo:
Separados estais de Cristo, vós (Os judeus e Sabatistas) os que vos justificais pela Lei (de Moisés) da graça tendes caído. (Gl.5.4).
Paulo discorrendo aos Filipenses, acerca da justiça que vem da Lei (de Moisés) e da justiça (Cristo), Que vem de Deus (Fl.3.6b,8ª,9) disse:
v.6 b “, segundo a justiça que há na Lei (de Moisés) irrepreensível.
v.8ª “, E na verdade tenho também por perda todas as coisas, pelo conhecimento de Cristo Jesus (não da Lei) meu Senhor pela qual (justiça de Cristo e não minha própria justiça) sofri a perda de todas essas coisas (mandamentos e regras da Lei) e as considero como esterco (adubo), para que possa ganhar a Cristo.
v.9. E seja achado nele (em Cristo), não tendo a minha justiça que vem da Lei (Lei de Moisés), mas a que vem da fé em Cristo, a saber, a justiça (Cristo) que vem de Deus pela fé,
No demais Cristo é descendente de Abraão e não de Moisés.
A promessa da justificação pela fé foi feita primeiro a Abraão (Rm.4.4-6) e a sua descendência (Gl.4.16) e não a Moisés e sua descendência.
A descendência de Moisés são os Judeus.
A de Cristo, todos aqueles que recebem a salvação pela fé no seu sacrifício do calvário.
A Bíblia diz ainda em (Gl.3.22) que a:
Escritura encerrou tudo debaixo do pecado para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
Deste modo, fomos declarados justos perante Deus juntamente com o crente Abraão através da nossa fé (Rm.4.1,2; 5.1).
Assim como Abraão creu em Deus (o Patriarca foi justificado por Fé, não por obras), e isso lhe foi imputado como justiça. (Gl.4.6).
A justiça de Deus é imputada a uma pessoa só sobre a base da sua própria fé em Cristo, e o que Cristo tem feito na cruz.
v.7. Sabei, pois que os que são da fé (como fundamento da salvação) são filhos (os crentes) de Abraão. Por isso dizemos ser Abraão nosso pai na fé.
v.8 Ora, tendo a Escritura prevista que Deus havia de justificar pela fé os Gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações (Gn.12.1,2).
v.9 De sorte que os que são (quem quer que seja) da fé (e não da lei) são benditos com o crente Abraão (Ele foi declarado justo perante Deus através da sua fé, assim como aconteceu conosco (Rm.5.1).
Cristo conforme a Bíblia não é descendente de Moisés e sim de Abraão.
Porque todos sois filhos de Deus com uma ressalva:
Mediante sua fé em Cristo.
Toda pessoa que é salva, foi salva ou que será salva, isto, somente é possível pela fé em Jesus (Ef.2.8), através de seu sacrifício vicário por aquilo que ele fez por nós na cruz. (Gl.3.26).
O sacrifício de Cristo no calvário, foi de alcance universal.
O escritor do livro de hebreus, fazendo uma comparação das coisas terrenas com as coisas celestiais diz:
Portanto, era necessário que as figuras das coisas que projetavam realidades celestes, assim fossem purificadas, mas as realidades do céu deveriam ser consagradas com sacrifícios melhores do que estes. (Hb.9.23).
Discorrendo, ainda a esse respeito, ou seja; acerca do sacerdócio ilimitado de Jesus Cristo, o qual seria impossível, ser manifesto no AT, continua o escritor de hebreus:
E, se Cristo estivesse aqui na terra, naqueles dias, nem sequer seria sacerdote, pois já existiam outros, que ofereciam os dons, segundo a Lei. Os quais, prestavam um culto que era uma figura e uma sombra das coisas celestes, conforme foi revelado por Deus a Moisés, quando estava para conduzir o tabernáculo e lhe foi dito: “Faças tudo, conforme o modelo que te foi mostrado no monte” (Hb.8.4,5).
Continuando, Paulo diz o seguinte, acerca da nossa relação com Cristo:
E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão (não diz que somos descendência de Melquisedeque nem de Moisés). A Igreja assim como Cristo, são descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa (Gl.3.29) (herdeiros de Deus e Co herdeiros com Cristo (Rm.8.17).
Leiamos ainda (Gl.3,16).
Ora, as promessas (da justificação perante Deus) foram feitas a Abraão e a sua descendência (a todos aqueles que receberam a salvação pela fé em Cristo) Não diz: E às descendências como falando de muitos, mas como de um só, E a tua descendência que é Cristo. (A semente de Abraão era Cristo).
PORTANTO, AO DIZIMAR NA IGREJA, NÃO DIZIMAMOS COMO DESCENDENTE DE LEVI QUE TINHA O SACERDÓCIO DE ARÃO E MINISTRAVA SACRIFÍCIOS PARA FAZER EXPIAÇÃO PELOS PECADOS DA NAÇÃO DE ISRAEL. NOSSO SUMO SACERDOTE SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE É CRISTO, A QUEM DEVOLVEMOS O DIZIMO, POR LHE PERTENCER, CONFORME FEZ ABRAÃO NOSSO PAI NA FÉ QUANDO DEVOLVEU O DÍZIMO A MELQUISEDEQUE. CRISTO É MAIOR DO QUE MELQUISEDEQUE, ABRAÃO, ARÃO E MOISÉS, PORTANTO MERECE NOSSO DÍZIMO.
23. – QUAL A RELAÇÃO ENTRE MELQUISEDEQUE E O SACERDÓCIO LEVÍTICO (HB.7;4-10)
v.4. Considerai, pois quão grande era este (Melquisedeque), a quem até (indicando outros que exercitavam essa prática entregando-lhe dízimos) Abraão o Patriarca deu os dízimos dos despojos (que trouxe da guerra).
v.5 E que dentre os filhos de Levi (A Lei que viria 430 anos depois) recebem o sacerdócio (segundo a ordem de Arão), têm ordem, segundo a Lei, de tomar dízimos do povo, isto é de seus irmãos.
Esses textos, (referem-se ao fato de que as pessoas deveriam por Lei devolver os dízimos ao sacerdócio de Arão que estava debaixo da antiga administração Mosaica).
Ainda que tenha saído dos lombos de Abraão.
(Os Judeus gostavam de gabar-se de que consideravam a Abraão como pai, o que significam que eram seus descendentes; por isso; usando-o como exemplo.
O escritor de Hebreus demonstra que o sistema sacerdotal de Arão era muito mais inferior que a ordem de Melquisedeque; de outro modo, Abraão não teria pago os dízimos a este homem.
v.6. Mas aquele (Melquisedeque) cuja genealogia não é contada entre eles (Israel) tomou de Abraão os dízimos, e abençoou o que tinha as promessas
Aqui, novamente, expressa o fato de que Melquisedeque apesar de ser maior do que Abraão, contudo foi a Abraão a quem Deus fez as grandes promessas.
Por conseguinte, nesse aspecto, a única maneira de alguém nesse contexto, pudesse ser maior que Abraão é que ele era um tipo de Cristo, ou que seja; a pessoa de Melquisedeque.
v.7 Ora, sem contradição alguma (o que está sendo dito não pode contradizer-se), o que é menor (Abraão) é abençoado pelo Maior (Melquisedeque que era um tipo de Cristo).
v.8. Aqui certamente os homens mortais tomam dízimos
Refere-se ao Sacerdócio Levítico que ainda estava em vigência na nação de Israel, quando o escritor de Hebreus escreveu esta carta), mas ali (refere-se à passagem em Gênesis (14.18-20) onde está registrado que (Melquisedeque tinha recebido os dízimos da mão de Abraão), aquele de quem se testifica que vive. (Refere-se ao Sacerdócio eterno de Cristo, do qual Melquisedeque era o tipo).
A SUPERIORIDADE DE CRISTO EM RELAÇÃO A MOISÉS.
Moisés era servo fiel sobre a casa de Deus Israel (Hb.3.5).
Cristo é o filho sobre a sua própria casa a igreja (Hb.3.6).
Quem é o maior, Moisés sobre Israel ou Cristo sobre a Igreja?
Quem é mais digno de receber dízimos?
Arão e a tribo servindo como sacerdote a nação de Israel debaixo da liderança de Moisés.
Ou a Igreja, servindo a Cristo na condição de filhos na fé de Abraão, o qual deu dízimos a Melquisedeque, sendo Ele (Cristo) o Sumo Sacerdote perfeito da nossa confissão?
Conforme já foi dito Cristo é superior a Moisés e de acordo (Hb.3.3), merece mais honra.
Analisando Hebreus (3). v.1. Diz:
Cristo teve um chamado superior a Moisés; Cristo é o Apóstolo da nossa confissão; Sumo sacerdote da nossa confissão; encontra-se construindo sua própria casa, a igreja (v.6).
Muitos interpretam “construir uma casa”, como algo material.
A casa de Cristo, sendo a igreja, está sendo construída, na medida que almas vão sendo salvas e dessa forma a casa vai aumentando.
Moisés sendo fiel em toda a casa de Deus, Israel (v.5), em momento algum construiu essa nação para si, ou seja, para ser o seu dono, sua propriedade.
Na verdade Moisés apenas dava testemunho das coisas que se haviam de anunciar (v.5c), ou seja:
Cristo, que haveria de se manifestar, como Senhor da casa de Israel.
Como eles o rejeitaram, Cristo se tornou Senhor da Igreja, um novo povo criado por ele e para Ele.
Cristo na condição de Deus, criou todas as coisas (v.1.2; Ef.3.9; Cl.1.15-18).
Cristo é o filho de Deus, habitando em sua própria casa, ou seja: A igreja (Hb.3.6), não um servo como
Moisés, que serviu a antiga casa de Deus, ou seja: A nação de Israel.
O próprio Moisés previu que Cristo seria melhor e maior do que ele mesmo (Dt.18.15-19).
Ouve semelhanças entre Cristo e Moisés, contudo quem edificou todas coisas foi Deus, e Cristo é o Deus encarnado (v.4).
24 COMPARAÇÃO ENTRE O SACERDÓCIO LEVÍTICO DE ARÃO COM O DE JESUS CRISTO (HB.7.11-25)
Daqui em diante irei associar os comentários a cada versículo, para melhor compreensão.
v.11 Se, pois, a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois a Lei (de Moisés) nunca aperfeiçoou coisa alguma Hb.7.19), porque mediante Ele (o sacerdócio de Levi), o povo recebeu a Lei, que necessidade havia de que se levantasse, outro sacerdote (o de Cristo), segundo a ordem de Melquisedeque? E não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (Demonstra os fatos que o sacerdócio segundo a ordem de Arão deve ceder espaço para outro sacerdócio segundo a Ordem de Melquisedeque que se cumpre em Cristo).
v.12. Pois mudando-se o sacerdócio (refere-se a Ordem Sacerdotal de Arão (regido pela Lei) que perde seu efeito diante na nova ordem Sacerdotal de Cristo (regida pela graça), segundo a ordem de Melquisedeque), necessário é que se faça mudança de Lei (das ordenanças segundo os preceitos da Lei de Moisés, pelas boas novas de salvação em Jesus Cristo pela graça).
v.13 Porque Aquele (Cristo) de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo (Cristo não era da Tribo de Levi, da qual todos os sacerdotes da Antiga Aliança de Deus com Israel teriam que proceder e sim de outra Tribo, ou que seja: a De Judá), da qual ninguém serviu no altar. (Quem servia no altar no AT era os descendentes da Tribo de Levi, nunca houve nenhum Sacerdote da Tribo de Judá).
v.14. Porque é manifesto que nosso Senhor nasceu na Tribo de Judá, sobre cuja tribo Moisés nada falou sobre sacerdócio A tribo de Judá não teve participação nenhuma com o sacerdócio de Levi. E (este da mesma forma não teve também participação nenhuma com a Tribo de Judá).
v.15. E muito mais manifesto é ainda (referindo-se ao sacerdócio de Cristo), se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote (fala da necessidade de outro sacerdócio que Deus tenha escolhido Melquisedeque para ser um tipo de Cristo).
O qual (o Senhor Jesus), não foi feito conforme a Lei do Mandamento Carnal (ou segundo o sacerdócio levítico que oferecia dons e sacrifícios, no que diz respeito à consciência), não podia aperfeiçoar, nem aquele que realizava o sacrifício, consistindo somente em comidas e bebidas, e em diversos lavamentos e justificações a respeito da carne, impostas até ao tempo da correção, que veio através do Sacrifício de Cristo na cruz do calvário uma vez para sempre Hb.9.9,10), e sim segundo o poder de uma vida incorruptível ( Aponta para jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos que vive para sempre). Por isso assumiu a posição de Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque, a linhagem dos Reis, profetas e sacerdotes do Deus Altíssimo, incluindo Jetro Sacerdote de Midiã (Ex.18.1), filho de Abraão e Quetura, que se tornou sogro de Moisés.v.17 Pois se dá testemunho (Sl 110.4) Dele (Deus), assim Tu (Cristo) és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (O sacerdócio segundo a Ordem de Melquisedeque foi estabelecido por Deus antes da Lei para dirigir toda humanidade, dos quais participaram Abraão, Isaque, Jacó, Jetro, o Próprio Moisés quando viveu debaixo da Tenda de seu sogro em Midiã por quarenta anos). Inclui-se ainda Balão (Nm.22.5; 24.16) profeta da linhagem de Melquisedeque os quais invocavam e ofereciam sacrifícios a Deus como fez Balaão nos montes de Moabe invocando-o como “Deus Altíssimo”. Essa linhagem sacerdotal iniciada em Melquisedeque que primeiro foi Rei de Justiça, depois Rei de Salém, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que não teve princípio de dias nem fim de existência, feito semelhante ao filho de Deus que permanece para sempre (Hb.7.2,3) teve o seu início na terra, no eterno passado antes da criação do homem. Lúcifer pertenceu a sua linhagem, pois foi ungido (Ez.28.14), e recebeu um trono para governar. (Ver no meu livro, trono e humildade, pg.29). Os últimos a fazerem parte dessa linhagem foi Cristo e João Batista (Lc.1.32.35,76), os quais invocavam a Deus como Deus, chamando-o de “Deus Altíssimo” (na condição de filho e profeta). Depois de sua morte Cristo assumiu para sempre o lugar de Melquisedeque como Sacerdote do “Deus Altíssimo” e fez com a Igreja uma Aliança Sacerdotal baseada em seu sangue, transformando a Igreja num reino de sacerdotes (1 Pd.2.9), os quais irão reinar com Ele mil anos na terra na condição de Reis e Sacerdotes (Ap.1.6; 5.10;20;6), na ordem Sacerdotal futura de Jesus Cristo, na condição de Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Enquanto o Sacerdócio de Cristo é Universal e eterno, abrangendo todos os povos, nações, tribos e línguas da terra. O Sacerdócio levítico que surgiu muito tempo depois, da dispensação patriarcal, através de Moisés no Monte Sinai, atingiu apenas a nação de Israel, sendo, porém, transitório, pois teve um início em Arão e seu fim em Jesus Cristo, O Sumo Sacerdote da nossa confissão. (Hb.3.1). Deste modo, todo aquele que ainda insiste em ser justificado pelos méritos da Lei de Moisés, além de estrarem caídos da graça, estão servindo a uma aliança e a um sacerdócio inexistente, sem efeito e sem nenhum valor para Deus no presente tempo da graça.
v.18 . Porque o mandamento precedente (O mandamento da Lei que veio antes do evangelho da graça), é certo que se anula por sua fraqueza e inutilidade (hoje no tempo da dispensação da graça, o mandamento da Lei de Moisés, aqui foi anulado, por ser fraco e inútil). Como já disse: Paulo escreve que o fim da Lei é Cristo para justiça de todo aquele que crer (Rm.10.4). Aos Gálatas diz: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei, da Graça tendes caído”. (Gl.5.4).
v.19 Porque a Lei (a Lei de Moisés), nenhuma coisa aperfeiçoou. (A Lei era um espelho que mostrava o que era o homem por dentro, mas não tinha nenhum poder para mudar o homem), a não ser a introdução de uma melhor esperança (refere-se a Cristo e o que Ele fez por nós na cruz do calvário), pela qual nós chegamos a Deus. Paulo a este respeito escreve aos Gálatas dizendo: (Gl.3.23). Mas, antes que a fé viesse. (Antes da fé em Cristo), estávamos guardados debaixo da Lei (ou que seja da Lei de Moisés), e encerados para aquela fé (em Cristo), que havia de se manifestar, através do evangelho da graça.
v.20. E visto que não é sem prestar juramento. Ele (Jesus) foi feito sacerdote. Porque, quando Deus fez promessas a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, onde Jesus nosso precursor (na ordem sacerdotal, pois fomos feitos sacerdotes 1 Pe.2.5,9), entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque encerrando com a Igreja.
v.21. Porque os outros, sem juramento foram feitos sacerdotes (Os da Linhagem Levítica de Arão), mas Este (O Senhor Jesus Cristo), com juramento por Aquele que (Por Deus pai) Disse-lhe (Disse a Cristo): Jurou o Senhor, e não se arrependerá (quer dizer que Deus que é imutável não vai modificar esta decisão) Tú és sacerdote eternamente (não temporariamente) segundo a ordem de Melquisedeque. (Sl. 110.4).
v.22. De Tanto melhor Testamento (melhor acordo, aliança) foi feito fiador (garantia) Jesus (toda obra da salvação tem Jesus Cristo como garantia principal – Quem garante minha salvação, minha entrada no reino celestial, não sou eu, muito menos minhas boas obras, mas somente Cristo que realizou por mim na cruz do calvário) uma eterna redenção (Hb.9.12)
v.23. Na verdade, Aqueles (da tribo de Levi), foram feitos sacerdotes em grande número (pois eram substituídos pela morte), porque pela morte não podiam permanecer. Enquanto o Sacerdócio de Cristo é eterno pois Ele venceu a morte. O do AT era transitório pois findava com a morte de seus sacerdotes.
v.24. Mas este (O Senhor Jesus Cristo), porque permanece para sempre, tem um sacerdócio perpétuo e por isso imutável. O sacrifício de Cristo na cruz é insubstituível e imutável pois está firmado no sangue da eterna Aliança. (Hb.13.20) diz: Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do Testamento Eterno (O testamento feito na cruz que é perfeito e eterno), tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, o Grande Pastor das Ovelhas.
v.25 Portanto Ele (Jesus Cristo) pode salvar perfeitamente (o sacrifício a cruz, produz efeito perfeito, eterno e imutável), os que por Ele (pela cruz) se chegam a Deus (a única maneira de toda a humanidade chegar a Deus é a través da cruz), vivendo sempre para interceder por Eles. (Cristo como Sumo Sacerdote da Igreja). Por isso mesmo convinha que em todas a s coisas (Jesus Cristo), se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Nesse aspecto João escreveu o seguinte:
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Todavia se alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai Jesus Cristo o Justo. E Ele é a propiciação (a única oferta aceita, capaz de satisfazer a justiça de Deus pelos nossos pecados (Rm.3.23; Hb.2,17) pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas ainda pelos pecados do mundo inteiro. (1 Jo.2.1,2).
Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
25 A QUALIDADE SUPERIOR DO SACERDÓCIO DE CRISTO (VV.26-28).
v.26. Porque tal sumo sacerdote nos convinha, Santo, Inocente, Limpo, afastado da condição dos pecadores (fala do caráter irrepreensível do filho de Deus, sem defeito e sem mácula, como nosso Sumo Sacerdote). Cristo se fez pecado por nós não que tenha pecado e sim levou os nossos pecados) (Is.53.12). (Uma coisa é pecar, outra é levar o pecado de outrem. Isto Cristo fez por nós), e feito mais sublime do que os céus. Sobre a exaltação de Cristo o escritor de (Hb.1.3) escreveu:
Ele (Jesus), que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser (de Deus Pai), sustentando todas as cousas pela palavra de seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se a direita da Majestade de Deus nas alturas.
Ele nos prometeu dizendo:
Ao que vencer concederei, se assentar comigo no meu trono, assim como também eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono (Ap.3.21).
v.27 Que não tem necessidade a cada dia (refere-se aos sacrifícios do AT) como os outros sacerdotes (da tibo de Levi), de oferecer Sacrifícios primeiramente pelos seus próprios pecados e depois pelo do povo, (Cristo não precisou oferecer sacrifícios por si mesmo, pois nunca pecou).
v.28. Porque a Lei (Lei de Moisés) constitui Sumos Sacerdotes a homens fracos (o sistema era imperfeito, porque dependeu de homens fracos e pecadores). Mas a palavra do Juramento (palavra de Deus) que veio depois da Lei (graça e verdade através de Cristo Jo.1.17), constitui ao filho (O Senhor Jesus Cristo), perfeito (em toda sua obra redentora), para sempre (significando que a obra do calvário jamais será substituída)
CONCLUSÃO
Devolvamos, portanto, nossos dízimos na casa do Senhor Jesus Cristo, sua igreja, com muita alegria, pois Deus ama a quem dá com alegria e com muita gratidão, reconhecendo tudo quanto fez por nós na cruz do calvário, nos salvando e nos constituindo juntamente com ele, um reino de Sacerdotes eternos (Ap.1.6; 5.10; 20.6) pois é a Ele, o Sumo Sacerdote da nossa salvação, o qual intercede por nós a quem estamos dizimando.
Não é para Arão, nem para Israel, nunca foi para Melquisedeque e sim para Jesus Cristo nosso Sumo Sacerdote perfeito.
Mediador de uma nova aliança (Hb.9.15; 12.15).
Veja que tamanho privilégio o Senhor concedeu a sua igreja, seu reino de sacerdotes eternos, poder dizimar diretamente para ele.
O Sacerdócio de Melquisedeque foi transitório, contudo se estendeu até Jesus Cristo, o Ante tipo perfeito dessa ordem sacerdotal.
O de Arão, além de ter sido de curta duração foi direcionado apenas a nação de Israel.
O de Jesus Cristo é o único sacerdócio perfeito e eterno, e a igreja, a nação sacerdotal, participa da mesma forma como herdeira de Deus e Co - herdeira com Cristo de todos os privilégios que Deus de antemão preparou para nós.
Portanto, depois de termos adquirido essa compreensão sobre a contribuição do dízimo na dispensação da graça, contribuamos na obra do Senhor não apenas com uma visão terrena e passageira como aconteceu dentro das outras ordens sacerdotais do AT, mais sim com uma visão celestial eterna.
Como disse certo pregador: Tudo quanto fazemos aqui em prol da obra de nosso Senhor Jesus Cristo tem a sua permanência na eternidade.
Que Deus te abençoe com mais este opúsculo, o qual tive o privilégio dado por Deus de escreve-lo para sua instrução e edificação.
ROTEIRO DE ESTUDO
FATOS SOBRE MELQUISEDEQUE.Seu nome é mencionado em toda Bíblia apenas 11 vezes. Dos 150 Salmos, seu nome é mencionado apenas uma vez (Sl.110.4); 19 são sobre o messias. O 110, é 0 18º Salmo apresentando Jesus como Deus, Rei e Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
O sacerdócio Levítico foi estabelecido, para ser mudado (Hb.7.11).
O Messias deveria vir segundo a ordem de Melquisedeque, não apenas como sacerdote, mas também como profeta e rei, (7.1-10).
Nenhum sacerdote do AT, exerceu duplo ou triplo ofício, como se manifestou em Cristo.
2. DEFINIÇÃO DO TERMO E DO OFÍCIO SACERDOTAL.
O termo Sacerdote do Hb. “Hiereus”, e “Archiereus”, Sumo Sacerdote.
Ambos os termos significam santo.
Em Israel, A LXX, emprega o termo “Hiereus”, para traduzir o hebraico “Cohen”.
A consagração de Arão e seus filhos para o ofício Sacerdotal ficou registrada em (Lv. Cp. 8).
1.a. Sacerdote (Cohen) em sua raiz primitiva significa “Mediador em Serviços Religiosos” (Bíblia de Estudo Palavra Chave, Hebraico e Grego). (Dicionário do AT, p. 1701).
1.b. Sacerdote (Cohen). A Palavra é usada para designar as várias classes de Sacerdotes em Israel. Essa Classe realizava a função de mediadores entre Deus e seu povo.
1.A BIBLIA RECONHECE TRES ORDENS SACERDOTAIS.
1. A ordem de Melquisedeque. (Gn.14.18; Sl.110.4; Hb. 5.6,10; 6.20; Hb.7.1,10,11,15,17,21);
A Ordem de Arão. (Ex.28.1-4, 41; 29.1,9,44; Lv.7.235; 16.32; Nm.3.1-4,10; M t.23.23);A Ordem Sacerdotal de Jesus Cristo. (Hb.3.1; 2.17; 4.14,15.).Conforme (Sl.110.4; Hb. 5.6,10; 6.20; Hb.7.1,10,11,15,17,21); Jesus Cristo, pertence a ordem sacerdotal de Melquisedeque.
O primeiro registro a respeito da ordem sacerdotal de Melquisedeque, apresenta ele, ministrando pão e vinho para Abraão.
“E Melquisedeque Rei de Salém trouxe pão e vinho. E este era Sacerdote do Deus altíssimo”. (Gn.14.18).
Depois de Melquisedeque, o único que ofereceu “pão e vinho”, foi Jesus Cristo, símbolo da Santa Ceia. (Lc.22.14-20).
A outra referência no AT:
Jurou o Senhor e não se arrependerá; tu és Sacerdote (apontando para Jesus
Cristo = o Messias), segundo a ordem de Melquisedeque. (Salmo.110.4).
Ordem do Latim = ‘’Ordo Dinis”, no aspecto Sacerdotal, da mesma linhagem.
O principal objetivo de Deus, ao constituir Israel como nação, era eleva-los à condição de “Reino Sacerdotal” e “Povo Santo”. E o que está escrito. (Ex.19.5,6), que diz:
v.5. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda terra é minha.
v.6. E Vós (a nação de Israel) sereis um reino de Sacerdotes e povo santo, estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
Israel Como, nação foi escolhida por Deus para ser o seu filho, seu primogênito (Ex.4.22); ser uma nação santa, (Lv.19.2); um reino universal de sacerdotes (Ex.19.5,6).
Ao se corromper com o bezerro de ouro (Êx.32), perderam a posição de primogênitos (Ex.4.22), e de reino sacerdotal (Ex.19.5,6), sendo substituídos pela tribo de Levi, eleita temporariamente para exercer durante a dispensação da lei o ofício sacerdotal, na posição de primogênitos, eleitos por Deus, e povo sacerdotal (Nm.3.1-9,12,13; 8.14-19).
O sacerdócio foi dado a tribo de Levi, como um presente de Deus. (V.9), até que Cristo veio como primogênito de Deus (Lc.2.7; Rm.8.29; Cl.1.15,18; Ap.1.5), estabelecer uma nova nação santa (1 Pd.2.5,9); um novo sacerdócio real, (1 Pd.2.5,9) uma nova ordem sacerdotal, ou seja: sua própria ordem, segundo a ordem de Melquisedeque. (Sl.110.4; Hb.5.6,10; 6.20; Hb.7.1,10,11,15,17,21).
Ainda dentro dessa nova ordem, veio para edificar uma nova casa espiritual (Hebreus. 3.1-6; 1Pe.2,5); um novo reino de primogênitos arrolados nos céus (Hb.12.23), no lugar de Israel (Ex.4.22), pelo fato de terem rejeitando a Deus, posteriormente também ao Senhor Jesus Cristo (Jo.1.14). (Ler Hebreus.12.18 – 28). A igreja foi eleita nas mesmas condições de Israel, ou seja: (1 Pd.2.5,9), um novo reino de sacerdotes para anunciar os ensinamentos do reino de uma nova aliança, ou seja, a da graça.
A Bíblia elucida com muita clareza esse assunto dizendo:
Porque dele (Jesus Cristo), assim se testifica: Tú es sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, (Hb.7.17).
Jesus Cristo, como sumo sacerdote, da confissão dos cristãos (Hb.3.1), nenhuma relação teve e nem tem com o pacto mosaico da lei, muito menos com a ordem sacerdotal de Arão, a qual foi instituída exclusivamente para a nação de Israel. A esse respeito está escrito:
Porque, mudando-se o sacerdócio (de Arão para Cristo), necessariamente também se faz mudança e Lei (Lei de Moisés para graça de Jesus Cristo João. 1.17; Rm.10.4), (Hb.7.12).
Porque, aquele (Jesus Cristo) de quem essas coisas se dizem pertence a outra tribo (Judá), da qual ninguém serviu no altar. (Hb.7.13).
Visto ser manifesto que nosso Senhor Jesus Cristo, procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. (Hb.7.14).
Gostaria, sinceramente que você, perdoasse a minha franqueza: O altar ao qual servimos ao Senhor Jesus Cristo, é o da graça (Rm.12.1). Se você diz estar servindo a Cristo no altar da lei, lamentavelmente preciso te dizer que você está enganando a si mesmo, pois a esse respeito está escrito:
Todos aqueles pois que são das obras da lei estão debaixo de maldição… (Gl..3.10ª);
É, evidente que pela Lei, ninguém será justificado diante de Deus... (Gl.3.11ª);
Sendo justificados (declarados justos) pela fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm.5.1).
Ora, A lei não é da fé (Gl.3.12ª).
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro. (Gl.3.13);
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada perante Deus. (Gl.2.16).
Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crer. (Rm.10.4).
Portanto, hoje servindo a Deus, debaixo do regime da graça, não devolvemos dízimos segundo o regime da Lei, servindo debaixo da ordem sacerdotal de Arão e sim a Cristo, visto ser Ele, o sumo Sacerdote da igreja (Hb.3.1), sendo esta, portanto, o seu reino sacerdotal, (1 Pe.2.5,9).
Voltando a falar sobre nossa justificação, gostaria que você, levasse, muito a sério este assunto, pois você tem uma alma para ser salva e Jesus deixa claro em sua palavra, que não há e não haverá justificação e salvação perante Deus para quem almeja, ser justificado perante ele pelas obras da lei.
Portanto como já disse, volto a repetir: A igreja, o povo da nova aliança, devolve com muita alegria e gratidão, seus dízimos, não ao reino de Israel, mas sim à igreja, seu reino sacerdotal da dispensação da graça e não da lei, o qual está sendo construído agora, em seu aspecto espiritual, através da igreja, que será implantado, literalmente aqui na terra, durante mil anos, no qual participarão também, todos os que fizerem parte da primeira ressurreição.
Concernente a primeira ressurreição, apenas trazendo um pouco mais de luz a esse fato, já que este não é o nosso assunto, neste livro, conforme ensina a Bíblia Sagrada, existe dois tipos de ressurreição:
Para a vida e para o juízo. (Jo.5. 21-29; Dn.12.2,13; At.24.15). O v.21 diz que Jesus vivifica aqueles a quem ele quer. V.22, diz que esta é a razão porque o pai confiou todo o julgamento ao filho. Todos devem honrar o filho como honram o pai, pois ambos são iguais (Fl.2.9-11). Quando no v.24 diz que quem ouve a sua palavra e crer naquele que o enviou, passou (pretérito perfeito do indicativo, indicando um fato ocorrido e concluído no passado),aconteceu conosco, no dia que aceitamos a Cristo como salvador, passamos da morte para vida, e de acordo ainda o v.24, também não entraremos mais em juízo (do pecado), pois os mesmos já foram julgados e condenados na cruz, concordando com (Rm.8.1); ainda com Cl.1.13), onde acorreu, nosso resgate do reino da trevas e do domínio das potestades do mal (Fl.2.2), e nos transportou para o reino do filho do amor de Deus.
Os versículos, 28,29, deixa claro que todos os seres humanos, um dia haverão de ressuscitar, uns para a vida eterna, outros para o juízo, concordando com (Hb.9.27).
Os salvos terão suas obras em Cristo julgadas para serem premiados, pois seus pecados já foram julgados, anteriormente na cruz.
Os perdidos que rejeitaram o sacrifício de Cristo pelos seus pecados, serão julgados e condenados ao lago de fogo eterno no juízo final (Ap.20.6,14,15; 21.8).
Concluindo este assunto, a Bíblia fala da “ressurreição dos justos” (Lc.14,14); a “ressurreição dos que são de Cristo na sua vinda” (1 Co. 15.23); e finalmente “a superior ressurreição” (Hb.11.35).
Aqui são incluídos, somente os redimidos que participaram da primeira ressurreição, iniciada com Cristo, “as primícias dos que dormem” (1 Co.15.20), depois com os que “são de Cristo na sua vinda” (1 Co.15.23), concluindo no final da grande tribulação. “Esta é a primeira ressurreição” (Ap.20.5b).
Confere, por gentileza, a fim de que não fique em você nenhuma dúvida sobre esse assunto, os seguintes versículos da palavra de Deus. Exclusivamente sobre esse assunto: (1 Co. 15.20.23; Mt.27.50,52,53: 1 Tss.4.16,17; Ap.6.9-11; Ap.7.1-4; 14.1-3; 15.1-3; 20.4-6).
Portanto, daqui para frente vamos explicar esse assunto com muita clareza.
4. INICIO E FIM DA PRIMEIRA RESSURREIÇÃO.
Conforme já foi dito, a primeira ressurreição, começa com Cristo e termina no final da grande tribulação, depois do julgamento das nações e antes do estabelecimento do seu reino milenar, a ser implantado, aqui na terra. Vejamos:
Mas agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. (1 Co.15.20);
Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo na sua vinda. (1 Co.15.23);
E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. (Referindo-se ao seu próprio espírito, e não ao Espírito Santo, Lc.23.46; Jo.10.18; 19.30); (Mt.27.50);
E abriram – se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados (v.52).
Quem fica dormindo no pó da terra é o corpo e não a alma e o espírito (Dn.12.2; tg.2.26)).
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. V.53.
Em razão de Cristo ser “as primícias dos que dormem”, somente poderiam sair dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo. (1 Co.15.20).
Porque o mesmo Senhor, descerá do céu com alarido, e com voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram com Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (1 Tss.4.16,17).
Com o arrebatamento da igreja, finda-se o período da dispensação da graça. (Mt.25.1-10). Em seguida tem início o cumprimento da septuagésima semana de Daniel, início do “concerto, aliança”, do Ante Cristo, com a nação de Israel (Dn.9.27). Em seguida durante o período da grande tribulação, tem início o grupo de mortos que farão parte da primeira ressurreição:
E havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam na terra? E a cada um foi dada uma comprida veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de serem mortos, como foram. (Ap.6.9 -11).
Conforme podemos ver, foram mortos na abertura do quinto selo, portanto, não durante o período de falsa paz do ante cristo, primeiros três anos e meio da septuagésima semana de Daniel, mas no período propriamente dito de grande tribulação, ou seja: os últimos três anos e meio. Jesus Cristo disse, acerca desse período:
Porque haverá, então, grande aflição, como nunca ouve desde o princípio do mundo até agora (período da grande tribulação e não da falsa paz), nem tampouco haverá jamais.
E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa do escolhidos (desse período, não do período da igreja, pois esta já terá subido com Cristo), nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias. (Mt.24.21,22).
Vejam, que nesse período eles serão mortos apenas por dois motivos: “Por amor da palavra de Deus, e por amor do testemunho que deram”. (Ap.6.9). Portanto, serão mortos por amor. Em seguida eles aparecem diante do trono de Deus, louvando a Deus. Vejamos:
E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus.
E vi, um como mar de vidro, misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos (no período da grande tribulação), da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus.
E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus todo poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos! (Ap.15.1-3).
Em seguida temos a presença, dos cento e quarenta e quatro mil, marcados por Deus em suas testas (Ap.7.3,4), os quais agora depois de terem sidos comprados da terra, encontram-se também diante do trono de Deus. Vejamos:
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos de Israel. (Ap.7.3,4).
De acordo, com (Ap.14.3), esses 144.000, serão comprados da terra, no período da grande tribulação e serão conduzidos até ao trono de Deus, aguardando o final da primeira ressurreição, onde também ressuscitarão para reinar com Cristo, os mil anos na terra. Vejamos:
E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e de seu Pai {...} E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. (Ap.14.1,3).
Em continuação, ainda no período da grande tribulação, temos as duas testemunhas escatológicas, as quais também serão mortas, depois de três dias à semelhança de Cristo, ressuscitarão, só que a vista de todos e subirão para Deus. Vejamos:
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará. E depois de três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem (da mesma forma que Jesus subiu (At.1.19), e os seus inimigos os viram. (Ap.11.7,11.12).
Diferente daquilo, que muitos estão ensinando, sem base na palavra de Deus, o maior número de salvos acontecerá no período da grande tribulação, quando um anjo vai voar pelo meio do céu, anunciando em toda a terra, o evangelho eterno, para todos os povos, tribos, e nações, os quais serão convidados a adorarem a Deus. Ouvirão a voz do anjo, se converterão, serão salvos, comprados e lavados pelo sangue do cordeiro. Serão uma multidão, proveniente de todos povos, raças tribos e nações da terra, as quais ninguém vai poder contar e serão conduzidas também ao trono de Deus, onde também ficarão aguardando a primeira ressurreição, para reinar com Cristo. Vejamos.
E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo: com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe gloria, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, e o mar, e as fontes das águas. (Ap.14.6,7).
Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, perante o Cordeiro trajando vestes brancas e com palmas em suas mãos. E um dos anciãos me falou dizendo: estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu lhe disse; senhor, tu sabes. E ele disse-me: estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. (Ap.7.9,10,13,14).
Assim sendo, conforme já foi visto pela palavra de Deus, esses grupos de servos de Deus, os quais serão salvos no período da grande tribulação, irão ressuscitar, no final da grande tribulação, depois do julgamento das nações, para reinar com Cristo mil anos, aqui na terra na condição de reis e sacerdotes, encerrando assim a primeira ressurreição, iniciada com Cristo, as primícias dos que dormem (1 Co.15.20), concluindo, aqui com esses mártires (Ap.20.4-6).
5.DISTINÇÃO ENTRE VELHO E NOVO TESTAMENTO
Algo bastante esclarecedor deve ser anotado aqui. Devemos com muita humidade fazer uma distinção entre velho e novo pacto, e entre ainda velho reino de Deus (Israel), com o reino universal de Cristo, a igreja. A nação de Israel, foi estabelecida por Deus com uma vocação terrena. A igreja, nação santa e sacerdócio real (1 Pe.2.5,9), tem uma vocação celestial (Hb.3.1); A nação de Israel estava construindo um reino terreno de sacerdotes terrenos; A igreja militante bem como todos, os salvos em Cristo que estão incluídos na primeira ressurreição constituem-se em um reino de sacerdotes eterno (Hb.10.14; Ap.1.6; 5.10; Ap.20.6), pois conforme (Hb.9.12) a igreja foi redimida pelo sangue de Cristo, para ser proprietária de uma redenção eterna.
6.RELAÇÃO DE MOISÉS COM A CASA DE ISRAEL E DE CRISTO COM A SUA PRÓPRIA CASA.
Outra coisa que deve também se levada em consideração é a relação de Moisés com a casa de Deus (Israel) e a relação de Cristo, com a sua própria casa, a igreja. Moisés era servo fiel sobre a casa de Deus Israel (Hb.3.5).
Cristo é o filho sobre a sua própria casa, a qual somos nós, sua igreja (Hb.3.6). Pergunto:
Quem é o maior, Moisés sobre Israel ou Cristo sobre a Igreja? Quem é mais digno de receber dízimos? Arão e a tribo de Levi, servindo temporariamente como sumo sacerdote da nação de Israel debaixo da liderança de Moisés, pois conforme (Hb.7.23), são impedidos de continuarem servindo por causa da morte, provando que são temporários, ou a Igreja, servindo a Cristo na condição de sumo sacerdote eterno (Hb.7.24), da nossa confissão? (Hb.3.1), segundo a ordem sacerdotal de Melquisedeque? A nação de Israel tinha uma vocação terrena. A igreja, nação santa e sacerdócio real (1 Pe.2.5,9), tem uma vocação celestial (Hb.3.1).
7.FINALIDADES DO DIZIMO NA BÉBLIA.
No AT, Deus ordenou a contribuição de três dízimos por parte da nação de Israel.1º) – O primeiro dízimo era para os Levitas Lv.27; Nm.18).
Esse era dado anualmente à tribo de Levi.
O 2º) – O segundo dízimo, era para o próprio indivíduo e para a sua casa, com o objetivo de cobrir as despesas com as festas nacionais, assim não haveria desculpas para não entregarem (Dt.14.22-26; 12.11,21).
Esse também, era uma contribuição anual de dízimos, embora não fosse contado com os dízimos dos levitas.
3º) – O terceiro dízimo, era para os Levitas, os estrangeiros, as viúvas e os órfãos. Conforme (Dt.14.28), era destinado à quatro classes de pessoas, conforme já foi visto.
Conforme os teólogos, esse era um dízimo de caridade destinado aos pobres, estrangeiros e viúvas.
Confere por gentileza (Dt.14.28,29).
Pelo fato de ser entregue apenas a cada três anos, logo, não era pesado para ninguém.
Ao fim de cada três anos, entre os anos sabáticos, o dízimo era finalmente arrecadado, conforme o (v.29).
Na verdade, em resposta à fidelidade ao mandamento de Deus, o mesmo se comprometeu em sua palavra em abençoar o povo em toda terra e em todas as obras de suas mãos, que eles viessem a fazer, (v.29).
Considerando, que a cada ano, a taxa desse dízimo, seria de 3,3% ao ano, sobre a arrecadação da nação, esse dízimo como os outros dois, deveriam serem levados ao lugar de adoração, para serem distribuídos, conforme fosse necessário ao longo dos três anos seguintes.
Finalmente surge o 4º) – quarto dízimo, na dispensação da graça em (Hb.7.2,4,5,6,8,9); a partir de Jesus Cristo, quando teve início a formação da igreja, sua nação sacerdotal, que se estende até ao arrebatamento.
A esse respeito. No NT encontramos apenas três referências sobre o dízimo. Vejamos:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé, deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas. (Mt.2.3.23);
Jejuo duas vezes na semana e dou o dízimo tudo quanto possuo. (Lc.18.12).
Na primeira passagem, vemos Cristo, censurando e não doutrinando os fariseus.
A prática do dízimo, já era observada no AT, pois fazia parte dos mandamentos de Deus, na lei de Moisés.
Jesus Cristo veio para cumprir a lei e estabelecer seu reino em Israel.
Como foi rejeitado (João.1.11), pelo povo da antiga aliança, estabeleceu um novo reino, um novo povo, um novo sacerdócio, finalmente uma nova nação composta por judeus e gentios
Jesus Cristo, exercendo o seu ministério terreno, debaixo do regime da Lei, veio para cumprir a lei e não ensinar (Mt.5.17; Rm.10.4).
Portanto, não havia nenhuma necessidade de ensinar, uma doutrina, no caso do dízimo que já era praticada por toda nação de Israel.
Esse texto não se aplica à igreja, que ainda não existia, mas somente a nação de Israel.
Não era uma doutrina, mas somente uma repreensão, já que eles observavam a prática do dízimo.
No texto de Lucas, encontramos o Fariseu, querendo se justificar perante Deus, pelo fato de dar o dízimo.
Finalmente o outro texto que ensina sobre o dízimo, encontra-se em (Hb.7).
Encontramos aqui um ensinamento sobre a prática do dízimo não mais à nação de Israel, que já praticava, mas à igreja, que havia sido levantada por Cristo, no lugar da nação de Israel, como uma nação santa, um reino sacerdotal, não mais segundo a ordem de Levi e sim segundo a Ordem de Jesus Cristo, o sumo sacerdote da nossa confissão (igreja), o povo da nova aliança. (Hb.8.8; 12.18-25.
Quando participamos do cálice da ceia do Senhor, participamos da nova aliança. (1 Co.11.25 com Hb.10.29).
Contudo, com o surgimento da igreja, e de uma nova aliança, de um novo sacerdócio, e de uma nova nação (1 Pe.2.9), o ensino sobre a prática do dízimo volta a ser novamente implantado depois da formação da igreja, dentro de um novo pacto; não mais com o da lei, o velho pacto, mas sim com o da graça; ou seja:
Um novo pacto.
O mais interessante em tudo isto é que, com um novo pacto, surge também uma nova ordem sacerdotal, ou seja:
A de Jesus Cristo, o qual está sendo estabelecido não mais com a antiga nação de Israel, dento da antiga lei de Moisés, mas por incrível que pareça, dentro do novo pacto da graça, com a igreja que assume uma nova posição perante Deus, ou seja:
A de nação santa (1 Pe.2.9).
Contudo, esse novo pacto, essa nova nação, esse novo sacerdócio segundo a ordem de Jesus Cristo, foi também estabelecido a partir do lombo de Abraão e não de Melquisedeque, excluindo o lombo ou descendência de Arão.
Vejamos:
Aliás, aqui são homens mortais (sacerdócio de Arão), os que recebem dízimos; porém ali, (sacerdócio eterno segundo a ordem de Melquisedeque apontando para Cristo), aquele de quem se testifica que vive. (Hb.7.8).
Os advérbios: “aqui…ali”, fazem referência ao sistema levítico que entrou em evidencia 430 anos, depois de Abraão na lei de Moisés, (“aqui”).
Em seguida temos o sistema de Melquisedeque, ou seja, antes de Arão, registrado em (Gn.14.18), (“ali”).
Portanto, hoje na dispensação da graça, quando devolvemos dízimos, o fazemos debaixo da ordem sacerdotal de Cristo, proveniente de Melquisedeque e não de Arão.
Assim sendo, como igreja, devolvemos dízimos a Cristo.
Concernente ao novo pacto, ter sido estabelecido segundo o lombo de Abraão e não de Levi assim está escrito:
E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos (da nação de Israel) pagou dízimos (Nm.18.25-28), porque, ainda ele (sacerdócio levítico), ainda estava no lombo de seu pai (Abraão), quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. (Hb.7.8,9).
Porque ainda ele (Levi), estava nos lombos de seu pai (Abraão), quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. (V.10).
O que deve ficar bastante esclarecido, para mim e para você, sem querer adulterar o contexto bíblico, dentro de uma análise exegética bem acurada, é que conforme o texto acima, Abraão, jamais poderia descender (sair do lombo) de Melquisedeque, pois o mesmo não procedia de uma ordem sacerdotal terrena e temporária, mas sim eterna, semelhante, não a Abraão, mas sim a Jesus Cristo, o filho de Deus. (Hb.7. 1- 3).
Da mesma forma, o sacerdócio de Arão, da tribo de Levi, não podia proceder do lombo de Melquisedeque, por ser o de Arão um sacerdócio, apenas terreno, local (nação de Israel) e temporário, mas sim dos lombos de Abraão, incluindo Isaque e finalmente Jacó, ou seja: Israel. Enquanto o de Melquisedeque, trata-se de um sacerdócio eterno. Isto é o que fica esclarecido no livro de Hebreus, vejamos:
E, na verdade, aqueles (sacerdotes da tribo de Levi), foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer; mas este (o sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque), tem um sacerdócio perpetuo. (Hb.7.23,24)).
Quando Deus fez promessas a Abraão, não havia ninguém na terra maior do que Ele, por quem pudesse jurar. Por essa razão, jurou por si mesmo (Hb.6.13).
Quando o escritor do livro de hebreus, aponta Melquisedeque, como alguém tão grande, a ponto de Abraão lhe dar os dízimos dos despojos, (Hb.7.1.-4), estava fazendo referência literalmente à pessoa do Senhor Jesus Cristo, tipo perfeito da pessoa de Melquisedeque (Hb.7.1-3), o qual seria maior do que Abraão (João.8.56,57).
Abraão pagou dízimos para Melquisedeque, o ante tipo perfeito de Cristo.
Abraão pela fé, viu o plano de Deus, que iria se cumprir através de Cristo, o Messias e não através de Arão, o qual seria enviado aos Judeus, sua descendência natural, bem como, à igreja, sua descendência espiritual, ou seja: Os crentes, o povo da nova aliança. A este respeito, assim está escrito em (Rm.4.13-16):
Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei (430 antes, Gl.3.17) a Abraão ou sua posteridade (descendentes naturais, ou seja, os judeus), mas pela justiça da fé. Pois os que são da Lei (nação de Israel), são herdeiros, logo a fé e vã e a promessa é aniquilada, porque a Lei opera a ira, (lei não prevê misericórdia e perdão, no caso de transgressão, mas apenas ira e castigo), Portanto (a promessa) é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei (Posteridade natural de Abraão, ou seja: os Judeus), mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós, (os crentes).(Rm.4.13-16).
A esse respeito, Paulo faz algumas considerações acerca da pessoa de Abraão relacionada aos crentes. Vejamos:
Abraão é pai dos crentes.
Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão (Gl.3.7).
Pergunto: Você é da fé ou da lei. Caso seja da Lei não és um filho de Abraão, não está debaixo da promessa e sim debaixo da maldição. E o que diz a Bíblia percorramos:
Todos aqueles pois que são das obras da lei (Judeus ortodoxos e Sabatistas), estão debaixo da maldição. (G.3.10ª)
Se por acaso, você estiver servindo a Deus pela fé (11 Co.5.7), fique tranquilo, por que você não este debaixo da maldição da lei, mas sim debaixo da benção de Abraão. Observemos:
De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gl.3.9)
Para nossa alegria, Abraão foi o primeiro crente da terra, abençoado por Deus. Nós que somos seus filhos pela fé, somos também grandemente abençoados com as mesmas bênçãos, que Deus deu a Abraão. Notemos:
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios (outrora eu e você), anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. (Gl.3.8).
Mas a escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé (e não pela lei), fosse dada aos crentes (Gl.3.22).
Portanto é pela fé, para que seja segundo a graça (e não segundo a lei) a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente a que é da lei (nação de Israel), mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós, (os cristãos) (Rm.4.16).
Mas a escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos crentes. (G.3.22).
Você sabia, que a plenitude da benção de Deus para a humanidade, continua sendo derramada, através do evangelho? Vejamos, o que escreveu Paulo a esse respeito:
E bem sabei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo. (Rm.15.29).
Devemos dar glorias a Deus, porque o Evangelho (boas novas de salvação) da parte do nosso Senhor Jesus Cristo, e não da parte da lei de Moisés (João. 1.17), chegou, até nós e estamos abençoados, com algo que somente ele poderia fazer, conforme diz Paulo:
Bendito o Deus e Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais, nos lugares celestiais em Cristo. (Ef.1.3)
Pela graça e bondade de Deus, somos o povo mais feliz e mais abençoado da terra.
Assim está escrito no livro de (Hebreus.7.12):
Porque mudando-se o sacerdócio (Arão para Jesus Cristo), necessariamente também se faz mudança de Lei. (Hb.7.12).
De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (Hb.7.11.)
O que fica bastante evidente, sem nenhuma contradição, ou adulteração do texto sagrado, tanto em seu aspecto exegético e hermenêutico, é que a Igreja não pertence ao antigo regime da lei de Moisés, não serve a Deus, debaixo da ordem sacerdotal de Arão, muito menos debaixo da ordem sacerdotal de Melquisedeque e sim debaixo da ordem sacerdotal de Cristo, O único sumo sacerdote da ordem de Melquisedeque, sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias, nem fim de vida, (Hb.7.3ª), é Jesus Cristo, o sumo sacerdote da nossa confissão,(Hb.3.1).
Portanto é a Jesus Cristo a quem, devolvemos o dízimo.
Conforme já foi dito acima, Cristo é superior a Moisés e digno de maior honra e maior gloria. (Hb.3.3).
Cristo é ainda, o Apóstolo da nossa confissão; Como sumo sacerdote da nossa confissão, encontra-se construindo sua própria casa, a qual é a igreja (v.6).
Muitos interpretam “construir uma casa”, como algo material.
A casa de Cristo, sendo a igreja, está sendo construída, na medida que almas vão sendo salvas e dessa forma a casa vai aumentando.
No AT testamento, quando a nação de Israel, debaixo da ordem sacerdotal levítica, devolvia o dízimo para Deus, fazendo assim estavam construindo o reino de Israel.
Da mesma forma, hoje com muito maior gloria e honra, quando a igreja, devolve o dizimo para Cristo, estamos também construindo seu reino, o qual será estabelecido no milênio.
Moisés sendo fiel em toda a casa de Deus, Israel (v.5), em momento algum, construiu essa nação para si, ou seja, para ser o seu dono, sua propriedade.
Na verdade Moisés apenas dava testemunho das coisas que se haviam de anunciar (v.5c), ou seja:
Cristo, que haveria de se manifestar, como Senhor da casa de Israel.
Como realmente se manifestou.
Como eles o rejeitaram, (João.1.14), Cristo, construiu uma nova casa e se tornou em o Senhor da mesma ou seja:
Sua Igreja, constituída de povos de todas as nações, um novo povo criado por ele e para Ele.
Como disse acima repito, para ficar bem gravado:
Cristo na condição de Deus, criou todas as coisas (João.1.1-3; Cl.1.15-18).
Agora na dispensação da graça, depois de ter sido rejeitado e lançado para fora da sua antiga casa, Israel.
Cristo, o filho de Deus, construí para si uma nova casa (igreja, Mt.16.18), e assim passou edificar sua nova casa, para ser sua própria habitação, ou seja: Eu e você, os salvos em sua pessoa. (Hb.3.6).
Agora na dispensação da graça, Cristo não é mais um servo, como foi Moisés (Hb.3.5), que serviu a antiga casa de Deus, ou seja: A nação de Israel.
Cristo agora é o dono da sua própria casa, a qual somos nós, a igreja! (V.6). O próprio Moisés previu que Cristo seria melhor e maior do que ele mesmo (Dt.18.15-19).
Ouve semelhanças entre Cristo e Moisés, contudo quem edificou todas coisas foi Deus (v.4).
Portanto, Cristo, como dono e Senhor da sua própria casa (Hb.3.6), a sua igreja, a qual somos nós, agora, através de nós, sua nação sacerdotal (1 Pe.2.5,9), na atual dispensação da graça, estamos, juntamente com Ele, construindo seu reino espiritual na terra, através do nosso trabalho prestado a sua igreja, ainda através dos dízimos e ofertas devolvidas ao reino pelo seu povo, sua nação santa, seu reino de sacerdotes, salvando almas, enviando missionários, erguendo templos, e dessa forma, a nação santa de Cristo, continua em sua militância espiritual, construindo o reino universal em seu aspecto espiritual, o qual será implantado aqui na terra no milênio, de forma literal, quando ele descer para reinar na condição de rei dos reis e Senhor dos senhores, juntamente com a igreja, sua nação santa.
Nós seu reino sacerdotal, do milênio, reinaremos também com ele, na condição de reis e sacerdotes. (Ap.1.6; 5.10.20.4-6).
Glorias a Deus! Uma coisa é certa, enquanto o diabo puder colocar, avareza, mesquinhes e infidelidade no coração dos sacerdotes de Deus, da nova aliança, (a igreja), para não contribuir com a expansão do reino de Cristo na terra, isto é o que ele mais vai continuar fazendo, pois não havendo contribuição para expandir o reino de Cristo, o império de pecado, morte e destruição de satanás, vai dominando cada vez, mais e mais as nações da terra, através dos milhões e milhões de portas abertas, que vão sendo abertas 24 horas, tragando, milhões e milhões de almas preciosas, vidas como eu e você, para o eterno lago de fogo, a eterna morada de Satanás e seus anjos. (Mt.26.41).
Contudo tenho uma boa nova para te dizer: As portas do inferno não irão prevalecer, contra a igreja, o reino de Cristo, (Mt.16.18), o qual juntamente com a igreja, será implantado na terra.
Não se preocupe, eu sei que Deus tem te prosperado e te abençoado, mas acontece, que você não concorda em contribuir para a expansão do reino universal de Jesus Cristo, tarefa confiada hoje a nós sua igreja.
Fique tranquilo, em desobediência a palavra dele, continue ajuntando tesouros na terra, onde a traça e ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam (Mt.6.19).
Sabe o que vai continuar acontecendo, seu reino vai continuar se expandido, como você ou sem você; com sua contribuição, ou sem sua contribuição e o que vai ainda acontecer e que ele vai ainda, levantar dez servos fieis em seu lugar, os quais irão contribuir com muita alegria e muita gratidão. Gloria Deus.
Que o reino vai se expandir, e finalmente ser implantado no milênio, com ou sem o seu trabalho e sua contribuição, isto eu tenho certeza que vai!
Somente para recapitular, tudo quanto já foi ensinado a nós pela santa palavra de Deus até aqui.
Jesus Cristo, é um sacerdote eterno, provando que haverá na eternidade, obrigações eternas do sacerdócio. (Hb.7.3).
No milênio, como já foi dito, nós que fazemos parte da sua igreja, juntamente com todos os que fizeram parte da primeira ressurreição, iremos reinar com ele!
Hoje na dispensação da graça, estamos servindo a Deus, debaixo da ordem sacerdotal de Cristo (Hb.3.1), para depois reinar com ele na condição de reis e sacerdotes (Ap.1.6; 5.10; 20.4-6), no milênio.
A ordem sacerdotal de Melquisedeque e Arão foram transitórias.
A de Cristo é eterna, começa aqui, se estende até ao milênio para continuar na eternidade.
Como reino de sacerdotes reais e nação santa, a igreja hoje contribui debaixo da ordem Sacerdotal de Jesus Cristo, ajudando a construir o reino no aspecto espiritual.
Para finalmente reinar com ele no milênio. (2.Tm.2.11,12).
Portanto, amados irmãos, vamos ser fieis, contribuindo com alegria e gratidão, com nossos dízimos ofertas, nosso trabalho etc, não para o reino terreno da nação de Israel debaixo da ordem sacerdotal de Arão, mas sim para o reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo, sobre uma nova ordem sacerdotal e um novo reino de sacerdotes, incluindo Eu e Você!
8.TEMPOS DE ESCARNECIMENTOS E ZOMBARIA DE DEUS E DAS COISAS SAGRADAS.
A esse respeito, o Apóstolo São Pedro escreveu:
Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias (da dispensação da graça, era da igreja), virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, (desejo maligno, pecado, ambição, avidez, ganância, apetite sexual). (2 Pd.3.3.).
Existe no Brasil um canal de televisão, denominada rede globo, que através dos seus programas de humor, fazem as piores zombarias, contra Deus, Cristo, a igreja, os cultos, a prática do dízimo etc.
Graças a Deus por tudo isso, pois sua palavra se cumpre fielmente.
Se eles são os agentes de satanás, para dar fiel cumprimento a palavra de Deus, em contrapartida, existe dezenas de programas de televisão anunciando o reino de nosso Senhor Jesus Cristo.
Não disse para vocês que as portas do inferno, não prevalecem contra a igreja, a porta do céu na terra? Dê glorias a Deus, meu amado irmão (a)!
9.PAPA FRANCISCO ZOMBA DE DEUS, DE CRISTO, DA BÍBLIA E EXALTA LUCIFER. (Mt.23.13)
Depois de anotar pelo menos 21 blasfêmias proferidas pelo Papa, estando em oração fiz a seguinte pergunta para Jesus:
Porque isto está acontecendo? Imediatamente recebi a seguinte resposta:
Tenho muito povo la dentro dessa igreja, os quais me servem com amor e sinceridade, contudo estão sendo enganados com falsos ensinamentos que não estão de acordo com a minha palavra, mas não sabem.
Estou tirando a máscara desta igreja, através das blasfêmias desse homem, contra mim, meu filho e minha palavra, perante todas as nações, alertando o povo para sair do meio dela, se arrepender de seus pecados, se converter, verdadeiramente ao meu filho, o qual foi enviado ao mundo para vos salvar, pois breve, muito breve, virei retirar o meu povo da terra.
Em seguida Deus me ordenou a ler (Jr.51.44-47; com Ap.18.1-8).
É verdade que a queda final, desse sistema religioso, vai acontecer no segundo período da grande tribulação pois primeiro, terá de apoiar o reino do Ante Cristo nos primeiros três anos e meio do seu governo.
Contudo o aviso de Deus, hoje se dirige aos que estão lá dentro achando que estão servindo a Deus, bem como ao nosso Senhor Jesus Cristo, quando na verdade estão enganados.
A mensagem de Deus para todos vocês e esta:
Sai dela, ó povo meu, e livre cada um à sua alma, por causa do ardor da ira do Senhor. (Jr.51.45);
E ouvi uma voz do céu que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participantes dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. (Ap.18.4).
Segue-se a lista das blasfêmias do papa, as quais você pode também acessar no Youtube.
O Inferno e Adão e Eva não são reais, e sim metáforas; O que diz a palavra de Deus? (Gn.1.26;2.7,22)Deus é um fracassado;Papa diz, que Lúcifer é pai de Jesus Cristo e criador do mundo;Papa diz que Jesus fracassou na cruz;Papa diz ser perigoso ou danoso, ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Chama Jesus de louco;Depois que o papa Bento VI renunciou, caiu um raio na Cúpula da Igreja em Roma. Jesus disse: (Lc.10.18). Eu via satanás caindo do céu como um relâmpago.Nos dias que o povo de Israel rejeitou o profeta Samuel, a ira de Deus se manifestou contra eles em forma de trovão: (1 Sm.12.16-19). Deus está irado com este mundo, razão porque está sendo derramado trovões, relampas e tempestades sobre a terra, matando milhões de pessoas e animais, e vai aumentar cada vez mais.A Globalização não é. Ruim. Veja refutação em (Gn.1.28), “multiplicar e encher a terra; (Gn.8.17; frutificar e encher a terra, após o dilúvio); veja contradição ao mandamento de Deus (Gn.11.4, início do humanismo fundado por Ninrode: “não serem espalhados sobre a face da terra; Globalização).Deus não fez o mundo com uma varinha mágica, reconhecendo a teoria da revolução de Darwin dizendo: “O big bang (teoria da explosão inicial e não da criação), hoje é considerado a origem do mundo, não contradiz, a intervenção criativa divina, mas a confirma”. Falou que as teorias do universo e da evolução, estão corretas, e fazem parte do plano divino, criticou ainda a interpretação de pessoas que leem a Bíblia, e acham que Deus é um mago e acham que Deus criou o mundo apenas com uma varinha. Afirma ainda que só via ter 2 ou 3 anos de vida, acreditando que seu tempo está se findando na frente do vaticano;Papa Francisco diz que Jesus pecou, e que Deus é um bárbaro, então oremos a Maria;Papa diz que não há fogo no inferno, e Adão e Eva não são reais;Todas as religiões são verdadeiras;No passado, a igreja considerava muitas coisas como pecado, que hoje, já não são julgadas dessa maneira;Como um pai amoroso, nunca condena seus filhos, nossa igreja é grande o suficiente para heterossexuais e homossexuais, por pró – vida. (1 Co.6.9). Sodomitas (Bestialidade, relação sexual fora do normal).Você não precisa acreditar em Deus para ir para o céu (Mc.16.15)Deus não é um juiz. O que diz a Bíblia (Sl.7.11; Ap.19.2);Não há fogo no inferno. O que diz a Bíblia? (Mc.9.47,48);A verdade não é absoluta ou imutável;A Bíblia é um livro sagrado e bonito, mas como todas as grandes obras antigas, algumas passagens estão desatualizadas;Vamos começar a ordenar mulheres, como cardeais, bispos e sacerdotes; no futuro é minha esperança que haja um papa feminino. Não permita que qualquer porta que está aberta para um homem, seja fechada para uma mulher.Quando espalhar o amor e bondade no mundo nós reconhecemos nossa divindade.SUMÁRIO
OBS: A BIBLIOGRAFIA DESSA OBRA, SE ENCONTRAM NO RODAPÉ DAS PÁGINAS.
Entre em contato com o Pastor João Viana através do e-mail: vianapastorjoao@gmail.com
Estou diariamente lendo as mensagens deixadas por vocês e orando por cada um.