A QUESTÃO DO "SER" E DO "NÃO SER" SEGUNDO A BIBLIA SAGRADA.

Pr. João Viana
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INTRODUÇÃO: Segundo a Antologia (coleção de textos) “o ser” deve ser interpretado além das aparências.

Segundo ensina a Bíblia Sagrada “ ser” deve ser interpretado a partir do que você é interiormente (Pv. 23.7ª).

Que finalmente vai se revelar quem realmente você é em suas palavras e ações.

A filosofia ensina que “o ser” deve ser interpretado através do seu próprio “ser”.

Na verdade, todos nós indistintamente falando, somos apenas o resultado daquilo que construímos dentro do nosso “ser” pelo que ouvimos, sentimos, aprendemos, acreditamos e por fim falamos e praticamos.

Uma das maiores virtudes do ser humano é compreender e examinar a si próprio.

Quanto a questão “do não ser”, este tem sido um dos maiores problemas da filosofia.

Todo ser humano é alguma coisa, voltada para o bem ou para o mal, certo ou errado.

O “ser” ou o não “ser” repito, é apenas o resultado daquilo que creio, sinto e pratico através de minhas palavras e ações.

Nisto reside o “meu ser” e o meu “não ser”.

SE PENSO “SOU”; SE NÃO PENSO “NÃO SOU; SE SINTO “SOU; SE NÃO SINTO “NÃO SOU; SE FAÇO “SOU”; SE NÃO FAÇO “NÃO SOU”.

SE FALO E NÃO FAÇO, “NÃO SOU”; SE FALO E FAÇO “SOU”.

Assim revelo quem realmente interiormente “sou” no meu sentir e no meu pensar e no meu falar, pois Jesus Cristo disse do que há em abundância no coração, disso fala a boca.

Assim, exteriormente no meu falar e no meu praticar, disso fala a boca, pois o homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau, do mau tesouro tira coisas más (Mt. 12.34,35).

Jesus Cristo definiu muito bem a questão do “ser”, tanto “interiormente” quanto “exteriormente” do “ser” humano dizendo:

“E dizia: o que sai do homem, isso é que contamina o homem.

Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.

Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem (mc. 7.20-23) ”.

Aqui ficou definido por Jesus Cristo, a essência do nosso “ser” interior e as palavras e ações do nosso “ser” exterior.

Podemos definir nossa existência assim:

Penso e pratico;

Penso, sinto, falo e faço;

Sinto e pratico;

Penso, idealizo e falo.

Toda nossa existência começa dentro nosso “ser” interior e se manifesta através do nosso “ser” exterior, em palavras e ações físicas.


1º) – JÓ E A QUESTÃO DO “TER” E DO “SER”.


Conforme se encontra escrito em relação ao “ter”, Jó possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentas jumentas, era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente (Jó.1.3).

Jó ainda possuía sete filhos e três filhas (v.2).

Assim jó possuía tudo isso, era poderoso em “ter” bens materiais.

Agora, em relação a “ser” para Deus, Jó era sincero, reto e temente a Deus e desviava-se do mal (Jó 1.1).

Este testemunho do verdadeiro “ser”  de Jó em relação a Deus, foi o próprio Criador que deu este testemunho para Satanás (Jó.1.8).

Pergunto: Se Deus resolver dá um testemunho da minha conduta e da sua conduta diante dele para Satanás, o que ele tem a dizer ao meu e ao seu respeito?

Agora no que diz respeito ao “ser” de Jó para com o seu semelhante,

Assim ele foi, antes de ter todos seus bens serem destruídos:

“Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse.

A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.

Cobria-me de justiça, e ela me servia de veste; como manto e diadema era o meu juízo

Eu era o olho do cego e os pés do coxo;

Dos necessitados eu era Pai e as causas do que não tinha conhecimento inquiria com diligência;

Eu quebrava o queixai do perverso e dos seus dentes tirava a presa (Jó 29. 12-17)”. 

Analise e reflita para si mesmo:

Você que primeiro quer ter Deus na sua vida;

 E “ser” fiel para o Criador e também para seu semelhante.

 Enquanto você não “É” para Deus e não “tem” para repartir com seu idêntico, almeja “ser” e “ter”.

Mas deixa de “ser” para Deus, e quando passa a “ter”, e também a “ser” para Deus e a “ter” para repartir com o seu idêntico e necessitado, você deixa de “ser” e de “ter” pois com a morte se perde tudo (Ec.11.1).

No final de tudo você “tinha”, mas ficou sem “nada”, até a própria vida.



2°) - DAVI E A QUESTÃO DO NÃO “TER”, DO “TER” E DO “SER”.


Conforme o ensinamento bíblico, Davi não “tinha nada” pois Deus o tirou do meio das ovelhas do seu pai (2 Sm.7.8).

A partir desse momento Davi começou a “ter”, até que chegou a “ser” o homem segundo o coração de Deus e a “ser” rei de Israel.

No final da vida, Davi “tinha” fazenda, gado e muita riqueza (1Cro. 27.25-34).

Contudo nunca deixou de “ser” para Deus e provou isto dando o melhor que possuía para a construção do templo (1 Cro. Cro.29.1.5).

Na verdade, todos nós manifestamos quem realmente somos para Deus e para nosso semelhante, não apenas pelas nossas belas palavras, mas pelas nossas maravilhosas ações.


3) – JOÃO BATISTA E A QUESTÃO DO NÃO “TER”, MAS DO “SER”.

João Batista, materialmente falando, nunca “ teve” nada, pois vestia de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre (Mat. 3. 4).

Jesus Cristo disse que dentre os nascidos de mulher ele foi o maior dos profetas (Mt.11.11).

O galardão (recompensa) que recebeu da mão dos homens foi ter sido colocado na prisão e por fim ter sido a sua cabeça decepada (Mt. 4.12; 11.1-12).



5º) – O APÓSTOLO PAULO E A QUESTÃO DO NÃO “TER”, MAS DO “SER”.


Agora, vamos ver o que o Apóstolo Paulo e demais Apóstolos “tinham”:

“Porque “TENHO” para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculos ao mundo, aos anjos e aos homens.

Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, ilustres, e nós, vis

Até esta presente hora, sofremos fome e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa.

E nós afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e sofremos;

Somos blasfemados e rogamos; até o presente, temos chegado a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos (1 Cor. 4.9-13).

Paulo, nunca “teve” nada deste mundo, mas “foi” fiel a Jesus Cristo até o fim da sua vida que após “ser” preso, pela última vez, foi tirado da prisão para ter sua cabeça decepada.


6º) – O RICO E LAZÁRO.


O rico da parábola proferida por Jesus Cristo, tinha tanta fartura deste mundo que vestia de vestes finíssimas todos os dias e vivia regalada esplendidamente, nunca conheceu nenhuma forma de sofrimento na vida terrena.

Em contrapartida, na porta de sua casa, havia um mendigo chamado Lázaro cheio de feridas, que não “tinha” nem mesmo o que comer.

O único consolo que ele “tinha” e recebia diariamente era dos cães que vinham lamber-lhe as chagas.

Como nessa vida, nada dura para sempre, o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão.

Com a morte física chegou ao final a trajetória de sofrimento do mendigo.

O rico, também veio a morrer, pois a morte é para todos.

Assim chegou também o final da sua vida de luxo, regalia e esplendor.

Aqui na morte se encontra a grande diferença entre o rico e Lázaro.

Lázaro, foi levado pelos anjos de Deus e o rico foi colocado na sepultura.

Após a morte física, Lázaro estava com Abrão consolado e o rico se encontrava no inferno sendo atormentado, com sede, pelo fogo, com lembranças, clamando a Abraão que ele viu ao longe por misericórdia e suplicando que ordenasse a Lázaro a molhar na água a ponta do dedo que na terra, somente servia para coçar suas feridas e refrescar sua língua, pois ele estava atormentado naquela chama.

Abraão respondeu-lhe que havia um abismo entre eles, não havendo acesso de um lugar para o outro.

Após a morte física, não haverá mais contato entre o salvo e o perdido.

O rico em seguida se encontrando em tormentos no inferno desejou que Abraão enviasse alguém a casa de seu pai na terra, para evangeliza-los, a fim dos mesmos não irem para aquele lugar.

Abraão responde-lhe que aqui na terra eles tinham Moisés e os profetas para lhes falarem acerca de Deus e arrependerem de seus pecados.

Abraão conclui seu diálogo com o rico dizendo:

“Se não ouvem Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão ainda que algum dos mortos ressuscite (NÃO DIZ REENCARNEM) (Luc. 16.19-31).

Aprendemos que nesta parábola proferida por Jesus Cristo, que na eternidade não existe contato dos mortos com os vivos físicos e ainda não existe possiblidade de relação entre salvos e perdidos, pois ambos os povos habitarão por toda a eternidade em lugares completamente diferentes.

O destino eterno de cada ser humano, começa, a partir do momento da sua morte física, apenas como resultado da escolha que pessoalmente fez em vida.

CONCLUSÃO: A SINDROME” dos últimos dias é ajuntar cada vez mais.

O mais importante é “ter” cada vez mais e “ser” cada vez menos.

Vamos aprender sobre o resultado na parábola do rico e dos celeiros.


Pastor João Viana



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