ETERNIDADES E O FATOR ESPAÇO TEMPO
INTRODUÇÃO: Conforme Provérbios 8:23, existe uma eternidade, ou como está escrito, ”desde a eternidade”, nos fazendo entender que a eternidade teve um princípio, sendo seu autor a segunda pessoa da santíssima trindade, o verbo eterno, antes da sua encarnação, quando se fez homem, ou na pessoa de Jesus Cristo, (João 1:1-3,14).
Assim sendo, ele foi o autor, ou o pai que gerou a eternidade, conforme Isaías.9.6.
Dessa maneira, a Bíblia ainda fala de eternidades inteiras existentes fora do fator tempo, conforme já foi visto.
A respeito de haver várias eternidades, (Salmos 90:2. … de eternidade, a eternidade, tu és Deus.).
Entende-se portanto que, de acordo com a Bíblia sagrada, os termos “tempo e eternidade”, são duas categorias que se complementam dentro da compreensão humana, em seu processo histórico de existência (Eclesiastes 3:1).
Desse jeito, tudo na vida humana, em seu aspecto terreno, existe e acontece dentro do fator espaço e tempo, determinado por Deus, com princípio e fim.
Na língua grega, o termo tempo significa “aiôn”. Teologicamente falando, existe a eternidade que pertencente a Deus, aos anjos, e aos que foram salvos por Jesus Cristo, que ao morrer, saíram do fator espaço, e tempo, e entraram para dentro do fator eternidade, ou em seu destino eterno.
Ao se referir ao fator “espaço e tempo”, o mesmo se aplica apenas na terra, com começo, meio e fim, pertencendo às criaturas terrenas.
Assim sendo, dois termos são usados para definir a extensão do tempo:
“chronos” denotando um espaço, com começo e fim, abrangendo um período específico; e “kairós”, denotando um espaço com princípio mas sem fim.
Levando isso em conta, tudo que existe no universo, inclusive a própria eternidade, foram criados tendo um começo.
A única coisa que existe no universo, que não teve princípio e jamais terá fim, é a trindade Santa; o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O tempo em que as criaturas de Deus vivem na terra, não se refere à eternidade, sendo portanto, a eternidade o lugar em que Deus vive, com os anjos nos céus.
Portanto, nós os cristãos, que temos esperança de viver uma vida eterna com Jesus Cristo, devemos observar atentamente, colocar em prática, o que encontramos escrito em Coríntios 4:16-18), que diz:
Por isso, não desfalecemos;mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,
não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.
Diante do exposto, compreende-se portanto que, como existe o fator criação do céu e da terra (Gênesis 1:1), existem também as coisas que foram criadas dentro do fator eternidade, se tratando das coisas celestiais e eternas, bem como as coisas terrenas, criadas dentro do fator espaço tempo com princípio, meio e fim.
1º) AS DISPENSAÇÕES HUMANAS.
Considerando isso, as dispensações humanas se referem a um período dentro do fator espaço tempo da existência humana, em que o homem é provado com respeito a sua obediência, a alguma revelação específica da parte de Deus.
Assim sendo, dispensações humanas se referem a uma era ou eras, “se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus (se referindo a atual, ou sexta dispensação da graça, que estamos vivendo, que irá terminar com o arrebatamento da igreja, da terra, ( 1 Tessalonicenses 4:13-18), que para convosco me foi dada, (Efésios 3:2)”.
Portanto, as dispensações humanas, também ficaram conhecidas como séculos ou eras vindouras, conforme se encontra escrito na Bíblia dizendo: “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus, (Efésios 2:7)”.
Sendo assim, as dispensações se referem ao fator tempo, que foi dividido pelo próprio Deus em sete eras, quando na última era, ou séculos do homem, refere-se ao milênio, ou ao governo de Jesus Cristo na terra, conforme Apocalipse 20:1-6 onde diz:
“E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na mão.
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente que é o diabo e Satanás e amarrou-o por mil anos.
E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem.
E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar.
E vi as almas daqueles que foram degolados (no período da grande tribulação) pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
Mas os outros não reviveram, até que os mil anos se acabaram.
Esta é a primeira ressurreição (não reencarnação, como
Os mentirosos espíritas ensinam, enganando os pecadores, usados por Satanás, e seus demônios).
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição (e não na primeira reencarnação); sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus, e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”.
Diante do exposto, as sete disposições da humanidade se referem à plenitude do tempo dos seres humanos na terra, desde que ele foi criado, pois após a sétima e última dispensação, ou seja o milênio, ou a dispensação da plenitude dos tempos, (Efésios 1:10) virá o juízo final, após Satanás ser solto da sua prisão, para enganar as nações, conforme está escrito:
E acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,
e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar; para as juntar em batalha.
E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos, e a cidade amada; mas desceu fogo do céu, e os devorou.
E o diabo que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia, e de noite serão atormentados para todo o sempre, (Apocalipse 20:11,15)”
NOTA: O inferno não é a sepultura, como muitos mentirosos estão ensinando por todo o mundo, pois lá não existe fogo, nem enxofre, muito menos tormento.
Assim sendo, muito cuidado para você não ser enganado com essa doutrina de demônios (1 Timóteo 4:1) e também não ser arrastado para o lago eterno de fogo com Satanás, a besta, o falso profeta, a morte, os ímpios, os demônios e o próprio inferno, conforme iremos provar pela Bíblia Sagrada a seguir que diz:
E vi um grande trono, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
E vi os mortos (condenados, pois lá não vai ter vivos, que antes já foram salvos) grandes e pequenos que estavam diante do trono, e abriram-se os livros, (inclusive o livro da consciência) e abriu-se outro livro, que é o livro da vida.
E os mortos (que morreram durante o milênio) foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros segundo as suas obras.
E deu o mar aos mortos que nele havia; e a morte, e o inferno (que trabalham juntos, matando os seres humanos, Apocalipse 6:8) foram lançados no lago de fogo, (e não na sepultura, que não tem fogo).
Esta é a segunda morte (ou separação eterna de Deus e não extinção, como muitos falso profetas, enganadores, estão enganando milhões, ensinando um falso evangelho).
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida (pois no reino milenar de Jesus Cristo na terra, muitos morrerão salvos, e assim irão também ser salvos do juízo final), foi lançado no lago de fogo. (Apocalipse 20:11-15).
Levando isso em conta, após o juízo final, Jesus Cristo vai fazer o seguinte:
Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus ao Pai e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte (no juízo final, pois Jesus Cristo apenas venceu a morte na cruz do calvário, mas ainda não a aniquilou, por essa razão, ela ainda continua matando, mas vai deixar de matar, após o juízo final, pois no novo céu e na nova terra, Deus vai limpar dos olhos de seu povo, toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas, Apocalipse 21:4).
Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhes estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que sujeitou todas as coisas (1 Coríntios 15:24-27).
2.1.) - AS SETE DISPENSAÇÕES HUMANAS.
Portanto, dispensações se referem aos planos de Deus para com a humanidade, ou uma forma específica de Deus agir com a humanidade por um determinado período de tempo.
Dessa forma, as dispensações humanas se situam dentro de um período que se estende desde a criação do ser humano, até o juízo final no trono branco (Apocalipse 20:11-15).
Levando isso em conta, para o estudo não ficar muito exaustivo, apenas citarei, sem escrever os versículos bíblicos de cada dispensação, para você ler em sua bíblia, como:
1ª) - PRIMEIRA DISPENSAÇÃO: A DA INOCÊNCIA.
(Gênesis 1:18-30 - 2:15-17);
2ª) - SEGUNDA DISPENSAÇÃO: A DA CONSCIÊNCIA.
(Gênesis 3:8 - 8:22);
3ª) - TERCEIRA DISPENSAÇÃO: A DO GOVERNO HUMANO.
(Gênesis 9:1 - 11:32);
4ª) - QUARTA DISPENSAÇÃO: A PATRIARCAL OU DA PROMESSA.
(Gênesis 12:1 - 19:25);
5ª) - QUINTA DISPENSAÇÃO: A DISPENSAÇÃO DA LEI.
(Êxodo 20:1 - João 1:17,19,30; Romanos 10:4);
6ª) - SEXTA DISPENSAÇÃO: A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA.
(João 19:30; 1:17; Atos 2:4; 1 Tessalonicenses 4:13-17);
7ª) - SÉTIMA DISPENSAÇÃO: A DISPENSAÇÃO DO REINO MILENAR DE
DE JESUS CRISTO, OU DA PLENITUDE DOS TEMPOS.
( Efésios 1:10; Mateus 25:31-46, e 24,29,30; Apocalipse 5:10 ;20:1-6; Isaías 33:24; 65:20-22; Daniel 2:35,44; Zacarias 8:4; 14:9).
3º) - OS JUÍZOS DE DEUS.
Em vista disso, faço aqui, a seguinte pergunta:
Os juízos de Deus, ocorrem dentro do fator tempo ou dentro do fator eternidade?
Conforme nos ensina a Bíblia sagrada, pelo menos sete tipos de juízos podemos mencionar: 1º). o Juízo dos nossos pecados, 2º) - o juízo de nós mesmos, 3º) - o juízo das nossas obras, 4º) - o juízo dos anjos, 5º) - o juízo sobre Israel, 6º) - o juízo das nações, 7º) - o juízo final.
Portanto, não citei nenhum versículo Bíblico concernente aos juízos, ou julgamentos de Deus, para o estudo não ficar muito extenuante, mas mais na frente, irei fazer um estudo sobre esse assunto de forma completa, escrevendo todos os versículos Bíblicos concernentes a cada julgamento de Deus..
Assim sendo, quando Jesus, falou dizendo: “quando eu for levantado da terra, todos atrairei a mim”, (Jo. 12:32).
Estava se referindo ao juízo dos pecados de todos os que nele creram, os quais levou sobre si na cruz. Sobre esse assunto Pedro escreveu, (1 Pe. 2:24; 3:18).
Assim sendo, como resultado de ter julgado os pecados da humanidade na cruz, este juízo absorveu a todos os que creram, e foram salvos e justificados perante Deus, (Rm.5.1).
Dessa forma, a Bíblia diz que por causa de nossos pecados, Jesus foi entregue, para ser morto na cruz e ressuscitou para nossa justificação, (Rm. 4:25).
Diante do exposto, a Bíblia ainda diz que Abraão creu e isto lhe foi imputado como justiça, (v.22; Gl.3:6; Tg.2:23)).
Assim sendo, a palavra grega imputar quer dizer: “pôr na conta de alguém”.
Assim sendo, imputação ainda, é o ato através do qual, Deus credita justiça ao crente.
Jesus Cristo ao cumprir a lei, levou sobre si, todos os pecados da humanidade, (1 Jo. 2:1).
Dessa maneira, a Bíblia diz claramente, que Jesus é a propiciação, pelos pecados do mundo inteiro.
A palavra propiciação é a tradução do grego hilasterion, ou a oferta que obtém expiação.
Conforme está escrito em Hb. 9:5, no AT, o propiciatório era a tampa da arca.
Dessa maneira, ali era aspergido o sangue do animal, que fazia expiação, pelo pecado do povo no dia da expiação, (Lv. 16:14).
Portanto, naquele momento, a sentença da lei justa de Deus, havia sido executada e se cumpria na vida do pecador, fazendo com que o juízo de Deus sobre o pecado, se convertesse em misericórdia a favor do pecador.
Em Hb. 9:11-15 está escrito que, com a vinda de Jesus Cristo ao mundo, sendo ele mesmo o sumo sacerdote dos bens futuros, sendo seu próprio corpo, o atual tabernáculo de Deus na terra, usando não sangue de animais, mas seu próprio sangue, entrou no santuário de Deus, realizando uma eterna redenção.
Diante do exposto, segundo está escrito, o sangue de touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre um pecador imundo, produzia apenas purificação em sua carne, quanto mais o sangue de Cristo, que através do eterno Espírito Santo, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará, não somente a carne, mas a consciência do pecador, livrando-o de obras mortas, para servir ao Deus vivo?
Portanto, à vista disso, Jesus Cristo se tornou mediador de um novo testamento, que através da sua morte na cruz, viesse remir as transgressões que estavam em evidência no antigo testamento.
Em consequência disso, agora todo aquele que foi chamado por Deus para a salvação, recebe a promessa da herança eterna.
CONCLUSÃO: Portanto, o livro do Apocalipse, no seu texto, abrange todas as coisas reveladas nas Escrituras sobre o plano divino através dos séculos, referente aos seres humanos na terra.
Dessa forma, a primeira eternidade foi dividida entre o fator espaço e tempo que vai terminar no juízo final, ou na dispensação da plenitude dos tempos, (Efésios 1:10) abrangendo tudo o que se encontra no céus, mas também tudo que se encontra na terra, pois conforme Gálatas 4:4, a dispensação da plenitude dos tempos, teve o seu início quando Deus enviou seu filho ao mundo nascido de mulher sob a lei, ou dando fim à dispensação da lei, e o início à dispensação da graça, (João 1:17; 19:30; Romanos 10:4).
Em vista disso, após o juízo final, vai ter início uma nova eternidade, com a criação de um novo céu, e uma nova terra.
Porque o primeiro céu, e a primeira terra passaram, e o mar já não existe (Apocalipse 21:1).
Assim sendo o verbo passaram-se encontra no pretérito-mais-que-perfeito, nos indicando que quando o Senhor Jesus Cristo, assentou-se no trono branco do juízo final, a primeira coisa que fugiu da sua presença, foi a terra, e o céu, e não se achou lugar para ele, (Apocalipse 20:11), que vai concordar, com o que escreveu o Apóstolo Pedro dizendo:
Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até ao Dia (se referindo ao dia do juízo final) e da perdição dos homens ímpios.
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo , se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão (2 Pedro 3:7,9,10).
Porque eis que eu crio céus novos, e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão (Isaías 65:17).
Porque, como os céus novos, e a terra nova que eu hei de fazer estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome (Isaías 66:22).
Portanto, nós os cristãos estamos aguardando um novo céu, e uma nova terra, ou uma nova eternidade, onde habita a justiça, conforme o Apóstolo Pedro continua escrevendo:
Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,
aguardando, e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos ardendo se fundirão?
Mas nós (os que servem ao nosso Senhor, e salvador Jesus Cristo), segundo a sua promessa, aguardamos novos céus, e nova terra, em que habita a justiça (2 Pedro 3:11-13).
Assim sendo, levando tudo isso em conta, fiquei meditando no que diz o (v.7), que os céus, e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo…
Diante do exposto, entendi que nós, os seres humanos, habitamos em cima de um tesouro, chamado terra, que está sendo reservada, e se guarda como um tesouro para ser queimada no fogo.
Levando isso em conta, realmente vale a pena ficar brigando pelas coisas deste mundo, as quais estão sendo reservadas como um tesouro que não serve para nada, a não ser para ser queimado?
Pastor João Viana.
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